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O atual limite de CCS do leite no Brasil está adequado? |
MARCOS VEIGA SANTOS
Professor Associado da FMVZ-USP
Qualileite/FMVZ-USP
Laboratório de Pesquisa em Qualidade do Leite
Endereço: Rua Duque de Caxias Norte, 225
Departamento de Nutrição e Produção Animal-VNP
Pirassununga-SP 13635-900
19 3565 4260
30 |
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LOREN RENATAGUARANTÃ DO NORTE - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 30/07/2012
OLá Prof. Doutor Marcos
Sou médica Veterinária e estou fazendo uma especialização em Gestão em Saúde e minha monografia será sobre Qualidade do leite, gostaria que se fosse possível, o senhor me enviasse via e-mail algum trabalho para que eu pudesse usar na confecção da mesma. Meu e-mail é lorenrif@hotmail.com Desde já agradeço. Loren REnata |
MARCOS VEIGA SANTOSPIRASSUNUNGA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 04/07/2012
Prezado Cristian, obrigado pelo comentário. Concordo que na questão de qualidade tem que haver um compromisso de todos os elos da cadeia. Eu acredito que o consumidor é o elo menos informado. Nesta situação, a ação da fiscalização tem que ser efetiva para permitir que o consumidor tenha a disponibildiade de um alimento de melhor qualidade.
Atenciosamente, Marcos Veiga dos Santos |
CRISTIAN ARMENDARISFRANCISCO BELTRÃO - PARANÁ - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS EM 03/07/2012
Prezado Marcos, Parabens pelo artigo.
Me pego pensando nas ultimas linhas de seu artigo "a legislação além de proteger a saúde da população, deve também criar condições para maior competividade do setor." e na sua resposta ao Jose Renato. A qualidade do leite vem melhorando sem duvidas, talvez não na rapidez que nos tecnicos gostariamos. O produtor hoje sabe o que é ou já ouviu falar de CCS/CBT, Já temos propriedades que não perdem em nada para Europa em qualidade, mas me pergunto se o consumidor sabe o que é qualidade em lacteos (de fato) e fico com a nitida impressão que enquanto a industria não for cobrada energicamente, não vai fluir. |
MARCOS VEIGA SANTOSPIRASSUNUNGA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 10/04/2012
Prezado José Renato, eu entendo a sua preocupação, mas o fato é que as empresas talvez não tenham estrutura e logistíca para fazer uma coleta separada de leite em função da qualidade.
Minha opinião é de que o leite de alta qualidade acaba formando um pool com o leite de baixa qualidade, e o mix geral é o padrão da empresa.Acho que somente considerando esse efeito, o leite de melhor qualidade já traz benefícios para a empresa. Atenciosamente, Marcos Veiga |
JOSÉ RENATO DA SILVAALÉM PARAÍBA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 09/04/2012
Caros Marcos e Ronaldo, entendi perfeitamente que a coleta é antes de ser misturada no caminhão.
O que não me fiz entender, é saber o que adianta para a indústria o leite produzido por mim ser de qualidade excepcional se no final das contas será misturado com outros às vezes nem tão bons assim. Sou produtor de leite a mais de 20 anos e prezo por qualidade a mais de 10. Será que não seria hora de começar a coleta seletiva, pra que as indústrias tirassem realmente proveito da qualidade de alguns produtores e com isso os remunerasse melhor??? |
MARCOS VEIGA SANTOSPIRASSUNUNGA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 06/04/2012
Prezado José Renato,
Obrigado pela sua participação e comentários. Concordo que ainda temos muito a avançar em termos de pagamento por qualidade e de melhoria da qualidade do leite. Do ponto de vista do produtor, eu entendo que se o laticínio não faz a coleta separada do leite, o produtor não tem como influenciar nisso, pois todas as análises do leite em termos de qualidade do leite do produtor são feitas em amostras do tanque antes da coleta. Sendo assim, quando é feito o pagamento por qualidade o leite analisado é somente do produtor. Obviamente, nesta situação o produtor não perde por ter o leite misturado aos demais produtores. Atenciosamente, Marcos Veiga |
RONALDO MARCIANO GONTIJOBOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 04/04/2012
José Renato,
O fato da coleita ser coletiva em nada afeta o pagamento individual, as amostras são coletadas em frascos individuais e identificados na propria fazenda. Cada um recebe uma bonificação ou penalização de acordo com seu leite. |
JOSÉ RENATO DA SILVAALÉM PARAÍBA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 03/04/2012
Como se paga qualidade individualmente se a coleta é coletiva??? Qual o critério de coleta??? Conhecem a realidade no campo??? Seria muito bom se pagassem realmente por qualidade, mas para isto seria necessário o balizamento de um determinado grupo de produtores com índices de qualidade semelhantes para uma coleta efetivamente eficaz.
Temos condições de ter este tipo de coleta??? |
ESTÊVÃO DOMINGOS DE OLIVEIRACAÇU - GOIÁS EM 17/11/2011
Trabalho há 5 anos com consultoria a fazendas leiteiras e nesse período de tempo percebi que a qualidade do leite é algo fundamental para a indústria, consumidor, vacas e principalmente para os produtores de leite. É bem conhecido pela pesquisa o fato de que vacas que apresentam CCS acima de 300.000 /ml apresentam maior risco de mastite clínica, o que representa maior custo com tratamento e descarte de leite. Esse seria um fator que já seria suficiente para estimular os produtores a buscarem índices de CCS menores. A indústria está começando a remunerar por leites apresentando níveis de CCS mais baixos, o que também seria um estímulo adicional. Entretanto, o principal fator que julgo fundamental para que os produtores busquem reduzir ao máximo os níveis de CCS de seus rebanhos é que vacas com CCS acima de 300.000 apresentam redução na produção. Essa redução é maior quanto maior é o CCS. A pesquisa indica que para cada 100.000 unidades de células somáticas acima de 300.000 a vaca deixa de produzir 6% de sua capacidade. Em um rebanho com CCS de 500.000, por exemplo, podemos esperar algo em torno de 12% de redução na capacidade do rebanho. Se for uma produção de 2000 litros diários imagine o impacto no fim do mês. Temos disponíveis produtos e práticas de manejo que quando utilizados corretamente podem reduzir a CCS para níveis próximos de 200.000 com tranquilidade. É necessário que os técnicos, os produtores, a indústria e os consumidores atentem para esse fato.
Abraços a todos Estêvão Domigos de Olivera - Médico Veterinário - Caçu e Quirinópolis - GO |
MARCOS VEIGA SANTOSPIRASSUNUNGA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 18/10/2011
Prezado Paulo Cesar, concordo totalmente que a coleta de amostras e o transporte do leite da fazenda para o laticínio ou cooperativa devem ser melhorados. Eu acho que somente com treinamento e procedimentos padronizados dos motoristas de caminhão e com equipamentos adequados todo o trabalho do produtor será recompensado.
Atenciosamente, Marcos Veiga |
PAULO CESAR CENTENAROIJUÍ - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE EM 14/10/2011
Acho correto realizarmos um bom trabalho para melhorar CCS, porem deveriamos ter uma adequaçao no recolhimento deste leite e nao colocar no mesmo tanque do caminhao um leite excelente e outro de baixa qualidade.
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MARCOS VEIGA SANTOSPIRASSUNUNGA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 01/10/2011
Prezado Geraldo Honorato,
Caso o nível de CCS não esteja no padrão adequado quais serão as providencias tomadas em relação ao produtor e laticínio ? Infelizmente, ainda não foram deifnidos os critérios e penalidades para os produtores e laticínios que apresentarem não conformidades em relação a CCS. Essa é uma competência do Ministério da Agricultura. Atenciosamente, Marcos Veiga |
MURILO ROMULO CARVALHOPROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 28/09/2011
Prezado Professor Marcos,
Primeiramente gostaria de parabeniza-lo pelo ótimo artigo. Creio que o futuro da cadeia produtiva do leite no Brasil, a médio e longo prazo, está sendo traçado/discutido atualmente. Cada vez está mais evidente que o Brasil tem um grande potencial de se tornar exportador de lácteos num futuro até próximo. E sem qualidade, isso não é possível. Não acredito que seja necessário ficarmos reclamando vários aspectos deficientes na cadeira em nosso país, como a falta de auxílio, falta de mão-de-obra qualificada, entre outros aspectos. Devemos seguir exemplos que deram certo e tentar se aproximar disso. Tudo isso, de maneira bastante organizada, palavra chave quando se busca qualidade. Antes de mais nada, o produtor precisa entender sobre qualidade do leite, pra definir metas e objetivos e querer melhorar. A partir disso, aparece a indústria, que precisa incentivar e querer um produto de qualidade superior, oferecendo auxílio aos produtores para que melhorem cada vez mais. Por fim, o Estado também precisa incentivar não só os produtores, mas também a indústria e o consumidor a procurarem um produto melhor. Ainda assim, temos grande parte da produção em pequena escala, por produtores familiares e/ou com muito pouca instrução. Esse é outro ponto fundamental, visto que ou estarão excluídos da cadeira produtiva, ou sofrerão um "choque" muito grande. Essa questão, de certo modo, cultural é um dos maiores entraves para que possamos atingir um padrão de qualidade de leite. Precisamos de mudanças sutis e constantes hoje que refletirão a curto, médio e longo. Abraços! |
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCOJUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 27/09/2011
Prezado Marcos: Parabéns pela dissertação. Como já externado, anteriormente, sou favorável ao estabelecimento de limites para CCS e UFC, de sorte que lidamos com produto alimentício e, portanto, que tem incidência direta sobre a saúde do cidadão. Por lado outro, não podemos mais admitir o transporte de leite em latões e em temperaturas agressivas à sua validade, como, atualmente, ainda ocorre com certa frequência. Não coadunamos, ainda, com o leite retirado manualmente, sob barro, chuva, calor intenso, que continua a ser comercializado, em diversos pontos do Brasil, sem qualquer limite de aceitação ou fiscalização pelos organismos competentes. De outro hemisfério, há que haver pagamento justo e sério com relação aos custos desta qualidade, aos produtores, para que seja possível a assunção destes parâmetros, além da efetivação de análises isentas e bem elaboradas do produto, que não sirvam, como agora vem acontecendo, para, apenas e tão somente, reduzir o pagamento que o laticínio tem que fazer ao produtor, através da máscara de penalidades descabidas. Finalmente, há de haver, por parte do Governo Federal, a melhoria das estradas, para que o escoamento da produção seja possível e rápido, evitando-se, assiim, a perda da qualidade do leite, além de uma rigidez fiscal que promova uma constante devassa, tanto nas unidades produtoras quanto nos laticínios, para que se tenha a certeza desta qualidade, com punições severas aos infratores, que podem, até mesmo, atingir à interdição - temporária ou definitiva - dos estabelecimentos. Após verificadas todas estas fases, a qualidade é medida que se impõe naturalmente.
Um abraço, GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG |
MARCOS VEIGA SANTOSPIRASSUNUNGA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 26/09/2011
Prezado Paulo Correa,
Minha opinião é de que do ponto de vista de saúde pública, a CCS não é o problema principal de qualidade do leite. Isso pode ser confirmado pelos diferentes limites que existem entre os diferentes países e que não significam que o leite com menor limite de CCS seja mais seguro para o consumo. Isso não quer dizer que não seja um assunto importante, mas sim que não é uma questão de risco para a saúde pública de quem consume leite. A CCS é uma questão econômica tanto do ponto de vista do produtor, que perde com a redução da produção de leite, quanto para a indústria que perde com a redução de qualidade, rendimento e composicão. Atenciosamente, Marcos Veiga |
MARCOS VEIGA SANTOSPIRASSUNUNGA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 26/09/2011
Prezado Mario Pinto Filho,
Obrigado pela mensagem. Seguem algumas considerações sobre a sua mensagem: 1) Relação entre CCS do rebanho e condições higiênicas e produção: existe uma relação indireta entre fazendas que apresentam condições inadequadas de higiene e alta CCS. Basicamente, deficiências de higiene favorecem o aumento de novas infecções. Isso não quer dizer que a CCS avalia as condições de higiene (que deve ser avaliada pela CBT do Leite), mas pode ocorrer esse tipo de relação, ainda que indireta. 2) Concordo que o pagamento por qualidade ainda não é uma realidade disseminada, mas vem aumentando de forma gradativa. Esse é um tipo de relacionamento entre empresa e produtor e ocorre de forma livre. Escrevi sobre este assunto em um outro radar técnico. 3) Sobre a diferenciação de limites de CCS e CBT, concordo que poderiam ser diferentes e com cronogramas separados, pois são duas variáveis com diferença de velocidade de melhorias. Atenciosamente, Marcos Veiga |
ALUIZIO MARCHINOVA VENÉCIA - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 24/09/2011
A nossa região produtora está desprovida de laboratório de análise. Isto faz-nos desacreditar nos resultados das análises. Remete-se amostras a uma distância enorme. Como é que chegam estas amostras no laboratório? Estou emprenhado em reduzir CCS. Obtenho 570.000, mesmo com UFC baixíssima (não sei se tem correlação). Não posso concordar com essas análises à distancias de remessa de amostras de até 500/600 km daqui.
Também concordo que há falta de profissionalismo por parte das indústrias em coletar e até mesmo de dar transparência ao processo. O mercado vende vacina para redução da CCS. A Embrapa gado de leite ainda não se manifestou sobre a eficiência dessas prevenções. Enfim, estamos num País sem destinação de recursos para a pesquisa científica - infelizmente. |
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