Prorrogaram a IN-62. E agora? |
CLÍNICA DO LEITE
Vinculada à ESALQ/USP, a Clínica do Leite é uma instituição sem fins lucrativos que atua em gestão da pecuária de leite, por meio da geração de conhecimento e da formação de pessoas.
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INSERIR VÍDEO
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LAERTE DAGHER CASSOLIPIRACICABA - SÃO PAULO - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS EM 21/10/2016
Olá Alessandro, agradecemos pelo seu comentário. A alteração foi tanto para CCS quanto para CBT. A nova versão da Tabela 2, ficou "quebrada" no diário oficial da união, sendo parte dela na pagina 11, e a outra parte (que trata da CCS), na página 12. Caso não tenha tido acesso as 2 paginas, me informe seu email para que possa te encaminhar (laerte@clinicadoleite.com.br).
Abraço, Laerte |
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ALESSANDRO CAMPOS PEREIRAUNAÍ - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO EM 21/10/2016
De acordo com a INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 7, DE 3 DE MAIO DE 2016, publicado no Diário Oficial da União, Nº 84, quarta-feira, 4 de maio de 2016, SOMENTE FOI PRORROGADO O LIMITE PARA CONTAGEM BACTERIANA. Portanto o texto publicado nesta matéria está incorreto, pois consta que a CCS também foi prorrogada.
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TÁSSIUS LARABELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - ESTUDANTE EM 16/05/2016
A comparação com a velocidade serviu para entender sobre a falta de ações em casos de não conformidade, mas ao mesmo tempo, nos traz a preocupação de que, as ações nos casos de "infração" sobre a qualidade do leite devem ser muito bem formuladas. Pois, não basta simplesmente criar algo do tipo da multa de trânsito, na qual é emitido uma multa e perda de pontos, podendo levar a perda da CNH. Como sabemos a maior proporção de produtores de leite do nosso país ainda é composto por pequenos produtores, imagine essas pessoas perdendo sua fonte de renda. Portanto, acredito que a criação da CTC/Leite, foi um grande passo, desde que funcione de forma continuada, integral e imparcial. A questão agora é como será abordado essas questões, com esse novo governo no país.
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ELISIO ANTONIO DE OLIVEIRAJUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 16/05/2016
Penso que em primeiro lugar ao invés de criticar quem ainda não atingiu qualidade, seria motivar o produtor e criar mecanismos de ajuda. Fazer qualidade tem custos e os laticinios não pagam nem se quer partes destes custos aos produtores. Então qualidade se resolve através de bom senso, não por decreto.
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ALEXANDRE BENVINDO FERNANDESRIO BRANCO - ACRE - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 16/05/2016
Perfeito! Espetacular a análise feita Laerte Dagher Cassoli. Isso só mudará quando as industrias cobrarem dos seus fornecedores - Produtores. Só cobrando e punindo, que ocorrerá a transformação de "Tiradores de Leite" para "Profissionais da Atividade Leiteira".
Parabéns. |
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PAULO MAURICIO B BASTO DA SILVACASTRO - PARANÁ - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 13/05/2016
Não é por decreto que se resolve a melhoria da qualidade do leite no Brasil. Eu tinha certeza que estes limites seriam prorrogados, pois também eram "apertados" dada as condições de nosso ambiente rural, capacitação (pequenos produtores, em especial), energia elétrica, estradas ruins, etc. Não vivemos na Nova Zelândia e nem na Europa. Evoluímos e temos que evoluir, porém com ações coordenadas de capacitação e fiscalização do produtor à indústria. A indústria deve capitanear esta evolução como já faz em alguns locais.
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MAURO LUIZ GOMIDESACRAMENTO - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS EM 13/05/2016
Toda e qualquer atividade, para se sustentar, precisa de resultados financeiros com uma certa regularidade. Infelizmente a atividade leite, para a grande maioria dos envolvidos, traz mais sobressaltos do que prazer ao longo dos anos. Desde que foi implantada a IN61, depois a 62, venho trabalhando no sentido de sensibilizar produtores de leite da necessidade de praticar ações que levem a melhoria dos seus padrões de qualidade; tentando mostrar a eles que com esta prática poderão aumentar seus ganhos e consequentemente os lucros. Mas percebo que na prática, não é bem isto que acontece, pois ao investir na qualidade o produtor geralmente não tem o retorno equivalente e acaba dando passos para traz. Hoje, também sou um pequeno produtor e, com toda experiência adquirida em 40 anos do lado de fora da porteira, ainda assim não consigo sobreviver da atividade.
Como outros comentários anteriores, concordo que CBT é lição de casa, tenho índices constantes inferiores a 100; porém CCS o "buraco é mais embaixo", requer conhecimento técnico, assistência profissional e GRANA. Gilson. |
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LETICIA MENDONÇABELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO EM 13/05/2016
Laerte, parabéns pela análise clara e objetiva. Não há razão alguma para adiar a IN62, uma vez que ela somente estabelece os parâmetros de qualidade; e nos mostra a direção na qual precisamos caminhar (ou correr!). Mas a politicagem venceu mais uma vez. Triste.
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WAGNER BESKOWCRUZ ALTA - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO EM 13/05/2016
Vivendo na Nova Zelândia é que percebi uma característica muito negativa que temos: PROCRASTINAÇÃO (nosso costume de adiar).
É uma característica latina, mais ainda latino-americana. Lá, no meio de anglo-saxões, onde horário é horário, dia tal é dia tal, vi muitos colegas altino-americanos (nossos amigos do México à Patagônia) se darem muito mal com professores por não entregarem trabalhos no dia e hora marcados. O famoso Professor John Hodgson, meu orientador, chegou a querer entender o conceito nosso de "amanhã", pois aos alunos em débito quando ele perguntava "e o teu trabalho ("assignement"), quando vais entregar?" A resposta sempre era "tomorrow". Tomorrow em inglês é o dia seguinte ao de hoje = amanhã. Ocorre que para nós, latino-americanos, amanhã nesse contexto, significa "eu não terminei ainda, estou trabalhando e não te preocupes que está tudo sob controle, mas na verdade não tenho data para concluir". É isso que significa "mañana"/amanhã no México, na Colômbia, Peru, Equador, Uruguay, Paraguay, Argentina, Brasil e Chile, países da América Latina com quem convivi lá. O que acaba de ser feito, MAIS UMA VEZ, é empurrar com a barriga um problema de toda a cadeia e que ninguém tem a CORAGEM de agir como aquele pai que tem que dizer "BASTA, desliga essa TV e vai dormir que amanhã tens aula cedo". Foi uma jogada oportunista de parte de alguns, populista de outros e frouxa dos demais. Isso não foi uma decisão séria, de país, de gente que compõe uma cadeia produtiva enorme e cheia de desafios. Foi ser latino-americano, puro. Quando os limites da IN 51 estavam por subir degrau estive presente em uma reunião estratégica da APEX com as cooperativas brasileiras (OCB) que desejavam exportar. A pauta única era requisitos para exportação, mercados. A APEX tinha maravilhas para mostrar, mas a reunião se transformou em discussão de como resolver as exigências da IN 51 que se aproximavam em poucos meses e, naquela reunião, nasceu a alteração para IN 62. Se no meio exportador não temos claro esses limites de qualidade, vamos esperar que o produtor faça o quê? Assuma ele a briga e saia se autoflagelando? Tudo bem mais um "mañana", não se iria cumprir mesmo. É como a meta fiscal do governo Dilma que Temer tem que resolver agora. Será necessário aprovar meta negativa, não tem saída. O problema é COMO é feito. Simplesmente se empurrou com a barriga o problema para daqui dois anos. Havia que ter sido aprovada uma META GRADUAL EM DEGRAUS. Empurrava-se o limite igual como se fez para dois anos, mas colocava-se aumentos em degraus no caminho que teriam que igualmente ser cumpridos. Isso obrigaria a continuada do esforço nacional em direção ao que se quer, ou não se quer mais? Fizemos como alguém de dieta: acabamos de suspender o regime que vínhamos, afrouxamos dois buracos do cinto e sentamos à mesa de um espeto corrido, com buffet, sobremesa e bebida livre. Agora é uma festa, mas em dois anos vamos ser chamados para a "balança", e a aí? |
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ESTÊVÃO DOMINGOS DE OLIVEIRAQUIRINÓPOLIS - GOIÁS - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 13/05/2016
Prezados
Outros países de tamanho similar ao Brasil (Austrália, Estados Unidos, Canadá) já enfrentaram esse problema e conseguiram resultados muito bons. Os seus indicadores de CCS, CBT, Proteína e Gordura médios excelentes.. Para termos condições de executar um trabalho semelhante, precisamos entender o que eles fizeram, copiar o que funcionou e adequar o que for necessário à nossa realidade... O que eles fizeram?? Estudaram o problema à fundo, formaram escolas capazes de educar quantidade suficiente de técnicos competentes para atuar na área. Disseminaram mediante extensão rural o que é preciso em cada fazenda executar para se conseguir controlar os indicadores principais da qualidade do leite. Isso envolveu muito tempo e muito trabalho. Os proprietários tiveram que se conscientizar que um indicador de CCS abaixo de 250.000 cél/ml representa normalmente um rebanho saudável. Um indicador de CBT abaixo de 10.000 UFc/ml representa que a fazenda está executando corretamente a higienização dos equipamentos e que o tanque de refrigeração de leite está funcionando corretamente. Não há solução mágica. Somente muito estudo e muito trabalho. E o trabalho é de longo prazo. |
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ARGEMIRO MAGALHÃESSÃO GONÇALO DO SAPUCAÍ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 12/05/2016
Não existe melhora de CCS sem Grandes Investimentos na propriedade, fica o desafio para os técnicos da area? Se algum conseguir esta façanha sem gastar muito dinheiro transfiro o prêmio de qualidade para ele. Alguém se habilita?
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MATOZALÉM CAMILOITUIUTABA - MINAS GERAIS - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 12/05/2016
A solução parece ser simples. Proibir a recepção de leite fora dos padrões por parte dos laticínios. Desde que estes padrões sejam realmente interessantes para todos os envolvidos. Mas o governo fica criando normas lá em Brasilia acreditando que um milagre vai surgir dos "ceus" e iluminar a todos os produtores de leite a se conscientizarem e produzirem com qualidade. Creio que os conscientes e comprometidos com causa são estes 40-50% de produtores que já se enquadram nos padrões. Os demais provavelmente irão se adequar, somente se houver bonificação/penalização mais severa. Caso contrario estaremos adiando estas INs, 51, 62, 73, 84, 95.......... sabe-se lá até quando.
att Matozalém Camilo Neto Veterinário Ituiutaba |
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GLAUCIA MEDEIROS DE FARIASSÃO MIGUEL - RIO GRANDE DO SUL - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 12/05/2016
Acredito que a solução seria desenvolver os outros dois pilares que o autor citou: necessidade de investimentos e treinamento. Investimentos em politicas de preço, fiscalização, educação sanitária entre tantos outros. Quanto a treinamento é muito fácil chegar e escrever num papel que a partir da data tal o produtor deverá entregar leite com tal CCS e tal CBT, difícil é, diante de tantas realidades diferentes em nosso país, ensinar os produtores a produzirem leite nas condições exigidas.
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AÉCIO LINCOLN DE SÁ RORIZ NEVES SILVARECIFE - PERNAMBUCO - PESQUISA/ENSINO EM 12/05/2016
Semana passada escutei de um produtor (queijeiro): "Faz 10 anos que escuto dizer que as coisas vão mudar e nada mudou, agora, eu não acredito em mais nada..."
Lendo essa notícia eu me pergunto, se ele não tinha razão. Concluo portanto, Fazer Qualidade é algo inerente à pessoa, acredito que é necessária e importante e que não devemos apenas entende-la como uma forma de lucro, não se deve fazer qualidade apenas porque nos é imposto, mas a escolha de que caminho se deve seguir é de cada um. Este é o meu pensamento, quanto a argumentos técnicos, nesse momento prefiro não argumentar tecnicamente, apenas repassar a minha filosofia enquanto profissional consciente, de que Qualidade faz-se com o envolvimento de pessoas e que por vezes utilizam-se de ferramentas. Não digo que o produtor está errado e muito menos esse texto refere-se a ele, pois somente ele é que ao longo desses anos buscou dentro da sua realidade melhorias, e é quem mais sabe o que passa para tentar sobreviver nesse mercado complexo. Meu parecer é para aqueles que assim como eu, também ficaram, mais uma vez, decepcionados com a falta de compromisso do próprio Setor em entender e ver o crescimento que passa pelo caminho da mudança, de hábitos, costumes e mentalidade. Além do que, desvaloriza todos o esforço investimento que foi feito por poucos na busca de melhoria e da distribuição de serviços e produtos de Qualidade. |
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THIAGO NARCISORIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 12/05/2016
Roney concordo com vc e mais, estamos no meio de uma crise muito seria no setor, onde as margens de lucro despencaram. Hoje, muitos produtores PROFISSIONAIS estão padecendo sobre seu rebanho. Como produzir leite em quantidade e qualidade com os valores aplicados ao produtor? Se algum produtor aqui estiver com sua atividade economicamente saudável, esta fazendo milagre, pois a cada dia que passa vejo colegas de profissão abandonando a atividade. Como crias bezerras? Como investir em infra estrutura? Digo a vocês: eu não quero empréstimo do governo eu quero uma margem de lucro na minha atividade em que eu possa programar meus investimentos. Falar em IN 62 e parâmetros do leite cru no momento em que passamos soa até como brincadeira ou até mesmo ofensa. Senhores varejistas e senhores beneficiadores de leite, dei-nos um pouquinho dessa grande fatia da lucratividade que o nosso mercado gera para vocês, que é muita, que vocês terão um produto de qualidade e em quantidade.
Outra coisa o nosso setor tem que ser profissional, produtor rural tem que deixar de ser portador de cartão de produtor rural e virar portador de um CNPJ, virar Micro empreendedor que negocio é esse de produzir matéria prima e não ser empresa? É incoerente. Que tem esse pensamento paga pela maioria que não tem. Hoje em dia qualquer um pode colocar meia dúzia de vaquinhas e tirar leite de qualquer jeito. Se querem qualidade vamos profissionalizar e dar meios para que o pequeno produtor evolua. Vamos ensinar e dar meios a ele para que o mesmo aprenda a adubar sua pastagem, a irrigar, a melhor seu manejo zootécnico entre outros. Então está tudo errado é o poste mijando no cachorro. Primeiro cobram qualidade e depois vamos ensinar a obte-la. Isso é Brasil...... |
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RONEY JOSE DA VEIGAHONÓRIO SERPA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE EM 12/05/2016
Ë triste ver que o pensamento ainda se baseia em reforço negativo para atingir resultados, É por isso que não se consegue!
Fala-se em penalizar quem não atingir parâmetros de qualidade de país de primeiro mundo, e não o inverso, premiar quem atinge esse nível de qualidade! Quando a Indústria começar a repassar os ganhos que tem com o produto de qualidade entregue a ela, acredito sinceramente que o produtor poderá investir, sim a palavra é investir, para melhorar seu produto. Não esqueçamos que a questão de CCS e CBT, não é apenas esmero e higiene na ordenha, mas também questão de infra-estrutura, e esta é altamente deficitária nas propriedades . E somente quem já construiu algo sabe quanto realmente custa, e o tanto de lucro que deve ser reinvestido para conseguir. Nós assistimos nos últimos 2 anos os produtores reduzirem rebanho, até saírem da atividade em função dos baixíssimos preços praticados, hj os Laticínios estão correndo atrás do prejuízo, e assim vai o ciclo do leite no Brasil, altos e baixos; e enquanto os laticínios não enxergarem o produtor como parceiro mesmo, e vice-versa, e os preços forem formados apenas na questão da oportunidade de negócio, não iremos muito a frente em programa de melhoria nenhum! Por um Brasil mais Justo e Perfeito,: |
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MARCELO PEREIRA DE CARVALHOPIRACICABA - SÃO PAULO EM 12/05/2016
Lembrei-me do Eremildo: http://www.milkpoint.com.br/cadeia-do-leite/conjuntura-de-mercado/eremildo-o-idiota-e-a-portaria-56-8104n.aspx
Não é que ele estava certo? |
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MARCOS SÁSÃO PAULO - TOCANTINS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 12/05/2016
Seria legal essa nova faixa começar a funcionar, mas querendo ou não o próprio mercado acabará incentivando os produtores a entregar um leite com mais qualidade. Creio que o número de produtores já dentro da faixa ideal deve ser maior que os valores citados pelos estudos, já que, muitos como eu mesmo, entregamos ao laticínio um leite de ccs e cbt menor em relação ao leite levado para amostras em laboratório.
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