ARG: para a indústria produção aumentará 5% em 2010

As indústrias de lácteos da Argentina estão prognosticando para esse ano um aumento de 5% na produção de leite e, inclusive, estão dispostas a melhorar o preço pago aos produtores. Desde o último acordo alcançado em julho passado, o preço por litro de leite cru passou de 0,78 pesos (US$ 0,20) por litro para 1,10 pesos (US$ 0,28) por litro atualmente. Para o leite com mais valor agregado, o preço é de 1,30 pesos (US$ 0,33) por litro.

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As indústrias de lácteos da Argentina estão prognosticando para esse ano um aumento de 5% na produção de leite e, inclusive, estão dispostas a melhorar o preço pago aos produtores. Desde o último acordo alcançado em julho passado, o preço por litro de leite cru passou de 0,78 pesos (US$ 0,20) por litro para 1,10 pesos (US$ 0,28) por litro atualmente. Para o leite com mais valor agregado, o preço é de 1,30 pesos (US$ 0,33) por litro.

Nesse contexto, os que sofrem com a bonança do setor são os consumidores, uma vez que até agora nesse ano, os preços do leite, queijos e iogurtes não param de subir. O Centro da Indústria Leiteira (CIL) disse que somente foram aplicados aumentos de 2% (em produtos básicos) a 6% (para os premium), todos autorizados pela Secretaria de Comércio Interior. Porém, a realidade nas gôndolas argentinas é outra. A forte demanda de produtos lácteos, tanto do mercado interno como do exterior - a Argentina exporta para 110 países - abre perspectivas positivas para 2010. Desde 2008, a produção total de produtos lácteos se estabilizou em 10 bilhões de litros anuais em um mercado que move 20 bilhões de pesos (US$ 5,16 bilhões) por ano.

No final de fevereiro, o Governo nacional lançou um Plano Estratégico para o Setor Leiteiro, que foi bem recebido pelos produtores, industriais e trabalhadores do setor, ainda que o plano ainda não foi colocado em marcha.

"Hoje há boa capacidade de demanda, tanto a nível local como internacional, de forma que se pode transferir aos produtores um valor razoável por litro", disse o presidente do CIL, Miguel Paulón. Ele disse que o preço médio atual, de 1,10 pesos (US$ 0,28) por litro, "supõe uma melhora de 40% sobre os valores de julho de 2009" e destaca que as perspectivas para esse ano são boas, porque há reservas de matéria-prima acumulada, animais preparados para a produção e boa relação insumo-produto para a indústria.

"Tudo isso leva a prever um aumento da produção que terá esse ano um piso de 5% com relação a 2009, mas que poderia ser ainda um pouco mais". Podem ocorrer problemas, não somente pelo fator climático - no ano passado, a seca afetou as pastagens e impactou na produção -, mas também, pelas possíveis intervenções no mercado por parte do Governo.

No entanto, o presidente da União Geral de Produtores de Leite, Emiliano Amondarain, disse que "embora tenha havido uma pequena recuperação dos preços, sabemos que a indústria poderia estar pagando mais aos produtores". Nesse sentido, ele reconhece que, quando se obtêm produtos melhores, a indústria paga mais; no entanto, adverte que "está vendo um tipo de cartelização na indústria, já que as grandes empresas têm fixado os preços a pagar aos produtores". Por isso, disse que "é necessário trabalhar para melhorar a transparência do setor".

Das cerca de 700 empresas processadoras de lácteos da Argentina, somente nove concentram 55% da produção. Por sua vez, o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) estima que 82% das exportações de 2009 (em valor) correspondem a somente 10 firmas.

Em 23/03/10 - 1 Peso Argentino = US$ 0,25849
3,86192 Peso Argentino = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)

A reportagem é do site www.ieco.clarin.com, publicada no Infortambo, adaptada e traduzida pela Equipe MilkPoint.
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