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Operação Leite Compen$ado II: MP estanca fraude do leite em novos núcleos

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 22/05/2013

3 MIN DE LEITURA

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O Ministério Público do RS desencadeou na manhã desta quarta-feira, 22, a Operação Leite Compen$ado II, que investiga um esquema criminoso responsável pela adulteração do leite in natura, através da adição de água e ureia, contendo formol. Foram cumpridos cinco mandados de prisão e sete de busca e apreensão nos municípios de Rondinha, Boa Vista do Buricá e Horizontina. Os trabalhos foram conduzidos pelos Promotores de Justiça da Especializada Criminal da Capital Mauro Rockenbach e de Defesa do Consumidor, Alcindo Luz Bastos Silva Filho, em cooperação com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e apoio da Brigada Militar. Os Promotores de Justiça Ricardo Herbstrith, Claudia Maria Cezar Massing, Pablo da Silva Alfaro e Juliano Griza também participaram da ação.

Foto: Sede da empresa onde foi detido um dos suspeitos (foto de Marjuliê Martini)

De acordo com o Promotor de Justiça Mauro Rockenbach, a segunda fase da Operação Leite Compen$ado tem o objetivo de estancar a fraude de adulteração do leite em outros dois núcleos no Rio Grande do Sul. Em Rondinha, foram presos preventivamente os empresários transportadores de leite Antenor Pedro Signor e Adelar Roque Signor, e o funcionário de ambos, Odirlei Fogalli. Em Horizontina já havia sido detido na noite de ontem o empresário e vereador Larri Lauri Jappe. Segundo Rockenbach, a renovação do pedido de prisão contra Jappe foi motivada pela comprovação através de escutas telefônicas de que existia o risco de ele fugir do país. Também foi decretada novamente a prisão de Daniel Riet Villanova, já recolhido no Presídio Estadual de Espumoso desde a primeira fase da operação. “Foi possível apurar a sua associação também com os fraudadores de Rondinha”, explica Mauro Rockenbach.

Nos trabalhos desta manhã foram apreendidos três caminhões utilizados para o transporte de leite, notas fiscais que comprovam a aquisição de ureia e planilhas com os dados do recolhimento do produto alimentício junto a produtores. Na residência do transportador Paulo Rogério Schultz, que teve o pedido de prisão negado, em Boa Vista do Buricá, foi encontrado um escrito contendo a fórmula possivelmente utilizada para a adulteração do leite. Com Adelar Roque Signor foi recolhida uma arma calibre 36 sem registro.

Somente em Rondinha, 11 laudos do Ministério da Agricultura, entre os meses de fevereiro e maio deste ano, confirmaram a presença de formol no leite cru, somando um total de 113 mil litros impróprios para o consumo da população. Todo o produto tinha como destino a Confepar, uma união de cooperativas agropecuárias do norte do Paraná. Conforme a investigação do MP, o elo entre os transportadores e a cooperativa do PR era Daniel Villanova.

De acordo com Mauro Rochenbach, desde fevereiro deste ano a indústria leiteira estava ciente de que o leite cru recebido dos postos de resfriamento nos quais houve detecção de formol não deveria ser utilizado na produção de leite UHT e pasteurizado. No entanto, ainda não é possível atestar se a medida foi cumprida. "Quem deve responder isso são os responsáveis por cada empresa", observou o Promotor.

NÚCLEOS

Mauro Rockenbach esclareceu que todos os núcleos agiam de forma independente. No entanto, a fórmula utilizada para adicionar ureia ao leite era a mesma. Ele também adiantou que não há condições de apurar a quantidade do produto adulterado consumido pela população.

A FRAUDE

As investigações do Ministério Público tiveram início em fevereiro deste ano e comprovaram que empresas gaúchas de transporte de leite adulteraram o leite cru entregue para a indústria. Uma das formas de adulteração identificadas é a da adição de uma substância semelhante à ureia e que possui formol em sua composição. A adulteração consiste no crime de corrupção de produtos alimentícios, previsto no artigo 272 do Código Penal.

A simples adição de água, com o objetivo de aumentar o volume, acarreta perda nutricional, que é compensada pela adição da ureia – produto que contém formol em sua composição – e é considerado cancerígeno pela Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

A fraude foi comprovada através de análises químicas do leite cru, onde foi possível identificar a presença do formol, que mesmo depois dos processos de pasteurização, persiste no produto final. Com o aumento do volume do leite transportado, os "leiteiros" lucravam 10% a mais que os 7% já pagos sobre o preço do leite cru, em média R$ 0,95 por litro.  

A reportagem é do Ministério Público do RS, adaptada pela Equipe MilkPoint.

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REINALDO AUGUSTO RODRIGUES DA SILVA

SENGÉS - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/06/2013

Entreguei leite a Confepar durante 2011 e 2012, eram muitas as exigentes em qualidade, tinham tabelas de pagamento de acordo com a CBT, CCS, proteína, gordura e volume, estou extremamente decepcionado, pois acreditava que estava entregando leite a uma instituição seria.
HOMILTON NARCIZO DA SILVA

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/06/2013

Senhor João Carlos Almeida,não é bem assim como o Sr. acha que é, pois faço parte de uma pequena Cooperativa em Goias, que a coleta é feita pelos proprios caminhões da empresa compradora e to o leite coletado é analisado individualmente de cada produtor e se estiver alguma irregularidade o produtor alem de perder o seu leite ainda bancara com os custos dos demais leite que for misturado. Pelo menos em nossa cooperativa pequena mas, dentro da legalidade.

Abraços Homilton
JOÃO CARLOS ALMEIDA

JÓIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/05/2013

Demorou mas até que enfim estão agindo em cima desses "fabricantes" de leite.



Os principais culpados dessa situação são as indústrias que compram leite spot desse pessoal que viraram atravessador de leite, "compradores sem fábrica". Só no Brasil mesmo, para um freteiro sair comprando leite, pagando o produtor, não fornecendo NF e vendendo para quem pagar mais.



Hoje na região o leite spot vale de R$ 1,05 até R$ 1,30 e mesmo algumas grandes empresas que se dizem ter programas de qualidade, saem comprando qualquer porcaria, quando falta leite.



O pior é o apoio público a formação de associações e pequenas cooperativas sem fábrica, que só servem para juntar leite e barganhar preço sem nenhum critério de qualidade, ainda apoiados por órgãos públicos, com recursos do contribuinte.
DARLANI PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/05/2013

Devido ser ,em nosso país em sua grande maioria   , políticos ou parentes deles , os grandes responsáveis  por atos criminosos, com o intuito de se beneficiar , é muito difícil uma penalização forte por atos  desse  tipo .
JOSÉ DA SILVA

PEDRÃO - BAHIA - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 23/05/2013

Wellder Aires, seu comentario é bem lembrado, mais em nosso Pais as Leis aprovadas por nossos Deputados e Senadores dão Brecha para esses criminossos se divertirem com a saúde do Consumidor.
CARLOS ROBERTO CONTI NAUMANN

CURITIBA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 23/05/2013

O que podemos observar é que o leite coletado a granel está perdendo a sua confiabilidade.Com toda essa divulgação da fraude pela imprensa, e os transportadores simplesmente estão iguinorando a fiscalização,haja vista, que todo dia aparece uma nova industria recebendo o leite fraudado.Onde é que nós consumidores vamos parar!E nossos filhos vão continuar consumir essa barbaridade.
WELLDER AIRES PINTO

GUAREÍ - SÃO PAULO

EM 22/05/2013

Na China já aconteceu um caso semelhante a este, e os fraudadores foram condenados à PENA DE MORTE... E no nosso Brasil, qual será a punição???

No país da impunidade não acredito em punições severas para esses criminosos, ficarão por pouco tempo  na cadeia, e logo logo estarão em liberdade para cometer novamente crimes desta espécie contra a sociedade.

Lamentável este caso!

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