40% da indústria de lácteos da China deixaram a atividade em 2011

A Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena da China (AQSIQ), órgão de vigilância da segurança alimentar do país, anunciou que 426 companhias de lácteos, que representavam 40,4% da indústria, tiveram suas licenças revogadas em 2011.

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A Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena da China (AQSIQ), órgão de vigilância da segurança alimentar do país, anunciou que 426 companhias de lácteos, que representavam 40,4% da indústria, tiveram suas licenças revogadas em 2011.

As notícias vieram dias após ter sido reportado que um lote de produtos da maior produtora de leite da China, a Mengniu, continha altos níveis perigosos de carcinogênicos e meses após a AQSIQ ter ordenado que 533 companhias de lácteos parassem com a produção depois de auditorias feitas em todo o país.

A contribuição, em termos de receita ou produção total, dessas companhias para a indústria de lácteos da China como um todo não está clara. O que está mais claro, no entanto, é que os amplos fechamentos ajudarão a preparar o terreno para uma maior consolidação da indústria e para cadeias de fornecimento mais transparentes, o que muitos especialistas acreditam que são passos necessários para trazer os padrões de segurança chineses para níveis internacionais e promover práticas melhores.

A segurança de lácteos na China tem sido um assunto particularmente sensível desde 2008, quando leites contaminados com a substância tóxica melamina e fórmulas infantis resultaram e milhares de casos de doenças e na morte de seis bebês. Desde então, vários escândalos de segurança alimentar - envolvendo produtos tão variados como arroz, amendoim, azeite - levaram a uma indignação geral entre os chineses e prejudicaram a reputação de algumas das maiores companhias de alimentos da China; várias delas pertenciam, totalmente ou em parte, ao Governo do país. Poucas indústrias atraíram tantas notícias negativas como a indústria de lácteos.

Há alguns dias, por exemplo, o site da Mengniu foi atacado por hackers que substituíram a página da companhia por um banner dizendo que a companhia de lácteos de Inner Mongólia tinha "já deixado os chineses fortes e orgulhosos, mas agora, estava fazendo mal a seu próprio povo". Usuários da internet também pediram por um boicote aos produtos da Mengniu, com milhares apoiando, após o mais recente escândalo da companhia. Similarmente, especialistas argumentam que companhias estrangeiras de alimentos, como Mead Johnson Nutrition Co, Heinz e Danone, vendendo produtos lácteos na China, podem esperar aumento em suas vendas após vários escândalos envolvendo a segurança da indústria doméstica.

Apesar de os produtos lácteos terem tido tradicionalmente um pequeno papel nas dietas dos chineses, os maiores salários e padrões de vida estão trazendo o leite e seus alimentos relacionados para mais cozinhas do país. A Mengniu e a Yili, duas das maiores fabricantes de lácteos da China, reportaram lucros de US$ 123,7 milhões (+27% com relação ao ano anterior) e US$ 127,5 milhões (+137% com relação ao ano anterior), respectivamente, em 2011.

A reportagem é do The China Perspective, publicado no FoodBev.com, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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