Chips mandam informações sobre as vacas para central de empresa (Foto: Marlon Tavoni/EPTV)
Na década de 1960, foi adotada a ordenha mecanizada, uma revolução para a época. Hoje, a tecnologia está, literalmente, em cada cabeça de gado. Em cada uma das vacas há um chip na orelha direita e em cada uma das baias de contenção, onde é feita a ordenha, há uma antena. Com isso, é possível saber exatamente quanto cada vaca produziu de leite e em qual período. Tudo isso em tempo real: os dados são transmitidos pela internet para uma central de controle.
Também é realizado o acompanhamento da alimentação. O sistema cria uma planilha com as quantidades exatas de cada um dos componentes que devem estar na ração. As informações são enviadas para o operador de um trator, que avisa quando o peso está ideal. Dentro de um vagão, tudo é misturado por um sistema de pás e vai para o pasto. Todo o monitoramento é feito por 20 câmeras espalhadas pela fazenda. As imagens são transmitidas on-line.
“Para nós do manejo da fazenda, é fundamental para ter um domínio sobre o que está acontecendo. Saber se a produção está caindo, subindo, saber identificar os motivos, saber os problemas e ter soluções”, explicou o produtor de leite Roberto Jank.
Vacas usam chips que transmitem informações para central em Descalvado (Foto: Marlon Tavoni/EPTV)
Tecnologia que dá resultados
Por dia, são produzidos cerca de 50 mil litros, sendo o maior rebanho de vaca holandesa registrado no país, com 1,5 mil cabeças produzindo. No total, são mais de 3,6 mil fêmeas entre jovens e adultas. “Sabemos tudo o que elas tomaram de medicamentos, quando elas foram tratadas, o desenvolvimento delas, quando elas foram inseminadas pela primeira vez. Isso nos permite oferecer ao consumidor do leite uma rastreabilidade total de todo o processo”, disse Jank.
Produtor de leite conta com ajuda de aplicativo para controlar reprodução (Foto: Marlon Tavoni/EPTV)
Aplicativo no campo
O uso da tecnologia também está cada vez mais presente entre os pequenos produtores. O rebanho de Carlos Gustavo Cerny tem 37 cabeças. Ele baixou no celular um aplicativo de graça para monitorar o ciclo reprodutivo dos animais. “Eu posso abastecer o aplicativo com relação ao último parto, o cio, cobertura e a previsão de secagem da vaca. Se eu estiver no campo mexendo com as vacas, eu consigo fazer o abastecimento de informações no local mesmo”, afirmou.
Ele não abre mão do velho e tradicional caderno do campo, uma espécie de diário com todas as informações do sítio, e nem da modernização. “A gente sempre vai investindo e empregando tecnologia no campo”.
As informações são do G1.