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Principais doenças gástricas dos bovinos: quais são?

EDUCAPOINT

EM 14/10/2022

2 MIN DE LEITURA

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Atualizado em 14/10/2022

A busca por mais produtividade na bovinocultura de corte e leite para suprir a crescente demanda por alimentos de origem animal vem alcançando bons resultados. Porém, traz consigo algumas consequências e uma delas é o aumento da susceptibilidade dos animais ao desenvolvimento de doenças metabólicas e gástricas. Das diversas doenças gástricas, muitas estão associadas às falhas no manejo nutricional. Dessa forma, é preciso  saber e conhecer quais são as principais e assim, realizar o correto diagnóstico, tratamento e prevenção.

Doenças gástricas de natureza mecânica

1) Reticulite traumática

Doença causada pela lesão da parede do retículo devido à ingestão de corpos estranhos metálicos e pontiagudos por parte do animal. Trata-se de um problema bastante comum em bovinos leiteiros, especialmente em propriedades onde há falhas de manejo. 

A gravidade da doença depende das características do objeto ingerido, bem como da direção e extensão da penetração no retículo, podendo atingir outros órgãos vitais.

2) Timpanismo ruminal secundário ou gasoso

O timpanismo ruminal ocorre quando os gases produzidos durante a digestão dos alimentos não são eliminados,  via eructação, resultando em distensão acentuada do rúmen-retículo. 

Em bovinos adultos, a obstrução esofágica causada pela ingestão de corpos estranhos tais como frutas e tubérculos, está entre as principais causas de timpanismo gasoso, podendo representar cerca de 90% das causas.

Doenças gástricas de natureza fermentativa

1) Acidose ruminal

Ocorre geralmente pelo consumo excessivo de carboidratos altamente fermentáveis por animais que não estão adaptados a uma dieta com alto teor de concentrado. Comumente acontece após mudanças bruscas realizadas no manejo alimentar.. 

A sintomatologia clínica deriva da produção inicial rápida de ácidos graxos voláteis (AGV) e elevada produção de ácido lático o que altera o perfil da população microbiana no rúmen.

Os sinais clínicos variam conforme a severidade do quadro clínico, mas geralmente incluem taquicardia, desidratação, diarreia, apatia e diminuição ou atonia da motilidade ruminal. O prognóstico para animais com acidose ruminal depende da duração e gravidade dos sinais clínicos.

2) Indigestão simples 

Transtorno que acomete frequentemente animais confinados ou semiconfinados causado por variações substanciais na dieta feitas de forma abrupta, sem que o animal tenha passado por um período de adaptação. 

A diferença principal entre a indigestão simples e a acidose ruminal está principalmente no grau de severidade que estas enfermidades apresentam. A indigestão simples geralmente tem um prognóstico favorável e é autolimitante, ou seja, que se resolve sem precisar de intervenção.

3) Timpanismo Primário ou Espumoso 

Doença acometida quando os gases são impedidos de serem eliminados via eructação. Isso ocorre, devido ao aprisionamento das bolhas de gás no conteúdo ruminal e pela formação de conteúdo espumoso denso que preenche todo o rúmen-retículo.

O aumento da incidência dessa doença está relacionado com as  mudanças nas práticas alimentares como introdução de leguminosas altamente digeríveis,  fornecimento de dietas com altas proporções de grãos e inclusão carboidratos de rápida digestão no sistemas intensivos.

4) Deslocamento de Abomaso 

Trata-se de uma condição onde o abomaso é deslocado de sua posição normal. A principal causa são distúrbios na atividade motora do abomaso que geram hipotonia e/ou atonia do órgão, o que acarreta no acúmulo de gás no interior gerando  dilatação e  seu deslocamento.

Os principais sintomas são queda súbita de apetite, apatia, desidratação e diarreia. Além disso, a doença pode estar associada a quadros agudos de metrite, cetose, laminite e mastite no pós-parto. O tratamento pode ser clínico, buscando expulsar o gás e retornar o abomaso para sua posição original ou cirúrgico.

 

Fonte:

SOARES, G. Doenças do sistema digestório dos bovinos: estudo retrospectivo (1999-2018) de base hospitalar. Tese de Doutorado da Universidade Federal Rural de Pernambuco. 2021.
 

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