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Silagem de milho transgênico: O problema da área de refúgio |
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THIAGO BERNARDES
Professor do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras (UFLA) - MG.
www.tfbernardes.com
RAFAEL CAMARGO DO AMARAL
Zootecnista pela Unesp/Jaboticabal.
Mestre e Doutor em Ciência Animal e Pastagens pela ESALQ/USP.
Gerente de Nutrição na DeLaval.
www.facebook.com.br/doctorsilage
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AFONSO VOLTANJALES - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 07/08/2013
A questão da produção de sementes de milho para silagem vai muito além da transgenia e da área de refugo, este um problema muito bem explicitado pelos prezados autores do artigo. Quanto temos hoje de milho próprio para silagem, com grãos dentados? Será que o mercado de sementes de milho para ensilar é tão insignificante que as sementeiras não se interessam por ele?
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JORGE ANTONIO LOEBENSVERA CRUZ - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE EM 02/07/2013
Noutro dia vi uma frase que tem muita em haver com esta discussão: "O progresso da ciência é também o da nossa ignorância; que como uma vela no fundo de uma catedral não ilumina, apenas demonstra a imensidão do que não conhecemos". Eu planto milho convencional na minha região no cedo ( agosto até início de novembro porque nesta época não temos problemas sérios com lagarta.) Já na safrinha (a partir de novembro) somente transgênico.
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WELLINGTON MARCOS DE PAIVA SILVACARRANCAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 29/06/2013
Antonio Radi: "o que deveria predominar é o princípio da precaução".
Essa frase escrita pelo Antonio, sintetiza qual é o caminho certo a seguir, pois a pressa de viver está literalmente nos matando, e como apressados que somos não temos tempo para perceber isso! |
ANTONIO RADILONDRINA - PARANÁ EM 27/06/2013
Prezado Ronaldo:
Pulverizar um determinado produto sobre uma espécie vegetal é uma coisa; comer este mesmo produto é outra. O trabalho com ratos ingerindo milho Bt, conforme salientei em meu comentário anterior, é polêmico. A nossa CNTbio, por exemplo, não aceita os argumentos dos pesquisadores franceses e aponta uma série de "furos" na citada pesquisa. A meu ver, o embate envolvendo os transgênicos tem como pano de fundo uma questão conceitual: afinal, o genoma funciona como um "programa" ou como um "conjunto de dados"? Pelo sim, pelo não, penso que o que deveria predominar é o princípio da precaução fazendo-se estudos de impactos por períodos mais prolongados. Ao contrário disso, no entanto, o que se vê é uma verdadeira corrida para se patentear genes. Buscando contribuir para a resposta à sua pergunta "em quem acreditar" quero lembrá-lo que grandes companhias fabricantes de produtos químicos compraram várias empresas produtoras de sementes... |
RONALDO MARCIANO GONTIJOBOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 26/06/2013
Prezado Antonio Radi,
Se é para tocar na ferida então vamos lá, você acredita que quem está tomando um prejuízo enorme com o desenvolvimento da transgenia vai ficar de braços cruzados? Será que se os Bt fossem tão cancerígenos, os primeiros a morrerem de cancer não deveriam ter sido os consumidores de produtos organicos que são tratados com este produto? E o que dizer sobre quem faz a aplicação de Bt nas plantações sem nenhum equipamento de proteção? Veja que situação, de um lado temos uma tecnologia nova e seus desenvolvedores ganhando dinheiro com a venda de sementes ( se bem que já ganhavam antes da transgenia ) e de outro temos os que sempre ganharam dinheiro vendendo veneno ( e que não querem parar de ganhar), em quem acreditar? Você seria capaz de me responder? |
LUCIANO DA SILVA ANDRADENOVA CANAÃ - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE EM 26/06/2013
Bem... acho que devemos pensar muito antes de comprar sementes transgênicas.
Tem muitos efeitos de alimentos seculares que só conseguimos associar a anomalias nos dias de hoje a exemplo da lactose, frutose, glutem, etc, imaginem quanto tempo teremos certeza destas novidades. Para nós produtores é sempre um atrativo econômico ficar livres de pragas, mas nossa consciência em primeiro lugar. |
ANTONIO RADILONDRINA - PARANÁ EM 26/06/2013
Caro Thiago, você falou em "tocar na ferida"... pois bem, vamos cutucar um pouco mais fundo então.
Tomemos como ponto de partida as considerações do José Antônio. Sim, a maioria das empresas que atuam no segmento de melhoramento genético vegetal são multinacionais, mas não é só isso; segundo Martins (2011) apenas dez grandes companhias controlam 67% do comércio mundial de sementes. Quando o José Antônio toca na questão ambiental, faz outro comentário pertinente; afinal, existem muitas dúvidas quanto a inocuidade dos OGMs transgênicos para o meio ambiente. Mas há ainda outro aspecto: o da saúde humana. Um polêmico trabalho conduzido por cientistas franceses e publicado na revista "Food and Chemical Toxicology" relacionou a ingestão de milho Bt com o aumento da frequência de tumores em ratos. Era para tocar na ferida, não era? |
RONALDO MARCIANO GONTIJOBOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 26/06/2013
Prezado José Antonio,
Se você me apresentar provas concretas que jogar toneladas de veneno no meio ambiente é mais saudável que plantar transgênicos talvez eu possa pensar em me sacrificar para salvar a humanidade. |
RONALDO MARCIANO GONTIJOBOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 25/06/2013
Caro José Antonio,
Eu sou produtor e cultivo transgênicos, para mim qualquer coisa que me livre de usar veneno é bem vinda. Tenho muito amor a minha vida, creio que veneno é pior ao meio ambiente que os transgênicos, mas se não for... bem... entre minha saúde e o meio ambiente qual você acha que eu escolho? |
THIAGO BERNARDESLAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO EM 25/06/2013
Caro José Antônio, é por este motivo que nós escrevemos este artigo. Estamos tocando na ferida de um problema que nós estamos atravessando. Uma vez o assunto em questão, vamos dar dimensão à ele.
Com certa frequência nós estamos sendo criticados por tocar em assuntos polêmicos, mas muitos não compreendem que esse é o nosso papel. Vamos inserir mais um tema em meio a tantas manifestações que ocorrem neste momento. Att, Thiago & Rafael |
THIAGO BERNARDESLAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO EM 25/06/2013
Caro Vinícius, a solução é a disponibilização de híbridos da mesma classe (um transgênico e o outro convencional). Ocorre os produtores, de algum modo, precisam exigir isso das empresas. Não adquirir híbridos transgênicos pode ser um caminho para protestarmos.
Att, Thiago & Rafael |
THIAGO BERNARDESLAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO EM 25/06/2013
Prezado Luciano, esta é uma alternativa que está sendo estudada principalmente pelos americanos, contudo, segundo os entomologistas, a inserção de plantas convencionais em meio as transgênicas não resolve o problema por questões de distribuição da praga na lavoura.
Quanto ao uso de plantas que são resistentes aos herbicidas, por exemplo, este fato se torna mais grave pois não possibilidade de haver a aplicação do produto em lavouras que possuem a associação de plantas. O correto, até o presente momento, é plantarmos áreas diferentes como foi discutido no artigo. Att, Thiago & Rafael |
JOSÉ ANTÔNIO REISVIÇOSA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 25/06/2013
Muito boa a colocação do Vinícius. Eu ainda pergunto: Como faremos, se as empresas, que sabemos ser quase a totalidade estrangeiras, resolverem boicotar a agricultura brasileira, assim que tiverem todas as áreas dependentes dos transgênicos? E no meio ambiente, alguém pensou?
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RITA DE CÁSSIA RIBEIRO CARVALHOLAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO EM 25/06/2013
Parabéns pelo artigo!
A recomendação da CTNBio para o MRI (Manejo para Resistência ao Inseto) é a utilização de área de refúgio. Tal recomendação é o resultado do consenso de que o cultivo do milho Bt em grandes áreas resultará na seleção de biótipos das pragas-alvo resistentes às toxinas do Bt. Portanto, é bom ressaltar que para glebas com dimensões acima de 800m cultivadas com milho Bt, são necessárias faixas de refúgio internas. |
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