Novas pesquisas mostraram que algumas crianças dos EUA não estão recebendo quantidades suficientes de cálcio na dieta e, como resultado disso, estão desenvolvendo raquitismo - uma doença normalmente atribuída à carência de vitamina D ou à exposição insuficiente ao sol - a um nível maior do que se pensava anteriormente. As novas descobertas, que serão publicadas na edição de agosto do Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, destaca a necessidade de manter uma dieta saudável para bebês e crianças a partir do final da amamentação.

Dr. Thomas Carpenter e seus colegas estudaram os registros médicos de 43 crianças em New Haven, Connecticut, com raquitismo nutricional. Entre elas 86% eram de origem africana, hispânicos ou descendentes de pessoas do Oriente Médio. Mais de 93% das crianças foram amamentadas, mas 15% receberam suplementação de vitamina D. Os registros também mostraram que 86% das crianças com histórico alimentar disponível foram desmamadas com dietas contendo quantidades mínimas de produtos lácteos. A média de idade de desenvolvimento do raquitismo era de 20 meses.

Os pesquisadores descobriram que quase 50% das crianças tinham medidas normais de vitamina D, sugerindo que a incidência da deficiência de cálcio no raquitismo é bem maior do que se pensava anteriormente em bebês norte-americanos.

"A maioria das pessoas pensa no raquitismo como uma doença de pobre, de países do terceiro mundo. Entretanto, nós estamos vendo que em comunidades na América do Norte as crianças podem desenvolver raquitismo se não receberem quantidades adequadas de vitamina D ou cálcio. Uma vez que a amamentação termina, mesmo com cuidado referente à vitamina D, muitos bebês não recebem quantidades adequadas de cálcio".

Ele sugere que os pais e os pediatras monitorem atentamente a dieta dos bebês e das crianças para se certificarem de que estão recebendo quantidades adequadas de cálcio, bem como de vitamina D.

"Tendências recentes indicam que a ingestão de líquidos pelas crianças, antes predominantemente de leite, consiste cada vez mais de refrigerantes e de sucos de frutas. Uma vez que o leite é uma excelente fonte de cálcio e de vitamina D para crianças, esta tendência poderia estar contribuindo com a alta incidência de raquitismo".

Fonte: The Endocrine Society, publicado em Docguide.com