Alvim: demanda aquecida favorece produtor

O presidente da comissão técnica da pecuária de leite da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Rodrigo Alvim, entende que a demanda mundial por produtos lácteos voltará a subir. "Há quem diga que os preços estão subindo por especulação. Fora o Brasil, onde os juros são altos, não existe inflação mundial. Os preços estão subindo porque a demanda está aquecida", explica Alvim.

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O presidente da comissão técnica da pecuária de leite da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Rodrigo Alvim, entende que a demanda mundial por produtos lácteos voltará a subir. "Há quem diga que os preços estão subindo por especulação. Fora o Brasil, onde os juros são altos, não existe inflação mundial. Os preços estão subindo porque a demanda está aquecida", explica Alvim.

A previsão, segundo Alvim, é de um aumento de 2% na demanda mundial por produtos lácteos, o que provocará uma recuperação após as crises de 2008 e 2009 e uma retomada do crescimento como a ocorrida em 2005, 2006 e 2007. Antes da crise, em 2008, o preço médio da tonelada do leite em pó chegou a US$ 5,7 mil.

Atualmente, os preços são considerados interessantes, segundo análise de Alvim: um pouco acima dos US$ 4 mil dólares a tonelada. Porém, para que o Brasil seja superavitário na balança comercial do leite Alvim estima que esse valor deveria passar de US$ 4,5 mil a tonelada. "O grande problema para exportar agora é o câmbio", afirma Alvim. Com isso, os produtos lácteos oriundos de Uruguai e Argentina invadem o país.

A inflação de demanda é estimulada pela expectativa de crescimento do PIB mundial, cerca de 4,2%. "O consumo de leite é diretamente ligado ao aumento da renda. Cresceu a renda, aumenta o consumo", explica Alvim. Em 2009, o Brasil produziu 29,5 bilhões de litros de leite. Os números do ano passado ainda não foram consolidados, mas a estimativa é que passe de 30 bilhões de litros de leite.

Entretanto, se há expectativa de crescimento do leite, o produtor também deve saber que tanto a soja quanto o milho também estão em alta. Alvim destaca que 40% do custo de produção do leite é em função da ração.

Produção Nacional

O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado de Minas Gerais (Silemg), Alessandro Rios, acredita em um crescimento entre 4% e 5% na produção nacional neste ano. "Estamos com preços mais altos do que a média histórica. O mercado internacional de leite em pó está com preços atrativos", afirma.

Rios reclama que a cadeia do leite é tributada em várias camadas no Brasil enquanto em outros países recebe subsídios. "Somos os maiores produtores de carne e de grãos, e a lógica mostra que deveríamos ser os maiores em leite, mas não é isso que acontece", afirma.

As informações são do Estado de Minas, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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Darlani Porcaro
DARLANI PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/02/2011

O produtor brasileiro precisa de ajuda em todos os segmentos, o custo de 1 litro de leite gira em torno de mais ou menos 0,60 centavos, então o seu lucro , não existe e ás vezes fica no prejuizo . Por isso fica dificil entrar no mercado de exportação onde se requer volume e um leite de qualidade superior, o governo precisa enxergar urgentemente esses problemas .
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