Gustavo Almada, chefe do INTA Carlos Pellegrini, em Santa Fé, confirmou que a situação nas fazendas leiteiras é "realmente muito complexa", porque os produtores estão "sem reserva, sem silos de milho e sem pastagens, depois de terem passado por uma crise semelhante há menos um ano”.
Neste sentido, ele disse que "a grande maioria das fazendas leiteiras de Santa Fé está com problemas, especialmente aquelas localizadas no centro e no sul da província, áreas mais afetadas pela chuva”. “Os tempos biológicos não conseguiram se recuperar. Em 10 dias, foram registrados entre 350 e 450 milímetros de chuva”.
Nesta região, os técnicos do INTA participam de um comitê de crise onde projetam estratégias de acompanhamento para os produtores, coletam informações para refinar o diagnóstico e organizam workshops com recomendações produtivas e de manejo durante a emergência.
Por sua vez, em conjunto com os produtores e autoridades sanitárias e autoridades políticas, o instituto colabora na coordenação de movimentos de animais em risco para campos secos, que recebem gado da área inundada. "Há fazendas leiteiras capazes de absorver uma parte das vacas, mas de qualquer maneira, haverá um grande impacto sobre a produção leiteira", descreveu Almada.
Para Daniela e Carlos Callaci, do INTA Rafaela - Santa Fé – “a situação em áreas urbanas e áreas rurais, como resultado da precipitação que ocorreu desde dezembro e atingindo registros entre 300 e 500 mm é muito complicada". Os especialistas visitam regularmente o departamento Castellanos e ajudam várias fazendas leiteiras afetadas por excesso de água nessa área.
"A situação é muito complicada no departamento", concordaram Faure e Callaci em seu relatório, que reconhece as diferenças devido à situação topográfica de cada setor da bacia e suas possibilidades de escoamento. Ainda assim, eles apontaram um fator comum: "O lençol freático está perigosamente perto em quase toda a superfície, e até mesmo nos lugares mais baixos está na superfície ou acima do solo". Neste contexto, uma alta porcentagem dos campos está alagada e estão começando a surgir sinais evidentes de mortalidade das plantas, tanto em pastagens de alfafa como em cultivos de soja, milho e sorgo.
As informações são do Infocampo, traduzidas pela Equipe MilkPoint.