ARG: Mastellone faz projetos para a La Serenísima

Após optar por manter o controle da empresa, descartando a venda a um grupo estrangeiro, e após ter definido um plano de refinanciamento de sua dívida, o proprietário da empresa Mastellone Hnos., dona da marca La Serenísima, Pascual Mastellone, começou a projetar uma estratégia com a qual espera que a La Serenísima sobreviva a dois anos que o empresário considera que serão críticos para sua companhia e o setor lácteo em geral.

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Após optar por manter o controle da empresa, descartando a venda a um grupo estrangeiro, e após ter definido um plano de refinanciamento de sua dívida, o proprietário da empresa Mastellone Hnos., dona da marca La Serenísima, Pascual Mastellone, começou a projetar uma estratégia com a qual espera que a La Serenísima sobreviva a dois anos que o empresário considera que serão críticos para sua companhia e o setor lácteo em geral.

A empresa vem de três anos ruins, com balanços negativos que, em parte, conseguiu reverter em 2009. No ano passado, a empresa faturou 2,524 bilhões de pesos (US$ 661,77 milhões) e teve perdas de 265 milhões de pesos (US$ 69,48 milhões). Nos primeiros nove meses de 2009, no entanto, suas vendas chegaram a 2,476 bilhões de pesos (US$ 649,18 milhões), com um lucro de 12,8 milhões (US$ 3,35 milhões).

De acordo com o cenário que Pascual Mastellone e sua equipe gerencial traçaram, a empresa sofrerá durante 2010 e 2011 problemas por fortes aumentos dos custos e não poderá transferir esses aumentos aos preços nas gôndolas.

A hipótese se baseia no peso que, em sua estrutura de custos, tem a compra de matéria-prima aos produtores de leite. Segundo a visão da La Serenísima, terão uma recomposição que até poderia chegar a 50% de aumento e os produtores poderiam chegar a cobrar até 1,50 pesos (US$ 0,39) por litro quando hoje estão em 1 peso (US$ 0,26).

Isso se deveria ao aumento do preço do leite em pó (hoje em US$ 3.500 a tonelada), que impulsiona os produtores a pensar mais em exportar que em abastecer o mercado interno, cenário que não favoreceria a La Serenísima, cujo negócio está atado ao consumo local.

Frente a esse cenário, a estratégia será realizar investimentos para manter os negócios, reduzir custos e pagar uma dívida de US$ 225 milhões que pesa sobre sua estrutura. De fato, na última sexta-feira (11), a empresa lançou uma oferta para refinanciar o pagamento desse dinheiro, na qual propõe pagar uma parte em dinheiro (entre US$ 39 e US$ 98 por cada US$ 1.000 da dívida segundo o tipo de contrato que possua o credor) e estirar o resto - que vencia entre 2009 e 2013 até 2018, começando a pagar depois de 2012.

A empresa propõe substituir o título de crédito anterior, de US$ 167 milhões, por um novo que mantém o capital e a taxa de juros em 8% anual, mas aumenta o prazo de pagamento por cinco anos para poder aliviar a equação financeira da firma.

No entanto, a dívida de US$ 41 milhões com os bancos terá uma taxa de Libor de mais 2,5 pontos, ainda que com um corte de 6. Vencia em 2011 e a intenção é estirar os pagamentos para 2015. O Merrill Lynch foi o banco encarregado de preparar a proposta.

Em 15/12/09 - 1 Peso Argentino = US$ 0.2622
3,7978 Peso Argentino = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)

A reportagem é do El Cronista, adaptada e traduzida pela Equipe MilkPoint.
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