Após os fortes investimentos realizados em 2010 pelos produtores de leite da Argentina para ampliar fazendas e melhorar a alimentação, a produção de leite de 2011 poderia crescer em cerca de 400 milhões de litros e voltar a marcar um novo recorde. Em 2010, a Argentina produziu 10,4 bilhões de litros. Agora, se o clima e os preços acompanharem, o país poderia ter, nesse ano, 3% a 5% a mais de leite, passando a valores próximos de 11 bilhões de litros.
"Creio que vamos ter um aumento da produção sobre a base da intensificação feita pelos produtores em 2010 e o crescimento da produção individual de vacas", disse o presidente da DeLaval, Ezequiel Cabona. Em 2010, ano de recomposição dos preços, foram feitos investimentos em infra-estrutura das fazendas, currais, ampliações e melhora genética. Para Cabona, a produção terá um salto de 5%.
Entre 1999 e 2009, a produção de leite na Argentina esteve estancada em 10 bilhões de litros. Desde 2003, esse estancamento se agravou por uma intervenção do Governo nesse mercado e pelo fechamento de aproximadamente 5.000 fazendas leiteiras, devido a baixos preços.
Apesar de as projeções serem positivas, nos últimos meses, voltou a preocupação entre os produtores, porque se freou o aumento dos preços pagos pela indústria. Durante 2010, a matéria-prima subiu 60%, mas, entre agosto e dezembro, houve uma queda e, em um contexto de custos crescentes, os produtores começaram a se preocupar. Somente em janeiro esse valor se recuperou e, entre esse mês e fevereiro, passou de 1,419 pesos (US$ 0,34) por litro para 1,49 pesos (US$ 0,36), segundo o Ministério da Agricultura.
Sobre os custos, um relatório do Comitê de Lácteos do Instituto de Estudos Econômicos da Sociedade Rural Argentina (SRA) revela que, nos últimos cinco anos, os preços não chegaram a compensar os custos. "Durante os últimos cinco anos, a rentabilidade da produção de leite foi bastante afetada, já que, embora as receitas por hectare tenham aumentado em 96%, essas não chegaram a compensar o aumento dos custos totais, que foi de 119%, ambos medidos em dólar. Como resultado, o setor leiteiro passou a maior parte do período de 2006/2010 com margem líquida negativa, o que implica que, durante esse período, o produtor foi comendo parte de seu capital".
Hoje, os produtores de leite não têm compensações, como tiveram em 2008 e 2009. "As compensações outorgadas em 2008 e 2009, no melhor dos casos, chegaram a representar 9% da receita total por hectare. Para os produtores que as receberam, somente conseguiram cobrir 20% da margem líquida negativa desse ano", indicou o trabalho.
As informações são do La Nación, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
Argentina espera ano recorde para setor leiteiro
Após os fortes investimentos realizados em 2010 pelos produtores de leite da Argentina para ampliar fazendas e melhorar a alimentação, a produção de leite de 2011 poderia crescer em cerca de 400 milhões de litros e voltar a marcar um novo recorde. Em 2010, a Argentina produziu 10,4 bilhões de litros. Agora, se o clima e os preços acompanharem, o país poderia ter, nesse ano, 3% a 5% a mais de leite, passando a valores próximos de 11 bilhões de litros.
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