Balança comercial tem déficit de US$ 4,3 mi em outubro

Segundo dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o saldo da balança comercial de lácteos em outubro apresentou déficit de US$ 4,3 milhões, considerando os produtos do capítulo 04 da Nomenclatura Comum do Mercosul (leite UHT, leite em pó, leite condensado, creme de leite, leite evaporado, iogurte, manteiga, soro de leite e queijos) e as exportações de leite modificado e doce de leite (do capítulo 19 da NCM). O déficit comercial apresentado pelo setor de lácteos foi 69% inferior ao registrado no mês de setembro.

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Segundo dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o saldo da balança comercial de lácteos em outubro apresentou déficit de US$ 4,3 milhões, considerando os produtos do capítulo 04 da Nomenclatura Comum do Mercosul (leite UHT, leite em pó, leite condensado, creme de leite, leite evaporado, iogurte, manteiga, soro de leite e queijos) e as exportações de leite modificado e doce de leite (do capítulo 19 da NCM).

O déficit comercial apresentado pelo setor de lácteos foi 78% inferior ao registrado no mês de setembro, quando a balança comercial de leite e derivados apresentou resultado negativo de US$ 20 milhões. Quando comparado a outubro de 2008 - quando o saldo foi positivo em US$ 41,5 milhões - a queda é de 110%. Em volume, a queda nas exportações em comparação a outubro de 2008 foi de 56%, ficando em 6,5 mil toneladas.

Em um movimento de retomada ainda tímido, foram exportadas 1,52 mil toneladas de leite em pó integral, com preço médio de US$ 3.407/ton (em outubro de 2008, foram exportadas 8,6 mil toneladas de leite em pó integral, ao preço médio de US$ 4,730/ton).

As vendas de leite condensado caíram 7% em relação a setembro, totalizando 1,91 mil toneladas. O preço médio do leite condensado teve alta de 8,73%, sendo negociado a US$ 1.856/t.

Foram enviadas ao mercado externo 470 toneladas de queijos, alcançando o valor de US$ 3.788/t, queda de 5% no volume exportado, em relação a setembro.

Tabela 1. Exportações e importações de lácteos em outubro de 2009.

Figura 1
Clique na imagem para ampliá-la.

As importações recuaram 27% em volume quando comparadas a setembro de 2009, com compras de 9,9 mil toneladas de lácteos; em relação a outubro/08, o volume importado é 61,4% superior. Em valor, as importações alcançaram US$ 21,2 milhões, valor 22,8% superior em relação ao mesmo período do ano passado.

Os queijos foram os principais produtos importados, representando 25,5% do total, ou seja, 2,53 mil toneladas, seguido pela compra de soro de leite (22,9%, ou 2,27 mil toneladas) e de leite em pó integral (com 21% do volume total - 2,08 mil toneladas). Do volume total de leite em pó importado - 3,565 mil toneladas - 53% é proveniente da Argentina (ao preço médio de US$ 2.592/t) e 47% foi comprado do Uruguai (em média, US$ 2.158/t). As importações de leite em pó diminuíram 44% em comparação a setembro.

O leite em pó integral, os queijos e o soro de leite, apresentaram, em valor, participações relativas de 23,7%, 41,1% e 10,4% respectivamente, nas importações.

O volume importado de queijos foi 3% maior em relação ao mês de setembro, com volume total de 2.534 toneladas. As compras de soro de leite recuaram 21% em relação ao mês anterior, com compras de 2,3 mil toneladas.

Apesar da contenção das importações de leite em pó de países do Mercosul, o volume importado de queijos nos últimos 3 meses acendeu um alerta no setor. Neste sentido, o governo brasileiro parece ter tomado algumas medidas restritivas, gerando críticas por parte de produtores e indústrias argentinas (veja artigo relacionado). De julho a outubro deste ano, foram importadas 9,4 mil toneladas de queijos, um volume 446% superior em relação ao mesmo período de 2008, como mostra a tabela 2.

Tabela 2. Volume (Kg) das importações de queijos de julho a outubro de 2009, comparado ao ano anterior.

Figura 2


Equipe MilkPoint
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Roberto Jank Jr.
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/11/2009

Concordo 100% com o que disse o Laércio Barbosa, acima.

Sugiro ao MilkPoint que agora seria um momento interessante para colocar aquele gráfico comparativo entre o preço doméstico do leite em pó em R$, o preço do importado e o preço do exportado, ambos transformados de U$ para R$. A tendência de convêrgencia dessas linhas é que vai determinar a retomada dos preços internos de leite crú, das exportações e, possivelmente, a melhora dos preços do longa vida em futuro próximo.
Laércio Barbosa
LAÉRCIO BARBOSA

PATROCÍNIO PAULISTA - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 11/11/2009

Sempre se disse no mercado que um caminhão de queijos oferecido barato em SP é suficiente para causar uma queda generalizada nos preços do país inteiro. O que dizer então de 782 caminhões de queijo a R$ 5,90/kg? Esse é o volume importado apenas nos últimos 4 meses!!!

Está certo o governo em controlar as importações, principalmente dos vizinhos Argentina e Uruguai. No entanto, vemos que com as restrições impostas ao leite em pó, o volume foi direcionado aos queijos.
É necessário e urgente então estender essa restrição aos queijos.

Não podemos baixar a guarda pois o período mais crítico é o fim do ano, quando estaremos no auge da safra.

Apesar das importações representarem um volume menor que 3% da produção láctea nacional, o estrago nos preços no mercado interno é enorme, principalmente num momento de excedente de produção como o atual.
Qual a sua dúvida hoje?