A indústria de leite longa vida (UHT) pretende encerrar 2010 com crescimento de 4% a 5% em suas vendas, faturamento de R$ 9,4 bilhões e 5,5 bilhões de litros vendidos. O setor pretende, ainda, repetir a performance de incremento de vendas em 2011. No ano passado, por conta da crise global, o setor recuou 0,9%, com 5,308 bilhões de litros vendidos.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV), Cláudio Teixeira, disse que o principal fator de impulso desse desempenho é o incremento de renda e ascensão social da população, que influencia no poder de compra do consumidor. "O brasileiro hoje consome 140 litros de leite longa vida por ano. Pelo Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, o ideal é que esse consumo seja de, pelo menos, 200 litros por habitante/ano. O que mostra o potencial de crescimento que temos."
Em 15 anos, a produção brasileira de leite longa vida saltou de 300 milhões de litros para 5,5 bilhões de litros em 2010. O mercado interno absorve 97% dessa produção. Segundo o diretor-executivo da Associação Brasileira de Leite Longa Vida (ABLV), Nilson Muniz, o crescimento do setor foi conquistado a partir de um trabalho de identificação do produto pelo consumidor e um novo posicionamento da indústria no mercado. "O leite longa vida ganhou participação no consumo pela praticidade e capacidade de penetração em mercados mais distantes".
O leite longa vida está presente em 85% dos lares brasileiros e representa 76% do leite fluido de consumo. Esse percentual ainda é menor do que nos países da Europa - Bélgica, Espanha, França e Portugal -, onde o produto longa vida domina o mercado de leite, com 97% de participação. Na América do Sul, outras nações também consomem mais o produto, como Chile (98%) e Argentina (87%).
A expansão do setor tem sido puxada, também, pelo crescimento do mercado do Nordeste. A região, que historicamente tem uma penetração menor do que a média nacional, vem crescendo cerca de cinco pontos percentuais a cada ano, desde 2008.
Este ano, o leite longa vida deve alcançar 60% de penetração nos lares nordestinos ante 55% de 2009 e 51% de 2008. "Quando a ABLV foi criada há 16 anos, o foco era resolver as questões de base do setor, como a identidade do produto, isonomia tributária e posicionamento de mercado. Hoje, temos trabalhado no incentivo do consumo do leite longa vida", disse Muniz. Em 2005, a ABLV criou um fundo de propaganda para fomentar o consumo da bebida, com aportes de R$ 10 milhões anuais, que foram suspensos com a crise em 2009. "Estamos prontos para retomar os investimentos", completou.
A matéria é de Suzana Inhesta e Andréa Rodrigues, da Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
ABLV aposta em aumento de consumo
A indústria de leite longa vida (UHT) pretende encerrar 2010 com crescimento de 4% a 5% em suas vendas, faturamento de R$ 9,4 bilhões e 5,5 bilhões de litros vendidos. O setor pretende, ainda, repetir a performance de incremento de vendas em 2011. No ano passado, por conta da crise global, o setor recuou 0,9%, com 5,308 bilhões de litros vendidos.
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