Pela determinação do TCU, feita no ano passado, durante a gestão de Michel Temer, 660 mil DAPs deveriam ser suspensas em 6 de fevereiro de 2019 por suspeita de irregularidades. O documento é necessário para o produtor ter acesso a financiamentos.
Diante da iminência do cancelamento de 23% do total de DAPs hoje ativas no país, o Ministério da Agricultura, dentro do qual está a secretaria voltada a esse segmento da produção, negociou prazo de 30 dias para montar plano de trabalho. A partir dali, mais 120 dias para implementar o cadastro nacional da agricultura familiar - ou seja, até julho deste ano.
"O cadastro permitirá o cruzamento com dados de outros órgãos. Será uma coisa muito importante", pontua Fernando Schwanke, secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do ministério. Nesse período de transição, também será feito um pente-fino nas declarações de aptidão que estão em vigor, a fim de checar eventuais suspeitas existentes.
A Fetag comemora a iniciativa, principalmente porque tem sido informada de que as entidades representativas serão chamadas para participar do modelo de cadastro a ser implementado. "Seria a identidade do agricultor, que alimentaria o sistema com informações sobre a atividade. Substitui esse monte de coisas que tem de fazer hoje", observa Carlos Joel da Silva, presidente da Fetag-RS.
As informações são do portal Zero Hora, adaptadas pela Equipe MilkPoint.