ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Aumentar mercado interno de queijos e exportar mais é meta das indústrias do Chile

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 02/09/2003

7 MIN DE LEITURA

0
0
Colocar leite e queijos nas mesas de todo o mundo não é ilusão dos produtores chilenos. O enfoque vem se modificando e as condições também, o que faz com que se veja uma possibilidade concreta para o país comercializar estes produtos no mercado externo.

As exportações não são a cura para todos os males, mas podem ajudar a reduzir a pressão e gerar outros mercados. Isso é o que deixa claro o secretário executivo da Associação de Produtores de Queijo da X Região do Chile, Alfredo Albarrán. Esta associação é integrada por 8 membros, dos quais 7 são empresas da X Região chilena. Albarrán coordenou a criação da Associação de Exportadores de Produtos Lácteos do Chile.

Em Osorno, Albarrán explicou que o espírito da associação é representar a indústria láctea nacional média. No entanto, no setor de queijos, as indústrias não são médias - como no setor leiteiro -, mas sim, grandes.

A Mulpulmo, juntamente com a Colún, são as maiores exportadoras de lácteos do Chile, especificamente de queijos. Dentro dos US$ 46 milhões, cerca de 10 a 12 milhões correspondem a queijos. Frente a este grupo de empresas grandes, há um segundo grupo que corresponde a empresas como Cafra e Chilolac.

A idéia é representar o setor médio da indústria leiteira do Chile, que recebe cerca de 400 milhões de litros de leite. Hoje representam, como associação, 260 milhões, que representa 13% a 14% da recepção nacional de leite.

"Nos demos conta que as grandes empresas não são relevantes à exportação. De fato, hoje a Soprole exporta quase tanto queijo quanto produz, mas também é o maior importador de queijos do Chile. Não é que exista uma vocação de exportar, como é o caso da Surlat, que está baseada nisso. Não é o caso da Chevrita, que não tem razão de existir se não exportar, porque o queijo de cabra é muito pouco consumido no Chile".

No entanto, o setor industrial de grande porte tem um mix de produtos gigantesco, como é o caso da Soprole, o que permite amortecer as variações que o mercado tem nos produtos específicos. Isso permite explorar novas linhas. Outra empresa, Miemis, enviou o primeiro contêiner de queijos aos Estados Unidos com produtos da marca Los Hornos de Panquehue, a qual constituiu um "pacote" de 20 toneladas, que chegaram ao destino na semana passada.

Os exportadores de lácteos

A direção desta nova associação está formada por Fernando Barañao (Watts), Juan Manuel Ricciuli (Colun), secretário, Manuel Zamora (Chevrita), tesoureiro, Claudio Sarah (Nestlé) e suplentes, Jorge Mayer. Os postos restantes da diretoria foram ocupados por Jorge Mayer (queijos Mulpulmo) e Manuel Zamora (Chevrita).

"A associação de exportadores tem um grande trabalho para realizar. Tem que representar as indústrias leiteiras no processo exportador, frente às autoridades ou frente às entidades internacionais. Isso se cristaliza participando ativamente nas negociações de tratados de livre comércio (TLC) e não como está agora, que temos sido convidados às últimas negociações de TLC com os EUA, porque não existia um interlocutor".

A Associação de Exportadores de Produtos Lácteos representa 90% da recepção de leite do Chile e 95% das exportações. A isso se somam os produtores de leite incorporados à associação.

Para poder desenvolver o processo exportador, é importante ter cumprido uma série de etapas prévias, segundo ele. "Por exemplo, essa associação, após um acordo com o Ministério da Agricultura do Chile, é a entidade que coordenará os processos de credenciamento e certificação de plantas no Chile para o setor lácteo. Assim, estamos coordenando o credenciamento com Cuba e a Secretaria da Agricultura já está revisando as fábricas de maneira a fazer uma avaliação prévia para as empresas que quiserem obter credenciamento para exportar para Cuba".

"Estamos preparados? Sim e não. Sim, porque existe vontade para mudar e resolver os problemas. Não, porque fomos ingênuos em algumas coisas, como quando firmamos o TLC com a Europa e antes não nos ativemos a uma série de coisas que temos que cumprir para poder exportar para a Europa. Por exemplo, o credenciamento de plantas e o manejo de resíduos. Antes de um ano, com a preparação da Secretaria da Agricultura, não será possível fazê-lo".

As indústrias estão preparadas. Há empresas que obtêm credenciamento sem nenhum problema. Foram construídas para exportar, como Mulpulmo e Cuinco. Depois delas vem Cafra e Chilolac, que também estão mais ou menos preparadas. Puerto Octay quer estar credenciada em outubro.

Em outros lácteos também há boas novas. No leite condensado, o Chile é o maior exportador para o mercado norte-americano, de um total de importações de 8 mil toneladas. O leite em pó é uma commodity e, por isso, seu preço é muito variável nos mercados mundiais. Outra via de exportação são os sorvetes, produção que pertence principalmente a Bresler e Loncomilla, no Chile.

"O TLC para os EUA, em termos reais, vai durar 4 anos. A Argentina tem 4 vezes mais vacas que nós, o Uruguai tem o dobro, e então não vamos ter nenhuma vantagem competitiva, salvo em um negócio especifico, que são negócios de nichos. E aí é onde, como Associação de Exportadores, temos que ocupar o espaço rapidamente. O que chega primeiro, coloca a bandeira e evita que o resto chegue".

Existem certos nichos de negócio onde basta que um se posicione para que desestimule os competidores a se instalarem. "Isso que temos que fazer. Por exemplo, o iogurte longa vida, que comercializamos na América Central, passa por Miami. Se nós temos TLC com os países centro-americanos e acordos bilaterais com outros, ocupemos esse espaço. Nos EUA, existe espaço para soros e concentrados protéicos, que também são produtos interessantes. Assim, podemos ir buscando locais específicos".

O Japão consome uma quantidade inimaginável de manjar de leite, que é comprado na Argentina. Pensar que o Chile também pode comercializar este produto com o país asiático não é ilusão.

Oportunidades

As exportações não serão a solução para todos os problemas do setor leiteiro, mas sim, uma ferramenta a mais. "Para cada litro extra que sobe o consumo de leite per capita, sobem 15 milhões de litros de leite de produção nacional. Calculando-se em 124 litros, para chegar ao consumo que a Argentina teve antes da crise (220 litros), 1,2 bilhão de litros. O impacto que se tem para duplicar o consumo de leite é mais relevante que o impacto às exportações líquidas, sem desconsiderar que as exportações são estratégicas. Durante oito meses somos deficitários, durante 4 temos excedentes e, nesses meses, temos que exportar, mas não commodities, como leite em pó".

"O que temos que fazer como queijeiros é vender, como for possível, a qualquer local, ainda que seja ao mesmo preço que vendemos no Chile, queijos. É uma decisão estratégica. Agora temos a possibilidade de exportar para Cuba 100 toneladas mensais, que não são nada em leite, mas que poderão reduzir a pressão no mercado nacional".

Este efeito é tão importante que, no ano passado, a Colún teve um problema com o mercado mexicano e teve que desviar leite para fazer queijos ao mercado nacional. O mercado baixou 250 pesos (US$ 0,36) com relação ao que se esperava que chegasse.

"Este ano, temos que retirar este leite. Todas as plantas que formam a associação aumentaram sua recepção de leite e estamos obrigados a tirar leite do mercado nacional para reduzir a pressão que se produz com a sobre-oferta e com uma demanda deprimida na baixa do preço. Se tirarmos o leite ou o queijo, vamos estar mantendo o nível de 1200-1500 pesos chilenos (US$ 1,75 - 2,19 ) ao queijo no atacado".

Otimismo

Albarrán reconhece que estão otimistas com a nova associação de exportadores, mas que, tanto o mercado interno como o externo, são importantes.

"Se os tratados que estamos firmando não servirem para nada, temos que buscar por outros lados. A China importa US$ 30 milhões por ano em queijos, US$ 150 milhões em lácteos. Então, é um mercado interessante. Tem mercado para o queijo Euroblock - que é o que vende a Nova Zelândia - de 99 centavos de dólar o quilo e também tem mercados para 4, 7 e até 20 dólares o quilo, que vem da França, Itália e inclusive Austrália".

O Chile já está preparando uma missão comercial para a China. Porém, o país não quer vender queijos de 99 centavos, se pode explorar o segmento de 4 dólares o quilo. Outras ações serão conhecer o mercado japonês e o da Índia. Somados, nesses três países está a metade do mundo e muitos potenciais consumidores.

O ProChile está fazendo um estudo que analisará os mercados onde houve um crescimento explosivo no consumo de vinho. Não é um mistério o casamento entre queijo e vinho, sendo que é baseado nisto que se espera a colocação dos queijos chilenos.

Em 14/08/03 - 1 Peso Chileno = US$ 0,001466
681,950Peso Chileno = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)

Fonte: Australosorno.cl, publicado em Lechería Latina

0

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures