Dados inválidos!
Verifique suas credenciais e tente novamente: atente-se aos caracteres em
maiúsculo e minúsculo.
Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.
ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Pesquisas sobre cruzamentos entre raças leiteiras |
4 |
DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS |
5000 caracteres restantes
INSERIR VÍDEO
Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado. SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe. |
CLEBER MEDEIROS BARRETOSOBRAL - CEARÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 22/12/2005
Fernando Madalena,
Peço encarecidamente que se possível o senhor caracterize o que chamou de "Fazenda de Ponta". Aqui no Nordeste, acho que não diferentemente do resto do país, podemos conceituar, fazenda de ponta, aquela propriedade de mega-grupos de empresários que durante quase 40 anos saquearam os cofres e decretaram o triste fim da SUDENE, tão bem idealizada pelo paraibano Celso Furtado no governo JK. Quanto ao Flávio, que teceu considerações sobre os cruzamentos em aves e suínos, comparando com o que se pode fazer em gado de leite, vale ressaltar que essas marcas comerciais oriundas de cruzamentos, não são elaboradas para "sobreviverem" e sim produzir a todo e qualquer custo verticalmente, sabendo-se que as margens de remuneração em tais atividades são reconhecidamente baixas e que só a busca pela eficiência produtiva levará qualquer produtor a se credenciar para figurar, não sobreviver, no setor leiteiro de nosso país. Para finalizar, digo-lhe que é tanto preconceito com a maravilhosa condição tropical, que em muitas universidades brasileiras não há nem a chance em a chance de um graduando ou mesmo os pós-graduandos saberem realmente o conceito de vaca especializada. Agradeço, Cleber Medeiros Barreto <b>Resposta do autor:</b> Prezado Sr. Cleber Medeiros Barreto, Agradeço os comentários. Veja o senhor que eu não falei em "fazendas de ponta", mas em "criadores de ponta", aqueles que estudam, se informam, que, acima de tudo, pensam com a sua cabeça, arriscam seu dinheiro e acertam novos caminhos válidos, sendo por isso os pioneiros, os ponteiros, os que marcam rumos. Não gostaria de comentar a respeito do que outros leitores do MilkPoint escreveram, mas da minha parte, acho que a meta para o produtor de leite deva ser ganhar dinheiro para retribuir decentemente seu trabalho e seu investimento, e não apenas sobreviver. Os cruzamentos constituem uma das ferramentas para faze-lo, ao aumentar a eficiência econômica na grande maioria das condições de produção de leite do Brasil. Atenciosamente, Fernando Enrique Madalena |
LEOVEGILDO LOPES DE MATOSJUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO EM 12/12/2005
Parabéns, Professor Madalena!
O Senhor tem toda razão quando afirma que não é o responsável pelos preços do leite praticado no mercado doméstico brasileiro. Tão pouco sobre os preços dos insumos, energia, custos financeiros, máquinas e equipamentos. O caminho para a eficiência econômica não passa mais pela velha equação "produção máxima = lucro máximo" e sim deveria ser perseguida da forma: "nível de produção ótimo = lucro máximo". A ênfase exagerada que normalmente é dedicada à genética e à elevação da produção por vaca, pois produtividade individual é o chavão de forte promoção comercial, não tem levado em consideração dois fatores muito importantes: O primeiro se refere ao balanço estequiométrico e a termodinâmica (transformações metabólicas e fisiológicas que logicamente obedecem a "Lei de Conservação das Massas", de Lavoisiere), isto é, o leite é produto da transformação dos nutrientes consumidos pelo animal. O segundo tem a ver com a Lei dos Retornos Decrescentes, isto é, biologicamente, as respostas marginais vão sendo reduzidas para cada incremento unitário de insumo utilizado, na faixa da curva além da inflexão posterior à fase linear de resposta. Como atividade leiteira deve visar lucro, o ponto ótimo-econômico estará sempre antes do ponto máximo de resposta física ou biológica, principalmente no caso de vacas leiteiras, em que o incremento nutricional necessário para manter maiores produções de leite ocorre à custa da maior participação de forragens conservadas e concentrados, onerando muito os custos da dieta dessas vacas de elevado potencial. O interessante é que nossos produtores que adotaram esses sistemas de produção não admitem que o mundo (mercado) mudou e que eles deveriam se ajustar a essas mudanças. O mesmo acontece com os técnicos que sempre recomendaram "o uso de tecnologia", como se somente esse caminho adotasse tecnologia, e agora não querem perder seus clientes e não aceitam discutir novos rumos. Sempre têm a desculpa de que "cada caso é um caso" e cada situação é bastante particular e ímpar, como o caso dele próprio. "Não doutor, meu custo de produção de milho para ensilagem é baixo, pois no meu caso....". Então eu lhes retruco: "então você está tendo muito lucro com leite". Como réplica me afirmam quase sempre que não, porque o preço do leite está muito baixo. Se o preço do leite é considerado baixo por eles, significa que o custo de produção da silagem de milho (o dele próprio, ímpar, caso particular, etc.) está caro em relação ao mercado. O leite é que tem que pagar a silagem de milho. No mundo todo, qualquer sistema de produção, de pepino a suíno, os produtores usam e se beneficiam da heterose, com cruzamentos e hibridações, exceto na bovinocultura, corte ou leite, em que todos querem ser "criadores" da raça X ou Y, em vez de produtores de carne ou leite. Espero que não seja muito tarde para a grande maioria dos nossos produtores e técnicos se conscientizarem que a função dos nossos produtores não é produzir muito leite e sim lucro. |
FLAVIO BITENCOURTINDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO EM 21/11/2005
É importante para o setor da pecuária de leite mundial, saber que tanto produtores quanto pesquisadores estão se interessando pelo cruzamento. As indústrias suína, avícola e a pecuária de corte utilizam-se das vantagens da heterose para produzirem animais economicamente mais eficientes. Um comentário, ou melhor, uma pergunta para o Prof. Madalena: você acha que o trabalho que o Prof Timothy Olson da Universidade da Florida vêm realizando com a inserção do gene do pêlo curto na raça holandesa e uma opção para o Brasil no futuro?
Flavio Bitencorurt B&D Dairy Greenvile, Florida <b>Resposta do autor:</b> Prezado Flavio Bitencourt, Os trabalhos que o Prof. Olson vêm desenvolvendo sobre o gene do pêlo curto (sleek hair) são da maior importância, porque os animais portadores apresentam maior tolerância ao calor. Ele foi detectado em várias raças, como o Senepol e a Carora, um mestiço da Venezuela. Teremos a honra de ter o Prof. Olson entre os palestrantes convidados no Congressso Mundial https://www.wcgalp8.org.br Já os problemas do Holandês para produzir em condições tropicais são muito mais amplos do que apenas a intolerância ao calor: também há problemas de fertilidade, baixa resistência aos parasitas, menor capacidade de lidar com forragens de baixa qualidade e com níveis baixos de alimentação. Assim, a forma mais barata e prática de se obter animais leiteiros adaptados contínua sendo o cruzamento com zebu, o que certamente poderá ser reforçado com a introdução de genes específicos, como o do pêlo curto. Holandês na Florida só é possível na base do subsidio pesado - até quando durará? Atenciosmente, Fernando Enrique Madalena |
RENATO PALMA NOGUEIRAGUAXUPÉ - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO EM 21/11/2005
Prezado Dr. Madalena,
Começo esta minha humilde consideração sobre o artigo pelo senhor escrito citando o filósofo iluminista Voltaire: "Posso não concordar com uma só palavra do que dizeis, mas lutarei até a morte pelo vosso direito de dizê-lo". De muito venho lendo suas explanações neste site e confesso que muitas vezes me sinto incomodado com a postura agressiva que o senhor defende suas posições. Dirijo esta carta tanto como filho de produtor de leite, como por profissional (zootecnista) envolvido com assistência técnica a produtores de leite. Acho que todo sistema de produção deva ser analisado individualmente, pelas características tanto da propriedade como do proprietário e não apenas por sermos um país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza. Por este motivo fizemos a opção em casa, no estado de São Paulo (e são dois profissionais na área, pois meu irmão é agrônomo) por trabalharmos com animais especializados e em regime confinado, embora tínhamos um sistema de cruzamentos com zebu de longa data. Muitos dos produtores de leite que saíram da atividade no estado de São Paulo citam dentre as principais razões: outra opção agrícola, devido ao valor da terra, em especial cito aqui os arrendamentos para a cana-de-açucar, desinteresse dos filhos em dar continuidade a atividade leiteira e descrença na política leiteira, em especial na falta de um contrato de longo prazo com a indústria onde um preço mínimo pelo produto diminuísse ou até evitasse o risco que qualquer produção com investimento em tecnologia fatalmente teria. O senhor caminha por terreno perigoso quando fala que o sistema de produção adotado no estado de São Paulo com alto uso de insumos é o motivo de insucesso na atividade, porque nunca vi técnico de nenhuma outra área dizer uma coisa destas. O que deve mandar é a velha máxima da relação Custo/Benefício. Também não acho que rebanhos puros devam ser o caminho para todos, embora o foi em casa. Vale lembrar o levantamento do MilkPoint dos Top 100 na produção de leite, ou será que todos que optaram por produção intensiva optaram por perder dinheiro? Também gostaria de dizer que os produtores de leite que fazem uso de altos investimentos em tecnologia pagam muitos impostos por estas tecnologias e por isto merecem todo o respeito de quem atua nos órgãos públicos de pesquisa que são financiados pelo governo, que recebe este rico dinheirinho e os repassam as instituições federais. Respeito todas as opções de produção, acho que todas bem conduzidas podem dar bons resultados. Não acho que a opção em produção com animais mestiços deva excluir a utilização de tecnologia, embora acho que a escolha por rebanhos especializados não tenha a opção nas épocas de crise de deixar de usá-las, o que aumenta e muito o risco da atividade. Acho o seu trabalho com cruzamentos muito importante para a atividade leiteira nacional, mas condeno veementemente a postura agressiva que se refere a quem faz uma opção diferente do que o senhor considera o ideal. Também acho um absurdo liberação de financiamento para compra de animais do Banco do Brasil estar condicionada à certa genética, que deveria ser decisão do produtor e não do banco. O Banco deveria condicionar a liberação do dinheiro a capacidade do produtor em produzir alimento para estes animais ou obrigar o produtor a investir parte do dinheiro liberado a produção de forrageiras para a época seca do ano. Viva a diferença, viva a variabilidade, viva a democracia. Atenciosamente, Renato Palma Nogueira - Zootecnista. <b>Resposta do autor:</b> Prezado Dr. Renato Palma Nogueira, Agradeço seus comentários e a altura com que os coloca, mesmo na discrepância. Vamos aos fatos. Segundo a EMBRAPA, https://www.cnpgl.embrapa.br/, a produção de leite no Estado de São Paulo passou de 1.982 milhões de litros em 1998 para 1.785 em 2003, uma queda de 10%, em quanto que, no mesmo período, o resto do Brasil aumentou a produção em 22%. São Paulo passou de ser o 2o Estado maior produtor de leite da União para a 5a posição. Não vejo como fugir à conclusão que os produtores de leite daquele Estado perderam competitividade frente aos do resto do País. Por outro lado, é claro que a existência de uma tendência geral não exclui que alguns produtores individualmente tenham resultados diferentes. O Sr. cita terra cara, desinteresse dos filhos e descrença na política leiteria com os principais fatores, porém, note, por favor, que os dois últimos motivos se aplicam a todos, não apenas aos produtores de São Paulo. Parece óbvio que, se aí quiserem reverter a saída do leite, deverão oferecer soluções competitivas, mas, também, se insistirem que está tudo bem, os outros Estados certamente ficarão agradecidos. Soluções competitivas implicam em combinação de lucratividade, baixo risco e liquidez, como para qualquer outro investimento (e não apenas a relação custo/benfício). O Sr. parece confundir tecnologia com tecnologia cara, mas, é bem sabido que para qualquer situação dada, há um nível ótimo de insumos, pela lei dos rendimentos decrescentes. Em definitiva, não se incomode comigo, não sou eu que determina o preço do leite, nem as flutuações climáticas, apagões, preço do dólar, aftosa, e tantos outros fatores de incertidumbre que enfrentam os produtores; entretanto, acredito sim que devam ser levados em conta nas decisões, o que favorece os sitemas de gado mestiço a pasto, como o Sr. mesmo aponta. Veja que seria bem mais fácil para mim ficar caladinho no meu canto, sem incomodar ninguém, porém infelizmente acredito que me pagam para tratar de ajudar, que para isso existe a Universidade, e é o que venho fazendo em mais de 44 anos de servidor público, nacional ou internacional, 30 deles no Brasil. Quero crer que se recebo a honra de ser levado em consideração mesmo por pessoas que discrepam com as minhas opiniões, como o Sr., não é por ter me omitido. Mas, afinal, a essência do meu artigo era que se deve pesquisar mais sobre cruzamentos, focando nos aspectos econômicos, e nisso não parece haver discrepância. Atenciosamente Fernando Enrique Madalena PS. Em quanto à sua proclama em prol das diferenças, variação e democracia, embora não acho que venham ao caso, o Sr. não poderia achar alguém mais de acordo. |
Assine nossa newsletter
E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail
|
|
Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.
Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.
MILKPOINT É UM PRODUTO DA REDE MILKPOINT VENTURES
Copyright © 2024 MilkPoint Ventures - Todos os direitos reservados
MilkPoint Ventures Serviços de Inteligência de Mercado LTDA. - CNPJ 08.885.666/0001-86
R. Tiradentes, 848 - 12º andar | Centro
design salvego.com - MilkPoint Ventures + desenvolvimento d-nex