ARG: SanCor refinancia sua dívida

A SanCor conseguiu completar a renegociação de sua dívida, um processo iniciado em 2008. Isso porque a Corporação Financeira Internacional (CFI), braço financeiro do Banco Mundial, acaba de aceitar a proposta da firma. Em plena crise, a cooperativa propôs a seus credores o pagamento de US$ 50 milhões de uma dívida total de US$ 167 milhões.

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A cooperativa de lácteos da Argentina, SanCor, conseguiu completar a renegociação de sua dívida, um processo iniciado em 2008. Isso porque a Corporação Financeira Internacional (CFI), braço financeiro do Banco Mundial, acaba de aceitar a proposta da firma. Em plena crise, a cooperativa que lidera as vendas de lácteos no país, junto com a La Sereníssima, propôs a seus credores o pagamento de US$ 50 milhões de uma dívida total de US$ 167 milhões.

A cooperativa, cujo total acionário pertence a cerca de 1.400 produtores de leite, festejou parcialmente nesse momento o pagamento e a reprogramação do passivo. Através de um comunicado à Bolsa, o gerente de Finanças da cooperativa, Mario Magdalena, anunciou que "a SanCor e a CFI chegaram a um acordo e fecharam o processo de reestruturação da dívida financeira".

O pagamento dos US$ 29,5 milhões que a SanCor deve à CFI se realizará em desembolsos semestrais similares às condições anteriores da negociação da dívida, segundo informou o porta-voz da SanCor, Sergio Montiel. "Estamos otimistas, porque agora a dívida ficou reprogramada em longo prazo, com uma empresa que funciona".

Em meados dos anos noventa, a CFI emprestou US$ 40 milhões à SanCor, provenientes de seus próprios cofres, ao qual somou outro empréstimo sindicado com outras entidades financeiras, de US$ 30 milhões. Depois, em 2006, a firma conseguiu um empréstimo de US$ 135 milhões do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social da Venezuela (Bandes) - em meio a rumores de venda a estrangeiros e locais -, mas dois anos mais tarde, precisou renegociar o total de seu passivo. Concordou, então, em pagar ao Bandes US$ 80 milhões com envios de leite em pó, mas não tinha conseguido renegociar, até agora, com a CFI.

Hoje, a SanCor deve ao Bandes outros US$ 70 milhões e tem uma década para pagar, enquanto corre uma taxa de juros de 3%. "Trata-se dos únicos credores que a SanCor tem hoje". Atualmente, a SanCor tem um presente e um futuro "otimistas". Reportou lucros de US$ 2,55 milhões no último balanço anual fechado em junho passado, que contrastam drasticamente com as perdas de US$ 27,77 milhões do ano fiscal anterior.

As informações são do El Cronista, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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