ARG: produção caiu até 15% no 1º bimestre frente a 09

Devido às altas temperaturas de janeiro e os excessos de chuvas em fevereiro, a produção de leite da Argentina no primeiro bimestre de 2010 caiu entre 12 e 15% com relação ao mesmo período de 2009. Esse dado corresponde às empresas sócias do Centro da Indústria Leiteira (CIL) da Argentina, principal organização empresarial do setor.

"Houve excessos de chuvas, deterioração das pastagens e os animais tiveram que ficar muito tempo no barro", disse o presidente do CIL, Miguel Paulón. Nesse contexto, os produtores tiveram complicações para alimentar suas vacas e a indústria dificuldade em coletar a matéria-prima.

A La Serenísima, principal companhia do setor, sofreu uma queda de 15% na captação de leite. Desse modo, essa empresa reduziu sua captação diária de leite em 300.000 a 400.000 litros. "Apesar disso, não haverá problemas de desabastecimento", disse uma fonte da indústria.

Nacionalmente, no primeiro bimestre desse ano, perderam-se 200 milhões de litros por causa do clima. Normalmente, a produção de janeiro e fevereiro na Argentina é de cerca de 23 milhões de litros diários, mas, pela situação meteorológica, baixou para cerca de 20 milhões de litros.

Para Paulón, os inconvenientes na produção não levarão a aumentos de preços ao público. "Não aumentarão porque já há uma pauta de preços estabelecida". Ele se referia à autorização da Secretaria de Comércio Interior para aumentar em 7% os produtos de massa, como leite, 14% os seletivos, como alguns queijos, e em 18% os produtos premium, como algumas sobremesas e certos queijos.

Segundo o presidente do CIL, as perspectivas de 2010 para o setor leiteiro não se modificam, a tendência é que haja uma produção recorde, com 10,6 bilhões de litros. No ano passado, a produção leiteira da Argentina foi de 10,1 bilhões de litros.

As informações foram publicadas no Infortambo, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.