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A melhoria da qualidade do leite e a IN 51 |
MARCOS VEIGA SANTOS
Professor Associado da FMVZ-USP
Qualileite/FMVZ-USP
Laboratório de Pesquisa em Qualidade do Leite
Endereço: Rua Duque de Caxias Norte, 225
Departamento de Nutrição e Produção Animal-VNP
Pirassununga-SP 13635-900
19 3565 4260
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CELSO MEDINA FAGUNDESPELOTAS - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO EM 13/12/2011
Até quando vamos ver a politicagem superando a pesquisa ,e o conhecimento tecnologico.Será que 10 anos não são suficientes para por em prática a IN 51, o governo e a indústria, náo assumiram as suas responsabilidades e deu o que deu. Nestes 6 meses que passaram o que foi feito, para realmente implantar a norma, se bem que estes índices estão muito rigorosos, levando em conta o nível cultural do produtor, onde 60% produzem até 50 litros de leite/dia.
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ANDRE JOSE DIEGOLIAPIACÁS - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 11/11/2011
a questão é.... o produtor não quer pagar um tecnico e acha que as empresas ancoras devem arcar com essa despesa, por outro lado, as empresas querem se esquivar do custo mais que justo para manter esse tecnico.
ninguem faz nada por que é certo e sim por que da retorno imediato, poucas empresas estão pensando em qualidade. O SIF não tem mão de obra suficiente para exigir o minimo das industrias. pasmem! no sispoa de mato grosso só existe 1 pessoa trabalhando. |
VIGILANTELAGES - SANTA CATARINA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 19/06/2011
Brasileiro tem mania de deixar tudo pra última hora!
Com os produtores de leite que hoje reclamam pelo relaxamento da legislação, ocorre a mesma coisa. Fazem nove anos que a IN-51 foi aprovada e todos sabem que ela vem sendo cumprida por muitos produtores e industriais. Quem fez a lição de casa, já colhe os bons resultados há muitos anos . . . sem se preocupar com a legislação, e ainda, utilizando esta lei para ter diferencial no mercado e receber melhor remuneração pelo seu produto. Agora, tenho certeza de que quem reclama o relaxamento dos limites, são justamente aqueles que deixaram tudo pra última hora e, claro, não terao mais tempo para se adequar. Deve ser penalizado sim, pra se ajustar o quanto antes e passar a produzir alimento com qualidade biológica ao consumidor. Já tiveram nove anos pra isso . . . Como querer remuneração pelo seu produto, se ele não tem a qualidade necessária para garantir a Segurança Alimentar do Consumidor! Não adianta pedir adiamento da lei. Tem é que correr para se adequar a ela, como o fizeram muitos produtores. Lei é pra ser cumprida e os produtores tiveram nove anos para se adequar. Em outubro de 2007 a revista Paraná Cooperativo trazia a notícia de capa, dizendo: Cooperativas do Paraná - Leite de Qualidade. Uma das reportagens falava que dos 400 mil litros de leite diários, a média de CCS era de 300 mil células por mililitro e a de CBT era 20 mil UFC por mililitro. Dizia também que produtores de excelência podiam receber até 20% a mais por litro sobre o preço de mercado. Aquele estado tem muito a nos ensinar quando o assunto é leite produzido profissionalmente. |
PAULO ADRIANO ANDRIOLAPALMAS - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE EM 25/05/2011
Marcos! Este tema é realmente muito complexo, envolve pessoas, empresas, politicos... e assim fica dificil chegarmos a denominadores comuns. Cada um puxa brasa para seu assado. O produtor quer receber sempre mais pelo leite,mas nem todos se atualizam e investem em si e na sua propriedade para merecer tal preço almejado. Tem produtor que não vai à uma palestra, dia de campo, nem mesmo visita a propriedade do vizinho que sempre tem alguma coisa para copiar, seja do que deveria fazer ou que jamais poderia fazer por ser errado.
Quanto as empresas tem aquelas que se preocupam com o produtor, sabem que dependem dele para manter e até mesmo para crescer, mas tem empresas que são exploradoras do produtor, não visitam os mesmos, apenas mandam o caminhão coletar o leite, mas não sabem de nada da vida de seu parceiro se da para chamar assim, pelo menos deveria ser. O dia que ele for conversar com o produtor e saber de suas dificuldades e de suas qualidades aí sim a parceria começa a existir e com certeza os dois ganham. Assim não precisaríamos de IN 51 para o consumidor saber o que realmente está consumindo, isto seria apenas uma consequencia da realização do elo firme existente entre produtor e empresa benificiadora, ligados ao elo maior que é o consumidor. Devo comentar também que enquanto nossos politicos não usarem o dinheiro que nos cobram por veiculos e caminhões chamado IPVA e impostos de Combustiveis 53% para o fim que foram criados, não vamos atingir a tal IN 51 ¨sonhada¨. É vergonhoso ver nossos caminhões andando pelas rodovias carregados de leite com barro por todos os lados ou poeira e saber que ali dentro tem um produto essencial para nossa saúde. Quando olhamos nos canais de TV reportagens nas fazendas da Europa e dos Estados Unidos onde o asfalto vai até a propriedade, aqueles caminhões brilhando. Quem não teria vontade de tomar aquele leite e não o nosso??? O dia que nossos governantes criarem uma politica séria de incentivo a produção de leite e pararem de trocar com paises vizinhos a entrada de leite pela saída de uns porquinhos e uns franguinos... nada contra estes produtos, temos que exportá-los com certeza, mas não prejudicando milhares de famílias que vivem e sobrevivem da atividade do leite. Em fim, termino com o seguinte pensamento; A qualidade do leite não está na lei ou norma, está na consciência de cada um, minha como produtor que devo olhar para aquele leite e sentir orgulho pelo que produz e não vergonha. Da industria que ao colocar seu rotulo em determinado produto, tenha consciência que ali está algo valioso, sua marca, sua identidade que começou no campo mas se transformou em suas mãos. Que o consumidor não ache ruim pagar $ 1,70 o litro de leite e sim caro $3,00 uma cerveja ou $2,00 uma garrafa de 500 ml de água. Que os politicos sejam justos com o ato de governar em prol de todos e não de alguns escolhidos... Se cada um fizer bem seu papel, as leis e normas podem ficar em segundo plano. |
ROQUE KIRCHNERCLEVELÂNDIA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 23/05/2011
Prezados, gostaria de manifestar-me. Não gostaria que tivesse que ser assim, mas a minha vivência com a cadeia, permite ter os conceitos a seguir:A Cadeia do leite é uma perfeita democracia direta em todos os seus segmentos, desde o fornecedor até mesmo o consumidor. Parece que todos tem direito opinião própria, porém com extrema falta observação de regras e leis estabelecidas. Senão vejamos, existe unanimidade quanto a sistemas de produção que possam ser declarados viáveis no ceio da pesquisa e ensino, muito menos na extensão? Os prestadores de serviços e fornecedores de bens e insumos, é um Deus nos acuda, rações, sais minerais milagrosos, vendedores ambulantes, picaretas de todas as ordens. Senão, vejamos na área de produção: temos aqueles que insistem e defendem persistir do jeito que está ta ótimo, pois temos os produtores que se esforçam, atingem boas produtividades, leite de qualidade, porém do outro lado tem produtor que vê o leite um líquido branco, todo leite é igual e ainda reclama: por que o meu leite (150 litros por mês e recolhido a cada oito dias, tomam banho uma vez por semana, nunca passou por um dia de capacitação) vale menos que do vizinho (45 mil litros por mês, CCS e CBT dentro dos padrões, participante em diversos meios de qualificação, um bom gestor)? Vejamos a dificuldade que tem os serviços de inspeção e a fiscalização em exigir as normas, que dizem tem interpretações dúbias. A democracia também está presente, na coleta do leite das fazendas: tem transportador desatolando caminhão e com a mesma mão faz coleta de amostras do leite, enquanto outra indústria tem um técnico treinado, de jaleco branco, com todos os cuidados higiênicos faz a mesma coleta na propriedade vizinha. Enquanto isso, a democracia da cadeia láctea, impera mesmo entre as indústrias, embolados em regras de SIM, SIP e SIF, que milagres são esses, que leite é esse que indústrias conseguem tornar útil, se em outra fora rejeitado? Enfim, nosso consumidor desta cadeia democrática, acha que sabe das coisas, mas está sendo enganado. Graças a este desinformado consumidor, que não distingue o que é leite, queijo, yogurte ruim e aquele que verdadeiramente tem qualidade, a festa da democracia continua e não consegue implantar regras da IN 51.
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JOÃO PAULO SOARES GOMESRIO POMBA - MINAS GERAIS EM 21/05/2011
Caro Dr. Marcos,
Qualidade, qualidade, qualidade. Sou Zootecnista e trabalho na região sudeste do país e parte do sul de Minas Gerais. De todos os locais que conheço, muitos laticínios registrados ainda não pagam por qualidade, nem sequer tem uma análise do leite do produtor. Me pergunto às vezes, quem fiscaliza os laticínios? Se tem fiscalização, como existem laticínios que nem análise de leite fazem para os produtores? Muitos laticínios que pagam por qualidade, tem que treinar mais seu pessoal principalmente para a coleta da amostra de leite que se for feita de forma errada, atrapalha tudo e no que diz respeito aos laticínios que não pagam nada a mais para o produtor, parece que tem pouca fiscalização nesse país, infelizmente. Um abraço a todos. |
NILSON ANDRÉ C. MENEZESITABUNA - BAHIA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 20/05/2011
Prof. Marcos,
Parabéns, mais uma vez, show de bola. É possível fazer qualidade sim, nas mais diversas situações de dificuldades, mas é possível. Com ordenhadeira ou na mão, tanto faz. Agora, na minha humilde opinião o que precisa é a presença do técnico preparado junto aos vaqueiros/produtores, para orientá-los a fazer qualidade com eficácia e a custo baixo (Quanto custa ao produtor conviver com mamite ?). Além do ganho com o pagamento das bonificações de algumas empresas, não podemos omitir o ganho indireto com a aplicação dos procedimentos que visam a busca pela qualidade. Resumindo, vamos motivar/preparar essa turma boa da assistência técnica, privada ou estatal, criar condições para que esteja junto ao produtor, incentivar os laticínios para implantação de programas de pagamento que bonifiquem a qualidade, e, finalmente, fiscalização séria e responsável. Admitamos, querer virar a mesa após 10 anos é um grande retrocesso. É preciso que todos os elos da cadeia se envolvam, principalmente o governo. Vamos lá, não vamos discutir o problema, vamos buscar a solução. É possível. |
ANDRÉ GONÇALVES ANDRADEROLIM DE MOURA - RONDÔNIA - PRODUÇÃO DE LEITE EM 20/05/2011
Parabéns pela clareza do artigo prof. Marcos.
E também a todos os comentários dos colegas. Todos tem razão de uma forma ou de outra. A meu ver estamos diante de uma problema simples: enquanto não estivermos (toda a cadeia láctea - fornecedores de insumos, produtores, indústrias e distribuidores) alinhados em atender às necessidades do mercado atual e as possíveis tendências de um mercado mais exigente, não sairemos do debate. E acho que isso é o que foi proposto na IN51 de 2002. Um prazo de 10 anos para adequação. Como criar ações conjuntas? Como melhorar a qualidade de forma sólida sem antes termos isso como um objetivo de todos? Vale lembrar que a normatização ajuda e se fosse levada a sério talvez até tivesse mudado o quadro atual. Deve sim fazer o seu papel. Mas ela por sí só não melhora a qualidade do nosso leite. Os resultados mostram isso. Faltou ação (implantação, orientação, fiscalização, punição). Então é necessário que todos entendam a importância e se comprometam com a qualidade. Mas fica a pergunta? Quem está disposto a pagar o preço de se comprometer em troca de perda de fornecedores e consequentemente de mercado? Ainda há muito à se fazer. Mas como foi colocado, somos um setor ainda não consolidade e acho que ainda longe de ser. Mas um dia chegaremos lá. Um abraço. André Gonçalves |
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCOJUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 20/05/2011
Prezado Professor Marcos: Mas, algum limite há de ser imposto e acompanhado pelos produtores, sob pena de sempre nos encontrarmos sob a égide do leite de qualidade ruim. É importante que deixemos de produzir leite ao relento, no barro, em currais sujos e sem quaisquer níveis de higienização. Se destinarmos ao simples alvedrio destes produtores a melhoria de suas condições de produção, nunca evoluiremos em níveis internacionais e estaremos, sempre, à mercê de outros Países, tanto para importação quanto para exportação de nosso produto. Quem não consegue nem atingir aos desempenhos atualmente cobrados, não merece continuar no mercado, infelizmente.
Um abraço, GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG |
SIDNEY LACERDA MARCELINO DO CARMOBELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 20/05/2011
Prezados Marcos,
Muito bom texto devido a imparcialidade. No meu ponto de vista como extensão rural não devemos retroceder. O que se conseguiu de avanço sobre qualidade de leite beneficiou até o momento os laticínios. O momento agora de mais rigor nas fiscalizações e talvez consequente esta situação seja o marco regulatório para a pecuária leiteira. Parabéns mais uma vez pelo belo texto. |
MARCELO GAYA CARDOSO TOSTARIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 19/05/2011
Creio que a IN-51 é uma etapa necessária para alcançarmos uma qualidade que nos capacite a disputarmos o mercado internacional.Contudo vejo que temos um longo caminho a ser percorrido por todos os participantes da cadeia lactea.Os laticinios que tiveram aumentado o seu poder sobre os produtores uma vez que passam a julgar uma qualidade pela qual hipoteticamente deverão pagar mais .Os produtores na sua atividade isolada e solit;aria no curral não creem o suficiente na isenção desse julgamento a ponto de retirar um eventual e escasso lucro para realizar o necessario investimento que a busca da qualidade requer.O governo por fim não criou instrumentos de controle aos laticinios,não estabeleceu um preço mínimo fechando os olhos ao fato do leite ser vendido sem preço conhecido no ato da venda e o que é mais grave e até injusto e desigual importando leite em pó de países produtores que subsidiam a atividade proditiva.Temos ou não temos um longo caminho a percorrer?
E será que eu consegui um visão completa do problema?Creio que não! |
PAULO ROBERTO VIANA FRANCOJUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 18/05/2011
A IN 51, que normatisa a qualidade do leite, s;o beneficia a Industria e penalisa o produtor. Temos que mudar a situação. Vamos pensar em criar uma AGENCIA que criasse regras claras e compromisso das partes envolvidas. Todas as pessoas deveriam participar de toda cadeia. Pagamento por qualidade deve ser uma luta de todos, com compromisso de toda a cadeia.
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PAULO SERGIO RUFFATO PEREIRARIO BONITO - RIO DE JANEIRO EM 18/05/2011
Prezado professor Marcos, parabéns pela bela explanação do assunto.
Os produtores tiveram pela IN 51, 3 anos(2002 a 2005) para atingirem 1.000.000 ufc/ml de CBT e cel/ CCS, pois antes disto nem tinham padrões mínimos estabelecidos, tiveram mais 3 anos(2005 a 2008), para atingirem 750.000 de CBT e CCS, ou seja reduzir 250.000(25%) nas regiões de melhor estrutura e mais desenvolvidas na atividade S, SE e CO. Como esperar que com mais 3 anos (2008 a 2011), consigam atingirem 100.000(individua) e 300.000(coletivo) para CBT e 400.000(todos) para CCS, sendo uma redução drástica de 650.000 ufc/ml em CBT e 350.000 cel/ml CCS, apartir de julho/2011 nas regiões citadas, sendo que nas regiões menos desenvolvidas N e NE o prazo é de mais 1 ano, apartir de julho/2012, onde acredito que seja uma tarefa bem mais díficil e complicada de se alcançar. Será que subestimamos os prazos e metas para alcançarmos o objetivo da IN 51(6 anos), de colocar o nosso leite nos patamares internacionais de qualidade e não fizemos o dever de casa corretamente e dentro do prazo? Será que as ferramentas que dispomos, como bem citou em seu artigo, mais vontade política e ação das partes envolvidas, são suficientes para atingirmos as metas estabelecidas pela legislação? Será também que a reanálise desta questão em termos de prazos e metas, desacreditaria a legislação, os produtores que atenderam, e tudo que já foi alcançado nestes 6 anos? Ou devemos deixar como está, continuar os debates para vermos se chegamos a um consenço e cobrar ações mais severas e punitivas contra os que não se adequarem? Estamos em um momento de reflexão, a IN 51 é uma estrada de mão única e sem volta, mas devemos trafega-la com cuidado para evitar acidentes graves com muintas perdas, pois feridos pelo caminho, sempre teremos. |
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCOJUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 18/05/2011
Prezado Professor Marcos: Parabéns pelo artigo. Chegar a índices zerados de ccs e ufc, mesmo nos países mais desenvolvidos, é quase impossível. Entendo que os limites atualmente praticados, para a realidade nacional, estão, por ora, de bom tamanho. Pretender que, no cenário de hoje, se atinjam valores de menos de 100.000 ufc e 400.000 cel/ml, é fadar ao fechamento de porteiras para a maior parte dos produtores de leite nacionais (até os que "fizeram a lição de casa"). Explico: o sistema laboratorial brasileiro é, hodiernamente, carente de recursos para uma análise aprofundada desses valores, já que as amostras ainda são colhidas pelos laticínios, quase sempre sem as devidas técnicas, o que expõe a risco o seu resultado (no meu caso particular, com manejo rígido - pré e pós dip, desinfecção diária de salas e maquinários de ordenha com clorexidina, troca constante de teteiras e mangueiras, sanidade total de rebanho, assistido com regularidade por Médico Veterinário, alimentação balanceada - há meses que estes níveis não condizem com a realidade, mesmo após longos intervalos mensais de resultados abaixo dos padrões exigidos, e se apresentam alterados). Por lado outro não é fácil, aos médios e pequenos produtores, utilizarem formas de redução destes índices, sem que lhes tenha sido destinadas condições para tanto (melhoria de salas de ordenha, de equipamentos, de aquisição de ordenhas mecâncias, condições de adquirir produtos de pré e pós dip). Sou, portanto, favorável à manutenção dos valores ora em uso, mas com rigidez em seu controle e com penalização dos que deles fugirem, além do pagamento melhor pelo padrão do leite fornecido, por óbvio, já que, como você constatou, este é o real incentivo à melhoria da qualidade.
Um abraço, GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG <b>Resposta do autor:</b> Prezado(a) Guilherme Alves de Mello Franco, Obrigado pela resposta. Conforme destaco no artigo, entendo que a discussão mais importante neste momento é criar condições de melhoria real da capacitação do produtor e incentivos via pagamento. Em minha opinião, estamos excessivamente preocupados com um número limite de CCS e CBT, mas mesmo para os limites maiores ainda temo problemas de qualidade em grande parcela dos produtores. Atenciosamente, Marcos Veiga |
RODRIGO ZAMBONTEUTÔNIA - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 18/05/2011
Concordo com todas as colocações do Dr. Marcos.
O problema é que nós Brasileiros somos acostumados a deixar tudo para ultima hora, se em 2005 quando entrou em vigor a IN 51 a própia fiscalização federal tivesse cobrado os laticinios com a mesma intensidade que cobra hoje e as empresas teriam dado a devida importancia para o assunto a 5 anos atraz, hoje ficaria muito mais facil de cumprir com os novos parametros, que como o Dr Marcos lembrou estava previsto desde 2002. Não vejo argumentos para prorrogação da IN 51, pois os produtores e empresas tinham 3 anos para adequar a qualidade do leite para parametros que no meu ponto de vista é facil de ser conseguido e nada foi feito nessa epoca. Att, Rodrigo Zambon |
ADILSON DA MATTA ANDRADEMURIAÉ - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 18/05/2011
Parabéns Marcos pela excelente matéria.
Conforme você constatou a nossa realidade esta longe da necessidade , o que torna as coisas bem difícil, nos resta a possibilidade de debatermos a solução. A sugestão da lei conforme o João Luiz Martins descreveu poderia ser a solução se não estivéssemos no Brasil aonde seria mais uma lei a não ser cumprida. O uso da mídia para penalizar os maus produtos (padrão Fantástico) certamente prejudicaria o consumo e a toda a instituição Cadeia leiteira. Talvez uma mídia de dentro da Instituição Leiteira conforme o MilK Point, poderia ajudar, montando um Top 100 de qualidade, tanto de produtor como industria, pelo menos beneficiando os mais profissionalizados com uma visualização dentro do setor, ou até fora dele se for para premiar os melhores. Vamos ver se esta sua reportagem acende o debate ou se vamos continuar acomodados como sempre ou como desde 2002. |
JOSÉ LUIZ MARTINSSACRAMENTO - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS EM 17/05/2011
Exelente analise. Também acredito que postergar a data da aplicação dos padrões previstos pela IN-51 não trará benefício algum para os não conformes, visto que continuarão a banalizar a atividade . No entanto irá fazer com que os produtores profissionais e as empresas responsáveis, que se preocupam em garantir a qualidade de seus produtos passem a viver a expectativa de retrocesso na qualidade do leite. Acredito ser a única atividade do agronegócio na qual ainda há condições de se manter sem profissionalismo.
Acho que o MAPA deveria fazer da IN-51 uma lei, talvez com maior tolerância, mas lei para ser cumprida. |
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