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O técnico que o mercado precisa

WAGNER BESKOW

EM 03/02/2013

13 MIN DE LEITURA

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O mundo avança fascinantemente rápido. Novas ferramentas, máquinas e equipamentos; complexas formulações de alimentos e de diversos químicos; cultivares e linhagens animais obtidos por engenharia genética; sistemas de comunicação e informatização, automação e até robotização chegaram e continuam chegando ao mundo do leite em uma velocidade que assusta muitos de seus usuários, não só produtores, mas também os próprios técnicos.

Sentir dificuldades em entender, avaliar e lidar com essas tecnologias é normal, desde que busquemos nos atualizar, mas já indica que algo está em descompasso. Por sorte elas são meios e não o fim. O que me preocupa, no entanto, é a incompreensão por parte de uma assustadora proporção de profissionais, tanto de nível médio como superior, de qual é o fim, qual o propósito deles, onde e como são importantes. Dentre os que teem isso bem claro, uma pequeníssima fração consegue desenvolver um trabalho de resultado junto aos produtores, às vezes por deficiências e distorções das organizações a que pertencem, mas muito frequentemente, também, por suas próprias limitações. O que está por trás disso? Onde erramos e o que precisamos fazer para corrigir rumos a fim de alavancarmos o desenvolvimento da cadeia leite e de todos os envolvidos?

A busca cega por maior produtividade

Os profissionais tradicionais das ciências agrárias que estão no mercado brasileiro hoje (agrônomos, veterinários, zootecnistas, técnicos agrícolas ou em agropecuária) foram programados como “agentes de aumento de produtividade”, em especial dos fatores terra e animal.

No Brasil este processo teve início no final do império, com a criação da primeira escola de agronomia e veterinária (Pelotas, 1883); fortaleceu-se nos anos 1940, durante a II Guerra Mundial, com a criação de institutos agronômicos do Ministério da Agricultura assim como de escolas agrícolas; e recebeu importante qualificação científica na década de 60, ao enviar professores e pesquisadores em grande número para mestrados e doutorados nos EUA. Grandes avanços em formação e pesquisa focada em aumento de produtividade.

A Operação Tatu dos anos 60 é talvez o ápice de um período onde não se questionava custos, nem eficiência econômica, nem impacto ambiental, muito menos saúde dos envolvidos (era o início da chamada Revolução Verde). Nos anos 70 iniciaram-se questionamentos (p.ex. erosão e compactação do solo, organoclorados, erosão genética etc.). Mesmo assim, a marcha por produtividade continuou, tanto que nos anos 80, muito crédito e estímulos à agricultura de exportação foram despejados no país (“Plante que o João garante” é um exemplo bem conhecido da época do presidente João Batista Figueiredo).

Qual é o problema da produtividade?

Inicialmente, nenhum. Inclusive, ainda hoje, um dos pontos fracos da produção de leite no Brasil é a baixa produtividade, não só da vaca, mas também da terra, da mão-de-obra e, inclusive, do capital. A produtividade-problema é, contudo, a produtividade a qualquer custo, seja este financeiro, ambiental ou humano. O produtor não vive de produtividade, ele vive de RESULTADO ECONÔMICO que é PRODUÇÃO x PREÇO – CUSTOS. Aumentar produtividade da vaca e, consequentemente, a produção da propriedade, do município, do estado e do país são sempre interessantes para quem? Adivinharam! Para a arrecadação de impostos e para as estatísticas do IBGE. No entanto, é possível inundarmos este país de leite, gerando muitos impostos e ótimos números macroeconômicos para os governos comemorarem, sem que o produtor ganhe coisa alguma, ou até perca muito. Basta aumentar produtividade cegamente como se aprendeu e ainda se aprende nas disciplinas técnicas dos cursos tradicionais e à custa de endividamento sem critérios, como vem acontecendo também ao produtor de leite.

Se por 130 anos temos investido tanto em formação técnico-científica para o aumento de produtividade e, se agora, finalmente, o produtor de leite tem crédito abundante e mais barato, por que nossas vacas e demais recursos continuam com produtividades dos anos 1920? Eu lhes digo por quê:

1) Porque só existe aumento significativo e continuado de produtividade onde há ganhos verdadeiros e perceptíveis em conseguir tal aumento, mas nossa formação profissional agrícola predominante nunca esteve “condicionada a aumentar de forma a ganhar” e, sim, “voltada a aumentar na esperança de ganhar”.

2) Porque crédito fácil, abundante e barato é frequentemente aplicado em recursos improdutivos, supérfluos ou superdimensionados, isso quando não são totalmente desviados. “Adubo papel”, trator novo e pesado; camionete nova, imponente e da moda, nenhum deles produz mais leite ou leite de maior qualidade com menor custo por litro.

Máxima eficiência econômica (MEE)

Este é o propósito! É a isto que deveriam se dedicar os profissionais que estão a serviço do produtor ou do desenvolvimento da cadeia produtiva do leite, sejam eles membros da assistência técnica, da extensão rural, do fornecimento de insumos, da consultoria e assessoria, da pesquisa ou de políticas para o setor. Na sequência e como requisito para atingi-lo, saber que o máximo resultado econômico tem que ser buscado de forma permanente, portanto, com visão de longo prazo, de preservação dos recursos naturais (por necessidade, não lei) e de bem estar dos animais e das pessoas. Os profissionais de ciências agrárias são obrigados a levar este conjunto todo em consideração e na ordem acima. Biólogos, sociólogos e geógrafos, entre outros, normalmente não pensam desta forma, mas note que a missão deles é distinta.

O tema MEE é visto por todos, mas em uma única aula de economia rural, normalmente com equações que poucos entendem, e logo abandonado. Um que outro professor das áreas de produção demonstra saber sua importância, mas na prática nunca mais se fala no assunto. A preocupação ressurge em “análise de viabilidade econômica de projetos” (tema que o governo e os bancos deveriam reaprender antes de conceder certos financiamentos), mas esta é vista apenas em agronomia (raramente nos demais cursos citados) e, mesmo assim, sem que os alunos percebam sua enorme importância.

Vejamos um exemplo. Todos aprendem que quanto mais uma vaca produz, mais o produtor ganha. Também que ela precisa de conforto e que este depende de instalações. Seguros dessa “verdade” recomendam uma série de práticas baseadas em muitos e bons estudos científicos que demonstraram que aquelas recomendações resultam em mais leite. E o fato é que normalmente resultam. Só que poucas dessas práticas foram além do resultado físico na pesquisa. Outras são muito sensíveis às condições da propriedade e, se o técnico não enxergar o todo, corre o risco de errar.

Exemplo típico é a introdução de uma terceira ordenha, que é técnica e economicamente justificável apenas em confinamentos, para lotes de alta produção. Um desastre onde as vacas pastejam e um terror para as pessoas que a realizam, seja qual for o sistema. No sistema intensivo a pasto com suplementação (que tenho chamado de SIPS), com indivíduos que atingem até 70L/dia de pico e média de rebanho de 34L, a terceira ordenha é tecnicamente desnecessária e economicamente inviável, mas está nos livros textos para este tipo de vaca. Esquecem-se ou ignoram os técnicos que a recomendação advém de estudos em confinamento total, tipo free-stall. Muda o sistema, mudam as verdades, tem que mudar as recomendações! Hoje, 10% dos produtores neozelandeses, por exemplo, utilizam uma única ordenha diária, amparada na pesquisa, com mais qualidade de vida, ganhando mais dinheiro, judiando menos das vacas e inclusive as selecionam para esta condição. Mas é para o sistema deles! Se um entusiasta vier de lá recomendado isso aqui para o nosso tipo de vaca e sistemas de produção, vai, na melhor das hipóteses, fazer o produtor perder muito dinheiro e, mais provavelmente, ainda destruir com o rebanho (mastites, perda de quartos, gastos extras em tratamentos, perda de leite etc.). Mesmo usando a vaca de lá, no Brasil as funções de produção (quantidades, custos e resultados) são outras e bem mais favoráveis para nós. Aqui, uma ordenha é perder dinheiro, como o é com três fora do confinamento.

A figura abaixo é um indicador de que não podemos sustentar vacas de concurso leiteiro como padrão médio de rebanho se o nosso produto é leite. No sistema intensivo a pasto com suplementação (SIPS-Beskow), utilizando a medida popular de litros por vaca em lactação por dia (L/VL/dia), tem-se a máxima eficiência econômica quando a média de um rebanho Holandês (aplique-se 70% para o Jersey) permanece entre 32-34L/VL/dia, com 15-17L/dia vindos de pasto de alta energia e proteína e o restante de sua interação com 8-9kg em matéria natural (MN) de concentrado, com 13-16% de proteína bruta (PB) e alta energia.

Veja que há grande vantagem econômica em aumentar a média até 32L, depois se estabiliza o retorno e, de 34L para frente, cai. Neste sistema, se o produto é leite (não genética/novilhas), 15L de média dão igual resultado que 60L, e ganha muito mais dinheiro quem ficar no meio (note que em outros sistemas, esta função muda).

Este tipo de conhecimento e informação separa sucesso de insucesso e não o dominamos por uma questão de formação, somado à insistência brasileira em achar que os ganhos necessários em margem teem sempre que vir de preços, subsídios e protecionismo. O dia que mais pessoas despertarem para a riqueza que aguarda ser colhida com o que já se tem (com redução de custo e com endividamento zero!) teremos uma mudança de 180 graus nos discursos e demandas. Clamaremos por mais e melhores técnicos e assistência de qualidade, e estes por mais produtores com o novo perfil e esqueceremos de quando exigíamos proteções contra os “vilões” de outros países.

Operamos sistemas

A propriedade rural é um sistema complexo formado por vários subsistemas e tudo está interligado. Quem não entende isso deveria urgentemente buscar uma reciclagem (nossa formação é permanente). Os entes de ensino que não incorporaram pensamento sistêmico e dinâmica de sistemas estão atrasados e precisam se renovar, se quiserem que seus egressos tenham alguma esperança de sucesso na carreira daqui para frente.

A imagem abaixo ilustra nossa visão dominante: uma relação simples, unifatorial, desconexa e linear entre problema e solução. A ferramenta para lidar com isso? Uma mera alavanca que aumenta ou diminui a dose, seja ela de fertilizante, antibiótico, lotação, número de ordenhas, concentração de detergente, quantidade de ração etc., desde que seja um de cada vez! É o “quanto mais você adiciona, mais você produz”.

Só que, na realidade, as coisas não funcionam assim. Os problemas são multifatoriais (vários fatores causais interagindo ao mesmo tempo), os efeitos possuem um retardo (lag) e as alterações que causamos mudam o problema original proporcionalmente a nossa intervenção, ou seja, as respostas não são lineares. A ferramenta? Conhecimento mínimo de dinâmica de sistemas e uma “mesa digital” como a que vemos abaixo, que nos permita mexer numa série de variáveis ao mesmo tempo, saber em que posição deixamos cada chave, mostrar ao produtor como funciona, entregar a ele a responsabilidade de gerenciar as chaves que lhe tocam e, juntos, observar os resultados enquanto estão se desenvolvendo, para corrigir-se rumos ao longo do processo e cedo.
Ao mexer numa coisa, olhe atrás das aparências, saiba o que deseja atingir, simplifique o complexo de forma a torná-lo fácil de lidar e cuide para não esculhambar o que está funcionando bem!

Parece complicado? É complicado! Mas operar uma aeronave moderna em congestionado tráfego aéreo, de forma econômica e segura, também é complicado, mas o fazemos com naturalidade, eficiência e precisão. Como? Com conhecimento, tecnologia, formação, treinamento permanente e muita cobrança. Na imagem abaixo coloquei um aluno do ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica) em terra e uma dupla de piloto e co-piloto voando. A foto da direita representa nosso ensino e pesquisa, sua visão dos desafios e sua interpretação dos problemas reais.

Na imagem da esquerda estão quem precisa e aplica o conhecimento e as tecnologias gerados na pesquisa. São também os que assumem riscos: produtor (o piloto, da esq.) e seu técnico (o co-piloto, da dir.). A interação entre estes entes no céu e destes com os de terra é visceral e, quando falha, pessoas morrem e, ao morrerem, corrige-se rumos imediatamente.

Da mesma forma que a tripulação lida com sistemas hidráulico, elétrico e pneumático, computador de bordo, piloto automático, velocidade, altitude, configuração de flapes, comunicação, tráfego, regras de voo, legislação, conforto de passageiros, horário de chegada, economia de combustível etc., e tudo isso ao mesmo tempo, produtor e técnico também lidam. Só que em aeronáutica eles teem formação para trabalhar assim, muito treinamento e um objetivo comum que os faz trabalhar verdadeiramente juntos. Nós, além de interagirmos muito mal, ainda temos em mãos sistemas muito mais complexos, acreditem: muito mais complexos!

Está na hora de nos entendermos e trabalharmos juntos. No mundo moderno, o produtor não chegará a lugar algum sem seu “co-piloto”, e ambos não serão coisa alguma sem a geração de conhecimento local, formação e constante atualização profissional. As escolas e universidades, por sua vez, perderão sentido se seguirem desvinculadas da ponta como estão hoje, promovendo e cobrando “número de artigos publicados”, gerando conhecimento que não chega ao produtor graças ao seu isolamento e ao apagão da extensão rural que vivemos, cortando-se com isso a retroalimentação dos reais problemas que o campo enfrenta.

O perfil do técnico que o século XXI requer

Existem profissionais com o perfil que descrevo disponíveis hoje? Existem, só que são poucos, então produtor e empregadores teem que buscá-los com atenção. Como reconhecê-lo?
 
  • Ele busca sempre se atualizar. Compra livros, assina revistas/newsletters/boletins, participa de palestras e treinamentos e, nestes, senta nas fileiras da frente, faz perguntas e não concorda com tudo que lhe é apresentado.
  • Usa celular, responde a e-mails e domina ferramentas computacionais básicas.
  • É pessoa correta, olha nos olhos e sabe escutar. Analisa, avalia e pergunta antes de se pronunciar.
  • Admite não saber tudo e, quando não sabe, diz “não sei, mas vou atrás”.
  • Ao longo de sua formação suas médias finais giraram entre 7,5 e 8,5, indicando dedicação equilibrada.
  • Gosta e tem orgulho do que faz, mas nunca em excesso. Sabe que os problemas são complexos, mas ao explicar e orientar, simplifica ao invés de complicar.
  • Respeita o produtor e seus valores (nem todo mundo busca a mesma coisa), mas sabe ser incisivo quando necessário, porque só age quando há objetivos claros a perseguir.
  • Não busca criar dependência. Sabe que pode e deve ensinar o que sabe, desde que para as pessoas certas.
  • Não vacila frente a dificuldades, pois tem muita energia derivada de sua vontade de fazer a diferença.
  • Sabe corrigir rumos quando necessário, pois aprende constantemente com seus erros, buscando ser cada vez melhor.
  • Como percebem, aquele que pegou o canudo e se considerou feito para o resto da vida, morreu profissionalmente no dia que pensou assim.

Como vejo daqui para frente

Somos ricos, sentados sobre uma riqueza imensurável, hoje trancada unicamente pelas pessoas. Se isso não fosse verdade seria impossível dobrar produtividade e reduzir custo por litro em 25% dentro de 30 dias e extrair de 300-700% mais renda líquida em 7 a 12 meses, com a mesma terra e as mesmas vacas. Isso está sendo feito e a toda hora surgem experiências de sucesso nesse sentido em nosso país. Acreditem: produtividade e renda no leite são probleminhas fáceis e rápidos de resolver, desde que com as pessoas certas (técnicos e produtores). Mais lentos e muito mais difíceis são CCS, sólidos, reprodução, longevidade, algumas enfermidades, impacto ambiental e mão-de-obra, mas quando se tem resultado econômico, tudo se torna mais fácil e o que era impossível se transforma em oportunidades.

Percebo que estamos num ponto de inflexão importante e que, felizmente, nossos atrasos são, hoje, vantagens comparativas no mercado mundial. Temos a crescer em meses o que eles não sonham fazê-lo numa vida, numa cadeia onde todos ganham, da vaca ao consumidor final, basta cada um fazer sua parte e bem feita. E antes de dizer que isso não funciona por causa dos outros, analise a si mesmo primeiro, melhore-se, e junte-se com quem acredita em você.

Nota:

Alguns cursos novos no Brasil, assim como novos currículos de alguns cursos tradicionais, perceberam parte dessas deficiências e as teem corrigindo.

Vídeo complementar (em inglês):

The Veterinary Profession in 2020: Key drivers for change and new skills required to embrace emerging challenges. Vídeo de uma fabulosa palestra proferida pelo Prof. Frazer Allan, Massey University, sobre o profissonal do futuro, imperdível se você é veterinário ou estudante e entende inglês (expanda a tela e pode pular a apresentação para a posição 00:05:50).

 

WAGNER BESKOW

TRANSPONDO Pesquisa Treinamento e Consultoria Agropecuária Ltda: Leite, pastagens, manejo do pastoreio, rentabilidade, custos, gestão, cadeia do leite, indústria, mercado. palestras, consultoria, cursos e treinamentos.

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DANILLO HENRIQUE

CAMETÁ - PARÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 08/08/2018

Parabéns pelo excelente texto! Ele digno de uso nas salas de aula dos cursos de Ciências Agrárias para ampliar a visão dos alunos e já ir mudando o sistema de formação antigo.
ADILSON ESQUERDO FERREIRA

SANTO ANTÔNIO DO GRAMA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 01/01/2017

Excelente texto!!!
EDUARDO R. MANFREDI

SÃO JOSÉ DO CEDRO - SANTA CATARINA

EM 20/05/2014

Parabéns Wagner.

É de ensinamentos como estes que precisamos para conseguir atingir nossos desafios a campo para aumentar a produtividade das propriedades, trabalhando com objetivos sempre.

Abração.
WAGNER BESKOW

CRUZ ALTA - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO

EM 05/06/2013

Prezados WANDER, JOABE, SALUSTIANO e EDISON: Vivemos um momento de crise de ideias e de persistência e seriedade na perseguição do caminho reto! É muito concurso público para o meu gosto, muito inchaço da máquina pública, muita valorização de "coisas" de relevânica duvidosa e um total desligamento com a realidade do campo.

Por sorte o mercado se autorregula, onde quer que não se interfira. Estão sendo dados os primeiros passos para a mudança do cenário que pintei no artigo, mas pela iniciativa privada.

Temos muita, mas muita gente mesmo neste país querendo fazer a diferença no campo (atuasi estudantes e profissionias já atuantes como técnicos, pesqisadores e professores), mas que não encontram meios. Assim que se abrir a frente será uma avalanche. Verão...

Abraço a todos vocês e muito obrigado pela participação.

Wagner Beskow
https://www.facebook.com/Transpondo
WAGNER BESKOW

CRUZ ALTA - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO

EM 15/05/2013

Prezado colega Estivalet:

O tema deste artigo tem sido de grande interesse. Recebo vários e-mails sobre o assunto. Muita gente querendo fazer a diferença. Dá gosto de ver!

Sim, há bons e ótimos técnicos e aprendemos muito uns com os outros. Isso já desde a época que citas. Lembro muito bem de ti. Fizeste estágio com o Coelho na Embrapa e gostavas muito da área de forrageiras. Se não me engano fizeste mestrado na área.

Tenho ainda algum xerox que peguei contigo sobre o tema contendo tua assinatura. Trocamos muitas ideias e ambos enxergávamos, já na época, o potencial desse nosso Brasil.

Me alegro saber de ti. Te contatei no Linkedin. Grande abraço e sucesso.
CARLOS ESTIVALET JR

DOIS VIZINHOS - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 15/05/2013

Fala Wagner,
Te conheço desde os tempos de faculdade. Os bons e maus profissionais sempre existirão, assim como produtores. Me formei na mesma época de vc, e ao longo destes 20 anos graças a Deus, tive a oportunidade de encontrar bons técnicos e produtores, dispostos a seguir nosso caminho. O brasil e o mundo estão aí para oportunidades! Sucesso colega.
Carlos Estivalet Jr
EDISON ANTONIO PIN

DOIS VIZINHOS - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 05/03/2013

MUITO BOM PROFESSOR. ESTOU NESTA "EMPREITADA" A ALGUNS ANOS,
É SEI QUE É POR AÍ O CAMINHO.
FAÇO CONSULTORIA ENQUANTO FAÇO DOUTORADO, E TENHO MUITO
O QUE APRENDER.
VALEU PRECISAMOS DESTES PUXÕES DE ORELHA....
SALUSTIANO NETO FIGUEIREDO

SÃO CRISTOVÃO - SERGIPE - ESTUDANTE

EM 02/03/2013

Parabéns pela excelente percepção, valiosa e perfeita explanação.
JOABE JOBSON DE OLIVEIRA PIMENTEL

TEIXEIRA DE FREITAS - BAHIA

EM 22/02/2013

Senhor Wagner Beskow,

Ao ter contato com vossas idéias, difundidas agora na mídia, após a sua passagem pela Nova Zelãndia fiquei muito feliz pois venho defendendo estes princípios há muito tempo e enfrentando grande resistência.
Concluí o doutorado em Viçosa MG em 2009 e ao passar quatro anos por lá tive fortes embates justamente por não concordar com a produtividade a qualquer custo.
Que bom que a mídia começou a abrir espaço para estas visões diferentes do que vem sendo postulada em nossas universidades e centros de pesquisa.

Sou professor no Instituto Federal Baiano campus Teixeira de Freitas
Sou filho de produtor de leite, atividade que acompanho desde criança
Atualmente ministro aulas de bovinocultura e forragicultura

Estarei acompanhando seu trabalho pois acredito que os Neozelandeses vão ensinar o Brasil a produzir leite para o mundo

saudações
WANDER FONSECA DA SILVA

POUSO ALEGRE - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 19/02/2013

Prof. Wagner,
Entendo o seu artigo como uma verdadeira aula para nós brasileiros, tanto profissionais (de qualquer área), produtores, industriais, técnicos e cidadãos em geral. A Máxima Eficiência Econômica deve ser buscada por todos e a forma que aconselha praticá-la é muito clara.
Para mim gera uma reflexão e me impõe ação para reconfigurar meu projeto profissional/pessoal.
Agradeço.
Wander FS
WAGNER BESKOW

CRUZ ALTA - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO

EM 17/02/2013

Seguindo sugestão acima, acabo de publicar "Transportador de leite: o elo esquecido - Parte I". Leia e confira. Se desejar participar, sugiro antes ler a Parte II, que não deverá tardar muitas horas para ser concluída.

https://www.milkpoint.com.br/mypoint/transpondo/blog.aspx

Boa leitura e obrigado pelas sugestões sobre este tema.
ANTONIO CESAR BRASIL

BOM SUCESSO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/02/2013

A PRODUÇÃO DE LEITE NO MUNICIPIO DE BOM SUCESSO-MG INICIOU-SE O AUMENTO DA PRODUÇÃO LEITEIRA EM TORNO DE 1995, O AUMENTO DA PRODUÇÃO FOI BASEADA NAS SUAS ANALISES. CRESCIMENTO COM AUSTERIDADE SEM PENSAR EM PRODUTIVIDADES MIRABOLANTES, E BUSCANDO LUCROS RACIONAIS, AOS POUCOS FOI SE GENERALIZANDO E AUMENTANDO O NUMERO DE PRODUTORES DE LEITE.
EM TODO MUNICIPIO DE 720 KM² POSSUI PRODUTORES DE LEITE.

COM APOIO DE UM BOM SISTEMA DE COOPERATIVA E O EMPENHO DOS PRODUTORES DE LEITE, O MUNICIPIO DE BOM SUCESSO DEVERÁ SER EM BREVE O MAIOR PRODUTOR DE LEITE DO BRASIL.
PARABENS PELO TEXTO!!!
MARCELO GODINHO MIAZATO

ITAJUÍPE - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/02/2013

A carreira Latttes das Universidades brasileiras afastou o universo de ensino da realidade dos produtores. Hoje temos professores profissionais em aprovar projetos de pesquisa, captação de verbas e enchimento dos próprios currículos. Preferia o tempo em que os grandes profissionais do campo (estes sim Doutores) vinham no final da carreira contribuir com sua vasta experiência profissional em gerar renda e qualidade de vida no campo. Com todo o respeito aos mais acadêmicos mais jovens, pesquisa é para poucos, assim como também a aplicação racional das tecnologias, sob medida para cada caso. Viva o extensionista realista!
ALEX CAMARGO

TAPERA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/02/2013

Profº Wagner, parabéns pelo trabalho que está desenvolvendo, venho acompanhando (lendo o que encontro) do seu trabalho já desde o tambo experimental junto a CCGL, e venho constatando o que eu sempre sonhei em ver: PRODUÇÃO DE LEITE A PASTO.
Quero ainda conhecer esta sua experiência em Cruz Alta, RS.
Quanto aos profissionais técnicos que estão disponíveis no mercado hoje, não generalizando é claro, vejo que muitos estão preocupados em fazer a coisa correndo, visita a propriedade, faz um breve e superficial diagnóstico e receita um remédio para administrar o problema, como se fosse um médico de plantão. No entanto, os outros elos da cadeia que também dizem respeito a parte técnica ficam despercebidos.
Outro grande problema que vejo é que em relação aquelas empresas para as quais estes técnicos trabalham, sim porque a maioria hoje é funcionário de alguma empresa particular ou cooperativa, pelo menos na minha região, vejo que estes profissionais recebem ordem e fazem questão de, não raro, assediar o produtor rural com produtos mirabolantes, seja na área agronômica ou veterinária (do tipo: use este produto que sua vaca vai produzir 50 vezes mais do que já produz) e o humilde produtor, encantado com palavras lindas de ganhos astronômicos e imediatos, acaba por se endividar...
O que quero dizer é que muitas vezes a coisa desvirtua do seu foco e tanto o profissional técnico como o produtor começam a caminhar rumo à uma ruptura de parceria que acaba com o fim das atividades daquele produtor, e o técnico por perder uma parceria que poderia ser ferramenta para produção de bons resultados se fosse dado mais atenção a parte realmente didática da cadeia, ou seja, realmente ensinar o caminho que mais se adapte a cada propriedade gerando renda ao produtor e mantendo a parceria.
Portanto, acho, na minha humilde conclusão, que cada caso, cada propriedade, cada produtor, cada tambo leiteiro, deve ser visto de forma individual no que diz respeito ao seu espaço econômico e social. E a classe técnica ver o produtor de uma forma mais humana, não apenas interessada em fazer boas vendas de produtos ( que são muito caros por sinal, e as vezes há alternativas mais viáveis) e realmente transmitir de forma simples e didática um caminho econômico e sustentável da atividade.
Meu muitíssimo obrigado Profº Wagner.
O país carece muito de pessoas como o Sr., que realmente transmite o que sabe, o que apreendeu, sem esconder informações, sendo que hoje vivemos em um mundo individualista.
Obrigado e VIVA O LEITE A PASTO.
LEONARDO CLIMACO

GUARACI - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 12/02/2013

Parabéns pelo artigo Wagner.

O texto elucida bem os gargalos que temos entre produtores e técnicos que compõem a pecuária leiteira.

O tema Professores/Universidade/Estado certamente seria um bom tema para próximos artigos. Sua opinião seria de muito bom grado devido sua experiência na área de docência e extensão.

É notável que hoje em dia o foco das universidades está em formar alunos voltados para a área acadêmica, o que pode ser observado pela formação da grade curricular de algumas universidades (com ênfase nas publicas).

Isso nos remete a pensar em qual é a méta do estado na formação dos profissionais? Formar professores ou técnicos capacitados a difundir o conhecimento no meio rural.

Não seria este um ponto fundamental para mudanças significativas no meio rural?
WAGNER BESKOW

CRUZ ALTA - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO

EM 12/02/2013

À FW LOGÍSITCA ESPECIALIZADA:

Prezado amigo, realmente, assim eu tenho chamado este elo da cadeia. Não vou tecer mais comentários agora para não desviar do foco do artigo acima.

No entanto, dada a enorme importância do tema, o desconhecimento geral que existe sobre o transportador e a frequência de reclamações que eu ousso acerca deste elo, vou aceitar tua sugestão.

Ele é o No.5 no diagrama que tenho no site da Transpondo. Como toda a cadeia, não existe um elo mais importante que outro: basta falhar um, falha tudo. Hoje temos um grande gargalo neste ponto e, além de reclamações de todos os cantos, vejo pouco sendo feito. Quem sabe o artigo polarize produtivas discussões que venham a resultar em mudanças?

Muito obrigado pela participação e oportuna sugestão.

Mãos à obra com o artigo...
FWLOGISTICA ESPECIALIZADA

IBIRUBÁ - RIO GRANDE DO SUL

EM 12/02/2013

Belo Texto Wagner!

Gostaria muito que comentasse nos próximos textos
" O Elo Esquecido - Transportador de Leite " a importância destes no processo final da coleta de contra provas, coleta de amostras IN62, clonagens, fraudes amostragens, fraudes no leite etc.

Um abraço!
WALFREDO GENEHR

IBAITI - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 06/02/2013

Caro Sérgio, sei que é difícil colocar observações complexas em poucas palavras. Como já disse, em outra oportunidade, que é muito difícil escrever para o grande público, pois sempre teremos um observador de nossas palavras em um ângulo de observação que pode vir a ser conflitante com o que apresentamos. Eu, em especial, não vou e nem posso discordar de suas palavras, como as: "O caso é que, os "consultores", sem estarem atentos ao mercado, indicam aumento de produção e produtividade levando o produtor ao buraco" e ou as comparações que fizestes. Pois estas estão a corroborar com o que comentei ainda a pouco, como: "Que a vida acadêmica é a formação de conceitos e modelos. Mas, não basta sabermos onde estes se localizam, é preciso saber também como eles funcionam". A vida acadêmica, como o Prof. Wagner comentou, não pode ser trilhada pela obtenção única e exclusivamente do diploma e, sim, a que a vida profissional deverá ser de um aprendizado constante e direcionado pela adaptação a realidade de mercado.
O que eu acho é que devemos ter "coragem" de expor o nosso modo pensar ao grande público, pois isto nos trás maturidade e nos faz desenvolver o sentido de responsabilidade pelas mudanças que venham a ser feitas nos conceitos e modelos a serem desenvolvidos dentro do quesito abordado. Ter ciência das nossas limitações e tentando, sempre, superá-las.
Um grande abraço,
Walfredo

SERGIO MOURAO DE MAGALHAES PINTO

DIVINÓPOLIS - MINAS GERAIS

EM 06/02/2013

Caro Walfredo, o caso em questao nao foi bem esse- sucesso demais e os outros produtores pedindo consultoria. Pensei ter deixado claro no meu relato.
Nem sempre se encerra uma producao por ser um mau gestor. Exatamente esse e o ponto fundamental, o consultor as vezes nao enxerga isso. Muitas vezes a atividade nao e ou nao esta lucrativa, por varios motivos( liberacao de importacao com concorrentes que tem suas producoes subsidiadas, mercado excessivamente concorrido, politicas governamentais, taxas de juros e tantos outros fatores). O caso e que , os "consultores",
sem estarem atentos ao mercado, indicam aumento de producao e produtividade levando o produtor ao buraco.
WALFREDO GENEHR

IBAITI - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 06/02/2013

Prof. Wagner, a piada eu já a conhecia e esta é excelente para nos fazer refletir com relação à inter-relação entre as realidades acadêmicas e produtivas.
Conforme te comentei, em outra oportunidade, que a vida acadêmica é a formação de conceitos e modelos. Mas, não basta sabermos onde estes se localizam, é preciso saber também como eles funcionam. Já a vida profissional é a realizações de "milagres", ou seja, por na bancada de trabalho as ideias, baseadas nos conceitos e modelos acadêmicos, e dentro dos limites impostos por cada realidade desenvolver a solução esperada, que é o produto, o "milagre".
Quanto à questão do produtor pagar pela implantação de novos modelos, de forma isolada, concordo que não é possível e nem deve se propor uma insanidade destas, pois é uma realidade de "tentativa e erro", isto deve ser gerado em escala "coletiva", portanto pelos impostos pagos pelo produtor, na realidade brasileira, como isto deveria acontecer e sem a ingerência nefasta da política ora desenvolvida. Melhor, conforme o investimento estratégico que aconteceu com a energia eólica e como a Itaipu, binacional esta fazendo com a gestão de resíduos gerados pela pelos diversos sistemas zootécnicos.
Assim, os desenvolvimentos tecnológicos que temos tido até a atualidade nos dão uma nova noção da grandeza do abismo que separa a informação gerada da aplicabilidade desta na vida prática do produtor. Sem sombra de dúvida.
O que deve ser desenvolvido e cultivado como traço cultural é o conceito "quem engorda o boi é o olho do dono" e, isto, nos leva ao conceito de GESTÃO, que é administrar de forma coerente a sistemática de cada realidade, esta dentro do universo que compõem cada unidade produtiva. Mas com isto não quero dizer que seria a volta ao pensamento reducionista e, sim, com uma mudança deste para o pensamento sistêmico.
Grande abraço,
Eng.Agr.Walfredo Genehr

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