Algum tempo atrás, recebi uma consulta de uma empresa americana de produtos “glúten free”, e sinceramente trabalhei na tese de venda de sanduíches com pães glúten free a contragosto, já que pensava – menos de 1% da população é celíaca, logo é um mercado pequeno. Que erro!
Algum tempo depois, estudando as restrições com relação ao glúten, aprendi que temos vários grupos:
Alérgicos – pessoas propriamente sensíveis – são os celíacos;
Intolerantes ao glúten – aqueles que de alguma forma, também têm algum grau de alergia;
Simpatizantes – aqueles que têm alguém na família alérgico e que acaba por se solidarizar ao familiar;
Interessados - consumidores não alérgicos que se interessam por alimentação saudável.
Desta forma, o 1% inicial virou mais de 20% do mercado!
Nessa linha e focando agora nos lácteos destinados ao food services, tenho certeza que existe uma grande oportunidade a ser explorada, não só nas dietas de produtos de baixo teor de gordura, mas principalmente no foco de produtos lactose free. Hoje, em várias redes de fast food, por exemplo, há poucas opções de sorvetes, bebidas ou sobremesas lactose free. Isso sem falar nos iogurtes dos cafés da manhã de hotéis, no leite dos cafézinhos “macchiatos”, entre outros.
Acredito que a indústria que apresentar soluções de praticidade, com bom sabor e claro, custos competitivos, vai ter um grande mercado a explorar, já que não há dúvida que as novas gerações estão cada vez mais conectadas com o tema de alimentos especiais. Porém, para isso, é preciso conhecer as operações dos clientes, saber ajudar no posicionamento do produto e claro, não deixar faltarem os insumos nunca!