Você provavelmente já ouviu falar em queijos finos, certo? Mas, se eu te perguntar sobre o que eles têm de diferente para serem classificados como tal, você saberia me dizer?
Para alguns, somente queijos importados são considerados finos; para outros, a referência é um bom queijo artesanal, feito com zelo e tradição. Uma vez alguém me disse: “Não existe queijo fino nem queijo grosso, queijo baixo ou alto...”. E, então, como explicar essa classificação?
Dentro dos diversos significados que a palavra “fino” pode assumir, no caso dos queijos, refere-se a “algo de qualidade superior, de bom gosto ou requintado...”.
Entre queijos com fungos brancos ou azuis, com ou sem olhaduras, defumados ou temperados, frescos ou maturados, industriais ou artesanais... como saber quais são convencionais e quais merecem a classificação de finos? Podemos considerar três aspectos:
- Qualidade do produto;
- Volume de produção;
- Maturação.
Qualidade do produto
Poderíamos utilizar como primeiro critério a qualidade do produto. Um queijo fino deve ser algo feito com muito critério e atenção, desde o cuidado com os animais até a apresentação do produto ao consumidor.
Deve apresentar algo que o diferencie e o destaque de um produto convencional, por exemplo: ser certificado como produto orgânico, com denominação de origem, utilização de leite com alguma característica particular, processos de fabricação especiais, entre outros fatores. São esses cuidados que diferenciam e agregam valor ao produto final.
E aí você deve estar se perguntando: custam mais caro? Sim. Devido ao processo mais complexo, queijos finos custam mais que os convencionais e essa é uma premissa difícil de ser corrompida.
Volume de produção
Geralmente (eu digo geralmente porque essa não é uma regra) queijos convencionais são produzidos em larga escala por diferentes fabricantes no mundo todo, sendo produtos facilmente encontrados no mercado.
O queijo fino, por sua vez, é algo mais exclusivo, diferenciado, capaz de fazer o consumidor se sentir especial por estar consumindo. Além disso, são degustados em momentos especiais e, geralmente, são servidos com acompanhamentos especiais, tais como um bom vinho, cerveja ou espumante.
Maturação
Nesse processo, o tempo adquire a mesma importância de qualquer outro ingrediente: ele transforma, amadurece, enaltece sabores e aromas não reconhecidos em um produto fresco. Mas se engana quem acha que queijos frescos não podem ser considerados queijos finos! O frescor e a leveza de queijos como a Burrata, Boursin ou mesmo um verdadeiro Petit Suisse têm seu valor!
Talvez esse texto tenha trazido mais dúvidas do que respostas para aqueles que tinham um conceito definido do que é um queijo fino. Mas, independentemente de qualquer definição, queijo é uma questão de gosto! Literalmente! Por isso, dentro da minha humilde concepção, a definição mais correta seria Queijos Especiais, pois o que torna algo especial é a experiência que ele nos proporciona.
Gostou do conteúdo? Deixe seu like e seu comentário, isso nos ajuda a saber que conteúdos são mais interessantes para você. Quer escrever para nós? Clique aqui e veja como!