Em outubro de 2021 ocorreu a COP26, 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima realizada em Glasgow (Escócia), onde um dos principais assuntos foram as possíveis estratégias para minimizar a emissão de gases do efeito estufa, com foco principalmente no agronegócio. Após o evento, esta pauta ficou ainda mais em evidência atraindo o olhar de inúmeros pesquisadores.
O Brasil se propôs a reduzir a emissão de gás metano em 30% até o ano de 2030.Para isso, é preciso desenvolver pesquisas e implementar técnicas e formas de produção que tenham menor impacto ambiental para que o país alcance a meta. Sabemos que o metano possui um potencial de retenção de calor maior que o dióxido de carbono, mas, felizmente, se decompõe na atmosfera em menor tempo (cerca de 10 anos). Ou seja, a redução das emissões de metano trará um retorno rápido no controle do aquecimento global.
Com base nesta e em outras informações, estão sendo desenvolvidos diversos experimentos com foco na quantificação da emissão de metano pelos ruminantes e viabilização de estratégias para reduzir a produção e liberação deste gás para a atmosfera.
Algumas delas estão ligadas a qualidade das pastagens, inclusão de óleos essenciais nas dietas, dietas com aditivos em sua composição, implementação de sistemas silvipastoris e até mesmo a adesão de boas práticas de manejo na propriedade a fim de melhorar o bem-estar dos animais.
O bem-estar está intimamente ligado com a quantidade de metano produzido por animal, além disso temos diversas outras vantagens quando os animais da fazenda são tratados com base nas 5 liberdades do bem-estar animal; como exemplo podemos citar a facilidade de manejo, a segurança do ordenhador ou de outro profissional que tem contato com os animais, a vida útil das instalações, animais com temperamento agressivo danificam com mais facilidade o curral de manejo e cercas, por exemplo.
Ainda, pode-se afirmar que animais dóceis sofrem menos com lesões do que aqueles que possuem comportamento agitado.
Embora a temática seja bastante ampla, cada pequeno passo e cada ação pode ser dada rumo a uma produção sustentável. Isso auxilia não somente à meta brasileira de redução de emissão de gases de efeito estufa, mas também aumenta a rentabilidade da atividade e impacta positivamente na sociedade, seja na vida dos trabalhadores rurais ou no produto consumido pelo mercado.
Conhecendo a importância e buscando auxiliar no desenvolvimento sustentável da produção de alimentos, o EducaPoint trouxe uma aula da pesquisadora Maria Guilhermina Marçal que relaciona a emissão de metano e o bem-estar dos animais. Clique aqui seja um assinante Educa e assista a aula quantas vezes quiser!