As vendas externas de produtos lácteos argentinos seguem pressionadas em razão da política de autorregulação de exportações, implementada pelas principais indústrias locais, com o propósito de evitar novas intervenções oficiais.
Nos dois primeiros meses desse ano, as exportações de leite e derivados foram de 42.996 toneladas, segundo dados do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa), um recuo de 6% se comparado ao primeiro bimestre de 2009, quando foram exportadas 45.734 toneladas de lácteos.
Os preços no mercado internacional de lácteos começaram a se recuperar nos últimos meses. Porém, os administradores das principais indústrias exportadoras - após as medidas intervencionistas tomadas pelo Governo argentino em 2007 e 2008 -, estão preferindo desde o ano passado, garantir um determinado volume mínimo (uma espécie de "cota privada de exportação"), do que arriscar aumentar os envios e chamar a atenção do secretário do Comércio Interior, Guillermo Moreno.
"A Argentina priorizou o abastecimento do mercado interno, de forma que grande parte dos produtos lácteos foi voltada ao consumo local", disse o presidente do Centro da Indústria Leiteira (CIL), Miguel Paulón.
No primeiro bimestre de 2010, a Argentina exportou 25.844 toneladas de leite (principalmente sob a forma de leite em pó integral), 10.706 toneladas de derivados lácteos e 6.446 toneladas de queijos.
O volume de produtos exportados ao Brasil no primeiro bimestre de 2010 foi de 4.531 toneladas, contra o volume de 10.906 toneladas para o mesmo período de 2009. Paulón disse que esse fenômeno não se deve a nenhuma questão em particular, e lembrou que segue vigente o acordo, firmado em setembro de 2009, pelo qual a indústria argentina se comprometeu a enviar um máximo de 3.000 toneladas mensais de leite em pó ao Brasil.
Paulón, disse que o acordo contempla um sistema compensatório para que "no caso de um mês determinado, em que se exportem mais ou menos toneladas que a cota, esse valor será compensado nos meses seguintes, para que a média mensal se mantenha estável".
O Brasil se transformou no principal comprador de queijos argentinos. No primeiro bimestre de 2010, adquiriu 1.203 toneladas desses produtos contra 442 toneladas para o mesmo período de 2009.
Os principais compradores de leite argentino em janeiro e fevereiro de 2010, além do Brasil, foram: Argélia, para onde o país exportou 5.378 toneladas; Venezuela, com 4.921 toneladas; e Nigéria, com 1.551 toneladas de lácteos.
Quanto aos derivados lácteos, as principais exportações no primeiro bimestre de 2010 foram: 1.201 toneladas de soro de leite e 613 toneladas de proteínas do soro de leite ao Brasil; 551 toneladas de caseína aos Estados Unidos; 530 toneladas de proteínas lácteas à China e 325 toneladas de manteiga à Rússia.
As informações são do Infocampo, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
Argentina: exportações de lácteos seguem pressionadas
As vendas externas de produtos lácteos argentinos seguem pressionadas em razão da política de autorregulação de exportações, implementada pelas principais indústrias locais, com o propósito de evitar novas intervenções oficiais.
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