Por:
Cristina S. Cortinhas, Supervisora de Inovação e Ciência Aplicada
Marcelo G. Machado, Gerente Técnico Nacional para Gado de Leite
Veronica L. Schvartzaid, Coordenadora de Marketing para Gado de Leite
A produção de leite brasileira passa por profundas mudanças técnicas, de especialização e de evolução nos últimos 20 anos, especialmente na última década. É marcante a redução do número de fazendas, drástica redução no número de vacas e o aumento da produtividade por vaca (ainda que inferior à maioria dos países desenvolvidos).
Os aumentos de custo geram uma pressão nos produtores de forma que só permanece na atividade os mais eficientes. Esse é um movimento que acontece em qualquer setor. Na pecuária de leite, o aumento da eficiência pode ser atribuída à evolução de práticas agrícolas (manejo de solo, híbridos, irrigação etc; impactando em melhor produção animal) que melhoram a quantidade e qualidade de forragens e concentrados energéticos produzidos para vacas de leite; evolução genética (acesso contínuo e cada vez maior ao uso de IATF, FIV e aplicação de técnicas genômicas nas fazendas; aumentando o teto produtivo dos animais) e evolução de manejo (mão de obra mais qualificada, infra-estrutura para mitigação de estresse térmico, desenvolvimento culturas dos donos e gerentes; aumento a resposta prática dos animais para demonstrar seu potencial).
Porém, com essa melhora de produtividades outros desafios surgem, especialmente no que tange aspectos sanitários, ou seja, incidência de doenças que causam grandes prejuízos econômicos para as propriedades e reduzem sua rentabilidade. A alta incidência de doenças traz impacto na redução de produção de leite e na vida útil da vaca.
Estima-se que o número de lactações médio da vaca brasileira seja 4,6, contra 2,0 nos USA e 4,5 na Irlanda (IFCN, 2017). Porém o motivo pelo qual nossas vacas tem alta longevidade comparado a demais países provavelmente está relacionado ao grande número de animais não especializados do setor, elevando assim a média. Nos países europeus o maciço uso de boas práticas produtivas causam aumento de longevidade dos animais frente aos desafios produtivos e nos USA os preços de animais descartados tendem a favorecer o alto descarte e menor vida produtiva.
Fonte: IFCN, 2017.
Importante frisar que, independentemente do nível de produção, quando nós reunimos as quatro principais doenças de vacas de leite, que são retenção de placenta, metrite, cetose e mastite pós parto, estas correspondem a aproximadamente 80% dos descartes involuntários das fazendas no mundo. Ou seja, o descarte que você não planejava. E esses descartes normalmente acontecem até a sétima semana pós parto do animal, evidenciando que o periparto é, sem dúvida, a fase de maior desafio do animal.
A DSM é líder mundial no mercado de nutrição pecuário, e também presente na liderança no Brasil com sua marca Tortuga. Com um século de desenvolvimento de soluções para desafios recorrentes de produtividade, identificados em todo o mundo, ela traz mais uma vez uma inovação única e exclusiva para ruminantes, a tecnologia D, ou Hy-D®.
Sabe-se que o metabolismo de minerais tem grande influência na saúde animal, especialmente a regulação de níveis plasmáticos e celulares de Cálcio. O cálcio exerce uma gama de funções no organismo, alterando mecanismos hormonais, movimentação muscular, tropismo celular de células de defesa, ativação celular e estímulos antioxidantes na célula. Sendo assim, afeta diretamente crescimento animal, desenvolvimento muscular, mecanismos de defesa e em última análise ganho financeiro ao produtor.
Animais de especialização leiteira evoluíram suas características produtivas mais rapidamente do que sua capacidade homeostática de manter e o equilibro. Isso fica evidente nos achados de hipocalcemia subclínica no mundo todo durante o perído periparturiente (21 ou 30 dias antes e 21 ou 30 dias depois do parto). Números da DSM e de outros estudiosos revelam prevalências de hipocalcemia entre 25-80%, dependendo do manejo de outras características. Os custos de todas as doenças somadas nessa fase pode chegar a R$ 4000 por caso quando contabilizados os gastos com medicamentos e perdas produtivas.
O baixo consumo de matéria seca, alteração fisiológica hormonal e alta secreção de cálcio no colostro e leite de transição são creditados como os principais culpados para essa intensificação do problema durante a fase periparturiente quando comparada com outras fases produtivas.
A marca Tortuga já possui desde o final da década de 90 o primeiro produto aniônico no país com correto balanceamento e, principalmente, proteção permitindo consumo de matéria seca ótimo. Isso colaborou com a pecuária nacional durante anos resolvendo especialmente casos de retenção de placenta. Como maior produtora mundial de vitaminas, inovou também ao criar as recomendações OVN®, conceito que preconiza suplementação de vitaminas não apenas para suprir deficiências mas, também, para melhorar desempenho produtivo. Possui também os Minerais Tortuga, com efeito comprovados em superior produção de leite com qualidade e redução de mastite.
Já na década de 2000, inovou trazendo o combinado de Rovimix®Biotin® juntamente com Crina® Ruminants, aditivos melhoradores de consumo e de conversão da energia do alimento, resolvendo os casos de cetose e balanço energético negativo.
Em 2020, não poderia ser diferente. Para vencer a metrite e ir além, trazemos a tecnologia D, o Hy-D®. A vitamina D3 tem grande importância no metabolismo de cálcio, permitindo melhor absorção intestinal, melhor recuperação renal e maior mobilização óssea, mantendo o status de cálcio no sangue em níveis ótimos. Porém aumentar indefinidamente a quantidade de vitamina D3 tradicional (colecalciferol) não parece trazer bons resultados, pois há limitação no processo de metabolização desta vitamina em 1,25 – HidroxiD3, a forma mais ativa dessa vitamina no organismo animal. (Figura 1).
Figura 1. Cadeia enzimática simplificada da Vitamina D em mamíferos
A proposta aqui é oferecer um passo adiante, é ir além, onde nenhum aditivo nunca foi. Trabalhos na Flórida, Europa e no Brasil mostram fortes e consistentes resultados em redução de retenção, metrite, mastite e aumento de produção de leite. Quando avaliamos produtividade, os trabalhos mostram resultados contundentes a partir da suplementação de Hy-D® apenas no periparto, produção superior de 2,5-4,5L/cab/d no pós parto, e também com a adição do mesmo apenas na lactação, resultados de 0,5-1,5L/cab/d a mais de leite.
Figura 2. Resultados de produção de leite obtidos na Flórida com dietas acidogênicas e Hy-D® em suplementação pré parto
Fonte: Poindexter et al, 2019
A DSM assim mais uma vez na frente inovação nacional, colabora para o aumento da produtividade e do o lucro do nosso cliente.Conheça um pouco mais sobre esse lançamento e o Hy-D® acessando o QR Code abaixo.
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