Balança Comercial: setor terá 1º déficit em 5 anos

A desvalorização do dólar deverá levar o país a fechar o ano com déficit na balança comercial de lácteos pela primeira vez em cinco anos, segundo informações da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). De acordo com dados, até o mês de setembro deste ano, o Brasil acumulou um déficit de US$ 75,9 milhões no saldo da balança. Em 2008, no mesmo período, o país registrou um superávit de US$ 211,3 milhões.

Publicado por: MilkPoint

Publicado em: - 2 minutos de leitura

Ícone para ver comentários 0
Ícone para curtir artigo 0

A desvalorização do dólar deverá levar o país a fechar o ano com déficit na balança comercial de lácteos pela primeira vez em cinco anos, segundo informações da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). De acordo com dados, até o mês de setembro deste ano, o Brasil acumulou um déficit de US$ 75,9 milhões no saldo da balança. Em 2008, no mesmo período, o país registrou um superávit de US$ 211,3 milhões.

De acordo com o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Rodrigo Alvim, as importações subiram de US$ 162 milhões nos primeiros nove meses do ano passado, para US$ 205 milhões no mesmo período deste ano, um aumento de 26,8%. Por outro lado, as exportações caíram de US$ 373 milhões entre janeiro e setembro de 2008, para US$ 129,6 milhões neste ano, queda de 65,2%.

Em volume, a redução das exportações brasileiras de lácteos atingiu 47,2%, para 54,9 mil toneladas, entre janeiro a setembro Já as importações subiram 82% no mesmo intervalo, para 106,1 mil toneladas. O saldo da balança passou então de um superávit de 45,8 mil toneladas, para um déficit de 51,2 mil toneladas.

Em 2004, pela primeira vez na história, o país foi alçado ao status de exportador de leite e atingiu um superávit no saldo da balança de US$ 11,5 milhões. No ano passado, o superávit foi recorde e registrou US$ 277 milhões. No início deste ano, o setor começou a enfrentar problemas em função do aumento das importações do leite em pó proveniente da Argentina e Uruguai, a preços abaixo do mercado internacional.

Em abril, os pecuaristas brasileiros e o Centro da Indústria Leiteira Argentina, firmaram um acordo para limitar as exportações do produto em pó para o Brasil em até 2,5 mil toneladas por mês entre abril e dezembro deste ano. Da mesma forma, desde abril está em vigor o sistema de licenças não automáticas para importações de leite em pó do Uruguai. "O acordo está sendo cumprido para o leite em pó, mas as importações de soro e queijo não estão incluídos no compromisso", reitera Alvim. Ele aponta que os preços do leite em pó no mercado internacional vêm reagindo desde julho. "O Brasil tem perdido competitividade lá fora, principalmente em função do câmbio", disse Alvim.

"Embora os produtores não tenham renda, o preço do leite no Brasil por uma questão cambial tem sido maior do que outros países produtores", esclareceu. A diferença, segundo ele, é que os produtores europeus têm subsídio à produção e em alguns casos, até à exportação, como é o caso da manteiga.

As informações são da Agência Estado, adaptadas e resumidas pela Equipe MilkPoint.
Ícone para ver comentários 0
Ícone para curtir artigo 0

Publicado por:

Foto MilkPoint

MilkPoint

O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.

Deixe sua opinião!

Foto do usuário

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração.

Qual a sua dúvida hoje?