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Leite em pó integral cai abaixo de US$2.000/ton...e nós avisamos!

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 20/07/2015

4 MIN DE LEITURA

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No último leilão GDT, um importante balizador de preços de leite em pó no mercado internacional, os preços de lácteos, novamente, despencaram: leite em pó integral caiu 13,1% indo a US$1.848/tonelada, o menor valor desde julho de 2009. O leite em pó desnatado também caiu (10,1%), chegando a US$1.702/tonelada.

Uma grande surpresa para o mercado? Talvez.

Para os assinantes do MilkPoint Mercado, nosso serviço de informações para o mercado lácteo, não!

Uma semana antes, em 08/07, publicamos que, embora os preços estivessem em níveis baixos, ainda havia espaço para maiores quedas: confira abaixo o artigo publicado:

Oferta pode continuar pressionando preços no mercado internacional

O último leilão GDT jogou mais um balde de água fria no mercado lácteo. O preço médio de todos os produtos lácteos comercializados caiu 5,9%, com o leite em pó integral despencando no mercado, -10,8%, chegando a US$2.054/tonelada. No mesmo sentido, o leite em pó desnatado chegou a patamares ainda mais baixos, muito próximos a US$ 1.700/ton.

Gráfico 1 – Preços de lácteos comercializados no leilão GDT

Fonte: Global Dairy Trade


Os preços de leite em pó integral estão cerca de 41% abaixo de julho de 2014, já os de leite em pó desnatado estão com uma desvalorização maior ainda: 51% abaixo de julho de 2014.

Essas fortes quedas foram causadas por dois principais fatores, já conhecidos por boa parte do mercado:

- O crescimento da oferta, estimulada pelos altos preços recebidos entre 2013 e 2014, que se situaram perto de US$5.000/ton.

- A redução das importações chinesas de leite em pó, causadas pelos estoques acumulados até 2014 e pela desaceleração da economia da China, que vem afetando o mercado de commodities.

Devido a esse cenário do mercado internacional, o comportamento natural seria de ajustes na oferta, com países reduzindo os volumes produzidos devido à queda na rentabilidade. Seria...mas o gráfico abaixo, que mostra a variação da produção/captação de leite em relação ao mesmo período de 2014 mostra um cenário um pouco diferente:

Gráfico 2 – Var. da oferta de leite em diversos países em relação ao mesmo mês de 2014

¹ Itália até abril; ² Brasil até março
Fontes: IBGE, INALE, MAGYP, USDA, DCANZ,e EuroStat. Elaboração: MilkPoint Inteligência.


Verifica-se algumas quedas na comparação com a produção de 2014 no início do ano em diversos países. No entanto, após fevereiro/março, diversos países voltaram a apresentar crescimento em relação ao ano passado: Uruguai, Argentina, Nova Zelândia, EUA, Austrália, Holanda, Reino Unido, Polônia, Itália e Irlanda tiveram aumento nas quantidades ofertadas. Isso tudo ocorreu mesmo com o mercado desabando 37% desde fevereiro, quando o leite em pó integral alcançou US$3.272/tonelada devido a perspectivas de seca na produção de leite da Nova Zelândia, que não se confirmaram.

E o que tem sustentado a produção desses países, mesmo com preços tão baixos? Uma série de fatores....

Argentina e Uruguai: sofreram com alguns problemas climáticos no primeiro trimestre de 2015, e agora apresentaram maiores recuperações na produção de leite.

EUA: tem apresentado elevação nos estoques de leite em pó desnatado, embora o crescimento da economia interna esteja sustentando os preços de leite a níveis acima do mercado internacional.

Gráfico 3 – Estoques de leite em pó desnatado dos EUA

Fonte: CLAL

Europa: teve o efeito das quedas no mercado internacional atenuados pela valorização do dólar frente ao Euro. Enquanto o preço pago ao produtor em maio 2015 x 2014 caiu 35% em dólar, em euro a queda foi de 20%, devido à valorização do dólar frente ao euro.
Além disso, com a remoção das cotas de produção, que limitava o potencial de crescimento dos países mais competitivos, o volume de produção deve crescer no médio prazo.

Gráfico 4 – Preços do leite ao produtor na Europa em Euros/kg e em US$/kg

Fonte: MilkPoint Mercado, a partir de dados da LTO Nederland e do Banco Central do Brasil.

Nova Zelândia: o crescimento da oferta x 2014 nos últimos 2 meses pode ser enganador: agora iniciou-se nova safra no país, com os volumes se reduzindo expressivamente. É preciso aguardar até agosto, quando os volumes passam a subir, para vermos como se comportará a oferta da Nova Zelândia na safra 2015/16.

Os dados mostram que, mesmo com a vertiginosa queda dos preços internacionais, a produção de leite em importantes regiões produtoras/exportadoras tem voltado a crescer.

No entanto, a demanda não tem dado sinais de reação: com a China demandando cada vez menos lácteos (em maio de 2015, o volume de leite em pó importado foi cerca de 50% menor que no mesmo mês de 2014),

Gráfico 5 – Importações chinesas de leite em pó

Fonte: HKTDC

Outros mercados que poderiam servir de válvula de escape para a oferta de lácteos seriam os produtores de petróleo, tradicionais importadores do produto. No entanto, com o mercado da commodity não apresentando grandes reações, com apenas algumas leves reações de preços, no curto prazo também não deve haver demanda extra dessas regiões.

Gráfico 6 – Preços de petróleo Brent – US$/barril

Fonte: Banco Mundial

Neste panorama, é de se esperar que sim, ainda haja espaço para quedas nos preços no mercado internacional. Embora muitos analistas acreditassem que o piso de mercado haveria chegado, as últimas movimentações do leilão GDT e as tendências de oferta e demanda apontam para o contrário...



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