No Código de Direito e Bem-Estar Animal da Paraíba (lei 11.140 de 8/6/2018, publicada no Diário Oficial do Estado em 9/6/2018) consta, entre outras normativas, que "não serão impostas aos animais condições reprodutivas artificiais que desrespeitem seus respectivos ciclos biológicos naturais" (capítulo III, artigo 59, inciso IV) - leia-se, entre outras técnicas, inseminação artificial.
Ao protocolar no STF ação direta de inconstitucionalidade, a Asbia espera reverter a situação para garantir o direito dos pecuaristas da Paraíba de promover o melhoramento genético animal. A audiência para avaliar o pedido de liminar ocorrerá no dia 13 de março e o ministro relator será Alexandre de Moraes. Para o presidente da entidade, Sérgio Saud, a lei quebra uma série de pressupostos da legislação nacional, "jogando por terra" todo o fomento realizado nas últimas décadas pelo governo federal para o desenvolvimento da pecuária. A Paraíba corre o risco de ter um declínio da produção de leite e de carne nos próximos anos, porque uma lei sem embasamento técnico no assunto passa a ideia errada de que a inseminação artificial", protesta Saud.
"O fato de o Brasil ser hoje o maior exportador mundial de carne deve-se em boa parte aos investimentos feitos pelos pecuaristas no melhoramento genético do rebanho. Só em 2018 as vendas de sêmen bovino cresceram 14% no país, chegando a quase 14 milhões de doses", continuou.E destacou: "Vale lembrar que a inseminação é usada largamente no mundo inteiro, inclusive em humanos, sem qualquer problema".
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo, adaptadas pela Equipe MilkPoint.