ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

LACTOSE MICRONIZADA ALIBRA - USO NA FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO

NOVIDADES DOS PARCEIROS

EM 07/12/2020

4 MIN DE LEITURA

2
1

Elaborado por: Marcus W. Lempk - Especialista técnico em Laticínios da Alibra

A Instrução Normativa nº 47, de 26 de outubro de 2018, define leite condensado como o produto resultante da desidratação parcial do leite in natura, concentrado ou reconstituído, com adição de açúcar, podendo ter seus teores de gordura e proteína ajustados unicamente para o atendimento das características físico-químicas do produto (BRASIL, 2018).

O leite condensado adicionado de açúcar surgiu como alternativa para conservação do leite cru. Sua principal vantagem é o fato de poder ser conservado durante muito tempo sem refrigeração, pois, além do aquecimento, a concentração de açúcar aumenta a pressão osmótica inviabilizando o crescimento da maior parte dos microrganismos (SHINOHARA, 2013; ROSSI et al. 2018).

Com o passar das décadas, o leite condensado foi incorporado como ingrediente em diversas receitas na indústria, food service e nos lares, contribuindo para que o Brasil se tornasse o maior consumidor mundial do produto (SHINOHARA, 2013).

De acordo com o CEPEA (2020), em 2019 o Brasil chegou a exportar 13.481 mil toneladas de leite condensado, representando 55,02% do volume total de lácteos exportados.  As vantagens do Brasil na produção e venda vão desde a abundância da matéria-prima ao formato de comercialização no mercado internacional (VILARINO, 2020).

As tecnologias empregadas na fabricação consistem em uma sequência de operações unitárias interligadas, das quais as principais são: tratamento térmico, evaporação a vácuo e cristalização (PERRONE et al. 2011).

Durante o tratamento térmico, grande parte das proteínas do soro são desnaturadas, enquanto os sais de cálcio são precipitados. O tratamento térmico também determinará a viscosidade do produto final, que deve ser suficiente para evitar a decantação da lactose e a separação de gordura, além de conferir ao leite condensado textura cremosa, lisa e de fluxo contínuo no escoamento. Desta forma, para obtenção de leites condensados mais viscosos, deve-se aumentar a intensidade do tratamento térmico, caso a opção seja por maior fluidez, deve-se proceder de forma contrária (BYLUND, 2003; PERRONE et al. 2011).

A próxima etapa é a evaporação a vácuo. A temperatura de evaporação é baixa evitando que modificações físico-químicas ocorram no produto. Geralmente a temperatura de ebulição é em torno de 65 a 70ºC. Durante este processo, a densidade deve ser verificada continuamente, pois o controle da concentração dos sólidos é determinante para uma cristalização adequada ao final do processo (BYLUND, 2003; PERRONE et al. 2011).

Na sequência o leite condensado deve ser resfriado. Esse estágio é o mais crítico e importante de todo o processo produtivo, pois, assim como qualquer solução, ao ser concentrada, o produto tende a se tornar supersaturado, podendo resultar na precipitação (cristalização) do soluto durante o resfriamento (BYLUND, 2003; FINZER & MARTIN, 2011).

A cristalização consiste na formação de partículas sólidas no interior de uma solução homogênea. A presença de cristais de lactose constitui um defeito quando seu tamanho é maior que 16 µm (FINZER & MARTIN, 2011; PERRONE et al. 2011).

Para inibir a formação de grandes cristais, indica-se a adição de pequenos cristais de lactose no produto antes que a cristalização ocorra espontaneamente (FINZER & MARTIN, 2011).

A adição de lactose micronizada promove a nucleação secundária de forma controlada, induzindo a formação de novos núcleos de cristalização. Estes novos núcleos serão imperceptíveis sensorialmente e evitarão que cristais grandes sejam formados (BYLUND, 2003; PERRONE et al. 2019).

A quantidade de lactose adicionada é de, aproximadamente, 0,01 a 0,05% sobre a massa do produto a ser cristalizado. A adição ocorre após o resfriamento do leite condensado até a temperatura de cristalização, aproximadamente 30°C. Essa diminuição da temperatura possibilita uma nucleação natural mais intensa, além de implicar no decréscimo da solubilidade da lactose. (BYLUND, 2003; PERRONE et al. 2011).

Após a adição da lactose, o produto é submetido a uma etapa de agitação. Este procedimento aumenta a taxa de cristalização, evitando a sedimentação e agregação de cristais (WALSTRA, 2003).

Em seguida o leite condensado é destinado a um tanque onde permanecerá por, no mínimo 4 horas, para que o ocorra a cristalização e, na sequência, é destinado ao envase, que pode ser em latas ou em embalagens cartonadas.

A Lactose Micronizada está presente no portfólio da Alibra Ingredientes e integra a linha de ingredientes direcionados às indústrias de alimentos e de bebidas, desenvolvidos para proporcionar qualidade, segurança, redução de custos, otimização de processos e padronização.

Para saber mais sobre as soluções Alibra acesse o site www.alibra.com.br.

Referências Bibliográficas

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 47, de 26 de outubro de 2018. Brasília, 2018.

BYLUND, G. Condensed Milk. In: Dairy processing handbook. 2nd edition. cap. 16. Ed. Tetra Pak Processing Systems AB, 2003.

CEPEA. Centro de estudos avançados em economia aplicada. Disponível em:

<https://www.cepea.esalq.usp.br/br/categoria/boletim-do-leite.aspx>. Boletim de janeiro de 2019 a janeiro de 2020. Acesso em 12 de junho de 2020.

FINZER, J. R. D.; MARTIN, J. R. Cristalização de lactose. FAZU em Revista, Uberaba, n. 8, p. 83-88, 2011.

PERRONE, i. T.; RENHE, I. R. T.; LIMA, B. R. Tecnologia para fabricação de leite condensado. In: Leite condensado: Identidade, qualidade e tecnologia. cap. 4. ed. Templo.  Juiz de Fora – MG. 2011.

ROSSI, G. A. M.; VIDAL, A. M. C.; NETTO, A. S.; AGUILAR, C. E. G. Fluxograma de produção de leite e derivados. In: Obtenção e processamento do leite e derivados. Cap.6. Pirassununga – SP. 2018.

SHINOHARA, N. K. S.; OLIVEIRA, K. K. G.; PADILHA, M. R. F., FARIAS, P. O. L.; NASCIMENTO, V. S.  Leite condensado: gerações do Leite Moça.  Revista Contextos da Alimentação. v.2, n. 1. 2013.

VILARINO, C. Consumo de leite condensado aumenta 14% durante pandemia de coronavírus. Globo Rural. 2020. Disponível em: < https://revistagloborural.globo.com/Noticias/noticia/2020/05/consumo-de-leite-condensado-aumenta-14-durante-pandemia-de-coronavirus.html>. Acesso em: 13 de maio de 2020.

WALSTRA, P.  Physical Chemistry of Foods.  Marcel Dekker, Inc, 2003.

 

2

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

ANTONIO ALEXANDRE

SETE LAGOAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 16/12/2020

Trabalho com esse conceito.
ANTONIO ALEXANDRE

SETE LAGOAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 16/12/2020

Trabalho com esse conceito.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures