No Brasil, pouquíssimas regiões dispõem de informações sobre o desempenho de híbridos de milho para silagem. Em outros países, os produtores são fomentados por órgãos de extensão, os quais possuem dados de décadas de avaliação.
Para contornar este problema e não adquirir o híbrido “no escuro”, cada fazenda pode fazer o seu próprio teste. Testar híbridos nas condições de cada propriedade é muito positivo, pois os híbridos irão reagir com o ambiente e manejo que poderão ser conduzidos no futuro. Abaixo seguem as diretrizes:
1. Selecionando os híbridos: sugiro que a quantidade de híbridos não passe de dez e sempre inclua dois ou três que você os conheça bem em termos de desempenho;
2. Blocando: escolha uma área uniforme da propriedade. Divida esta área em três blocos de mesmo tamanho. Plante todos os híbridos em cada bloco e os arranje em diferentes posições (aleatorizados);
3. Parcelas: divida cada bloco pelo número total de híbridos. Ou seja, dentro dos blocos as parcelas devem ser do mesmo tamanho. Cinco linhas por parcela é suficiente. Ou seja, duas serão bordaduras e as três centrais serão avaliadas;
4. Manejo: os tratos culturais devem ser os mesmos para todas as parcelas. Considere aqueles que você usualmente conduz na sua propriedade (adubação, herbicida, inseticida e fungicida);
5. Mantenha-se informado: após a germinação, visite as parcelas semanalmente e avalie os aspectos fortes e fracos de cada híbrido, tais como susceptibilidade às doenças, pragas, tombamento, resistência aos veranicos e etc;
6. Coleta final: procure colher os híbridos com a mesma maturidade (concentração de matéria seca), pois esta afeta a produtividade e o valor nutritivo. Colha as plantas das parcelas com a mesma altura em relação ao nível do solo. Pese as plantas de cada parcela e determine a concentração de matéria seca para que a produtividade seja expressa em matéria seca. Considere a média das três parcelas (de cada bloco) para fazer a avaliação final;
7. Reúna os dados: dados derivados de somente um ano não adequados. Eles podem servir apenas para descartar os híbridos que se desempenharam pior. Reúna dados de dois ou três anos para dar robustez na sua avaliação.