Argentina: auto-regulação segura alta da exportação

As exportações de produtos lácteos da Argentina continuam contidas por causa da política de auto-regulação de exportações implementada pelas principais indústrias locais com o propósito de evitar novas intervenções oficiais.

Embora nessa época do ano a indústria de lácteos da Argentina tenha um potencial de exportação da ordem de 25.000 toneladas mensais de leite em pó - assim como ocorreu durante o último trimestre de 2006 -, entre setembro e novembro de 2009, as vendas externas desse produto tiveram uma média mensal de 13.863 toneladas, segundo dados do Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa).

Os preços no mercado internacional de lácteos começaram a se recuperar de forma notável nos últimos meses. No entanto, os administradores das principais indústrias exportadoras, após as medidas de intervenção tomadas pelo Governo argentino em 2007 e 2008, preferiram garantir um volume mínimo determinado (um tipo de "cota privada de exportação") do que se aventurar a aumentar as vendas e chamar a atenção do secretário do Comércio Interior, Guillermo Moreno.

Os principais compradores de leite em pó da Argentina são os mercados latino-americanos e africanos. Entre os meses de janeiro e novembro de 2009, as maiores vendas externas de leite foram feitas ao Brasil (38.229 toneladas), Argélia (37.371 toneladas), Venezuela (25.880 toneladas), Senegal (10.116 toneladas), República Dominicana (8.112 toneladas), Nigéria (5.630 toneladas) e Níger (4.522 toneladas).

Nos primeiros onze meses de 2009, as exportações argentinas de produtos lácteos (leites, queijos e derivados lácteos) foram de 285.907 toneladas contra 267.430 toneladas no mesmo período de 2008.

A reportagem é do Infocampo, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.