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Vacas de verdade e de mentira

ESPAÇO ABERTO

EM 22/09/2005

3 MIN DE LEITURA

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Por Daniela Gabriel Rosolen1

O CowParade, em português Circuito das Vacas, é um dos mais bem sucedidos eventos de rua do mundo, que leva ao público, de maneira divertida, audaciosa e gratuita, uma arte de grande impacto visual. Tudo começou em 1998 em Zurique e com grande sucesso já passou por mais de 28 cidades, como Chicago, Nova York, Las Vegas, Bruxelas, Praga. A Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite, mais conhecida como Expomilk, pode não ser famosa como a CowParade, mas também chama atenção de muita gente. É uma das maiores exposições de gado leiteiro do mundo.

As vacas da Expomilk foram embora no final de julho e logo vieram as do CowParade. Fico pensando porque os organizadores escolheram logo São Paulo, onde a Expomilk é feita há mais de 10 anos no Centro de Exposições Imigrantes. Talvez pelas semelhanças. Nas duas exposições os animais são valiosos, são escolhidos por um júri e terminam em leilão. Assim como na Expomilk, as vaquinhas do CowParade também são assistidas por veterinários. O verniz contra a pichação é lavado todo dia com água pela equipe "CowHospital", verdadeiros veterinários de obras de arte.

As vacas são feitas de fibra de vidro a partir das quais os projetos são desenvolvidos pelos artistas. E olha que tem gente craque: Romero Britto, Rochelle Costi, Anita Kaufmann, Lino Villaventura, Angeli e os Gêmeos do Grafite. Elas foram escolhidas por um júri que selecionou 150 projetos dos 600 apresentados. Na Expomilk é bem parecido, pois após as inscrições os animais são vistoriados e selecionados pelos técnicos nas fazendas. As vacas da CowParade levam vantagem pois não comem, portanto não fazem sujeira e ficam quietinhas em seus lugares. Vão ficar em São Paulo durante 64 dias, até seis de novembro, enquanto as da Expomilk ficaram somente sete dias.

Um alerta aos organizadores da CowParade. Cuidado com o Código Estadual de Defesa dos Animais, que acaba de ser aprovado pela Assembléia Legislativa de São Paulo e que não permite a imobilização de animais. Ah, se os fiscais da lei soubessem que as vacas são fixadas numa base de 350 kg de concreto. Se bem que quando a lei entrar em vigor, o pessoal já levou as vacas para longe de São Paulo. Cuidado também com o transporte. De acordo com a lei não pode isso, não pode aquilo, não pode aquilo outro... No Brasil tem cada lei! Não sei não se essa vai pegar...

Quem anda pela mais paulista das avenidas pode ver as vacas coloridas, deitadas, em pé. Elas estão em frente à Casper Líbero, Fnac, Fiesp, Masp e também nos aeroportos de Cumbica e Congonhas, estações de metrô e shoppings. Todos que passam olham. Uns param, tocam, fotografam as mimosas. É um grande sucesso.

As vacas na Expomilk ficam todas juntinhas, já às da CowParade estão espalhadas pela cidade. Que tal fazer um "CowParade" de vacas vivas ? Pára com isto, dá muito trabalho!

A grande diferença mesmo é que as vacas da Expomilk dão muito leite e pasmem, nenhuma exposta nas ruas da cidade está sendo ordenhada ou jorrando leite pelas tetas. Salve a Batavo, a única marca de leite presente na exposição. Ela está lá firme e forte representando o setor leiteiro ao patrocinar a "Cowmen Miranda". O leite é lembrado também pelos animais com os nomes de "Vaca ao Leite" e "Vaca Leiteira". Olhem só alguns patrocinadores das vacas: H. Stern, MCDonalds, Mont Blanc, Semp Toshiba, Tim, Volkswagen. Há mais empresas na lista, todas de "muito peso".

Para Jorge Rubez, presidente da Leite Brasil, "as indústrias de laticínios estão perdendo uma grande oportunidade de fazer marketing, como degustações junto as vacas em exposição". Em conseqüência deste evento, já existem entidades educacionais promovendo cursos específicos para crianças aprenderem coisas do mundo das vacas, como por exemplo, quantos litros de leite ela produz. Estimulam também a criatividade criando vaquinhas à moda CowParade. São trabalhos desse tipo que sem querer promovem a imagem do leite, sonho ainda não realizado pelo setor leiteiro do nosso país.


VACA PELADA, de Fabio Oda, patrono McDonalds, na calçada da Avenida Paulista na altura do número 2100.

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1É estudante do Colégio Etapa, em São Paulo

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