Ambientalistas elevam tom de críticas
Parlamentares e ONGs ambientalistas elevaram o tom das críticas ao governo federal na tentativa de brecar alterações na legislação ambiental propostas pela bancada ruralista do Congresso. Em debate no Senado, os ambientalistas cobraram ontem (06) do governo uma ação concreta contra o que consideram "desfiguração" do Código Florestal, em vigor desde 1965.
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Em debate no Senado, os ambientalistas cobraram ontem (06) do governo uma ação concreta contra o que consideram "desfiguração" do Código Florestal, em vigor desde 1965 e pediram uma orientação clara do Palácio do Planalto para evitar as mudanças nas regras ambientais por meio do adiamento das votações previstas para este ano.
Candidata do PV à Presidência, a senadora Marina Silva reclamou da pecha de ser "do contra" e atacou a postura do governo. "No Brasil, tem essa cultura de querer mudar o teste em lugar de passar no teste. Não se criam instrumentos econômicos para viabilizar a agricultura e a pecuária sustentáveis. Aí, se muda a legislação. E isso acontece com a anuência ou a omissão do governo federal", criticou a senadora.
Coordenador da Frente Ambientalista, o deputado Sarney Filho (PV-MA) afirmou que a nova lei vai "facilitar novos desmatamentos", e disse que votar no novo Código Florestal agora seria "irresponsabilidade" e anunciou a segunda etapa da campanha contra os ruralistas. "Quem contribuir para o desmatamento vai entrar na lista a partir de amanhã (hoje)", disse. O primeiro teste será a votação, no Senado, do Projeto de Lei Complementar nº 12, que tiraria poderes do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e delegaria funções legislativas da União aos Estados. "Vamos marcar sob pressão, senão eles engolem a gente porque têm mais estrutura e defendem interesses muito específicos".
Os ruralistas se preparam para votar o relatório do novo Código Florestal na comissão especial criada para debater o assunto na Câmara e afirmam haver um acordo de lideranças para apressar o rito de tramitação do relatório. "Eles têm o direito de espernear. Mas, em 15 dias, vamos votar na comissão e depois aprovaremos no plenário com os líderes dos partidos", disse o deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR), presidente da comissão especial."Quem debate são os partidos nanicos, o PSOL e o PV. Nos outros, todo mundo quer aprovar".
O relator do novo Código Florestal, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), ironiza a estratégia dos ambientalistas. "Eles achavam que era suficiente tomar café da manhã pago pela Coca-Cola, mas viram que terão que fazer bem mais que isso", criticou, em referência a um suposto patrocínio da multinacional à ONG Fundação SOS Mata Atlântica, líder da campanha "Exterminadores do Futuro".
No debate do Senado, as ONGs pediram aos líderes do governo uma ação para barrar votações da legislação ambiental "contaminadas" por questões eleitorais. "O governo precisa dizer claramente o que defende nesse debate. Quer um "programa de aquecimento climático" (PAC) e um Código Florestal 'flex'?", questionou o coordenador de Políticas Públicas da ONG Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), André Lima. "Vai haver um forte crescimento na demanda por carnes, etanol e soja. E essa conta não vai fechar", alertou.
A reportagem é do Jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.
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BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ
EM 24/04/2010
ANGATUBA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 12/04/2010
Mas porque somente nós produtores rurais temos que respeitar os tais 20 % de reserva legal?
Abraços a todos.
RAMILÂNDIA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 10/04/2010
Errado está em não se cumprir a legislação argumentando ser impossível a produção de alimentos nos termos que ela rege.
Errado está em ser o proprietário de uma área rural e comprar na cidade verduras para a salada que acompanha a carne do boi (este sim, produzido na fazenda, em sistema de exploração única e com todos os agroquímicos que a indústria dos países desenvolvidos descarrega nos agropecuaristas brasileiros).
Errado está em encher o boi de hormônios e vender sua imagem como "boi verde", por conta de sua alimentação básica que é o capim.
Errado está em retirar até a última árvore das pastagens e comprar "sombrite" para "arrotar" tecnologia em nome do conforto ambiental dos animais.
Errado está em acreditar que maximizar a produtividade é retirar todas as árvores e colocar mais um boi ou uns pés de soja.
Lembro aos leitores que erros todos temos. Mas temos também acertos. Sejam produtores tradicionais, orgânicos, "veneneiros", agroecológicos, naturalistas, naturebas ou qualquer que seja a denominação, todos têm erros e acertos. Cabe a nós uma profunda reflexão para decidir que país vamos deixar aos nossos herdeiros.
Não vivo de nenhuma ONG, mas defendo uma agricultura limpa, que respeita o ambiente e acima de tudo, previne o ambiente para o meu filho viver. Ele, o meu filho, estou preparando para o ambiente e para essa sociedade catastrófica que está sendo construída por pessoas que pensam que a lei é só para "os outros".

IMPERATRIZ - MARANHÃO - FRIGORÍFICOS
EM 08/04/2010

CAPUTIRA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ
EM 07/04/2010

LEOPOLDINA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 07/04/2010
"os ambientalistas cobraram ontem (06) do governo uma ação concreta contra o que consideram "desfiguração" do Código Florestal, em vigor desde 1965"...
Fala sério... Eles estão defendendo uma lei de 1.965, que evidentemente está completamente fora da realidade...
Se queremos um país mais justo e honesto, com melhor divisão de renda, soberania quanto à produção de alimentos, com mais justiça e etc., não podemos ficar parados no tempo do paz e amor, continuar achando que tudo neste mundo ainda são flores...
Muitas coisas neste país tem que mudar em termos de legislação. Desde o código penal, código civil, código militar, e também o código florestal!!!
Onde esta turma de verdinhos vive? Continuam no mundo da lua? Sendo apenas ambientalistas sem o menor conhecimento técnico e científico? Creio que a maior parte deles não sabem nada sobre pesquisas agropecuárias e desenvolvimentos sustentável...
Colocar uma bandeira verde no peito é muito fácil... difícil é produzir alimentos para 200 milhões de brasileiros, dos quais muitos não tem o que comer, seja por não terem recursos, devido aos problemas de logística e infra-estrutura do país, seja por perdas e desperdícios ou mesmo por falta de alimentos...
Ser ambientalista é fácil, quando se tem o que comer, quando se pode gastar o dinheirinho do papai em restaurantes naturebas e shopping centers e andar por aí vestindo roupas e usando acessórios da última moda, das melhores marcas a preços exorbitantes...
Quero ver se ambientalista tendo que arrancar o sustento da família terra. Por que ser ambientalista recebendo salário e defendendo ONG´s patrocinadas por empresas multinacionais como a Coca-Cola é muito fácil... Isso é que é vender o país, isso é que é prostituição, isso é que é vender a alma...
Melhor eu parar por aqui...