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Para que servem os políticos?

POR JORGE RUBEZ

ESPAÇO ABERTO

EM 19/08/2005

2 MIN DE LEITURA

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Tive a oportunidade de ouvir recentemente, na abertura do III SP Exportação, as palavras de grandes políticos, dentre elas do governador de São Paulo Geraldo Alckmin e dos ministros Roberto Rodrigues e Luiz Fernando Furlan. Todos foram unânimes em afirmar em seus discursos que o crescimento da economia brasileira vai muito bem. O Ministro Furlan foi mais além, disse que quem não investir agora estará perdendo uma grande oportunidade.

O otimismo destas autoridades tem bases sólidas de sustentação, como mostram alguns indicadores atuais da economia brasileira. Crescimento no PIB. Inflação baixa e sob controle. O salário mínimo atual que recuperou o poder de compra. Crescimento extraordinário nas exportações. Crescimento na produção industrial. Crescimento no emprego. O agronegócio continuaria em crescimento não fosse a quebra na safra, mas esperamos que este seja um ano atípico.

Há quem ache que o país poderia crescer muito mais, não fosse como diz o economista Paulo Rabello de Castro, "a economia parece blindada, quando de fato está apenas bloqueada, retida pelo regime de metas de inflação, que a prende no crescimento medíocre".

Olhando a outra face do Brasil, não é a primeira vez que ele vive uma crise política de grandes intensidades como a que hoje todos presenciamos. Tiveram o impeachment de Collor, os anões do orçamento e outras de menor proporção. Alguns políticos consideram que esta é a maior de todas as crises políticas que o país já enfrentou.

Conversando com os produtores, principalmente de leite, sentimos que todos estão insatisfeitos com a situação do setor, mas ninguém associa a crise do agronegócio, e a do leite, com a crise política.

Desta vez a economia está menos vulnerável e o brasileiro continua a sua vida, produzindo, comprando, vendendo, trabalhando a despeito da indignação que vemos nos olhos de todos.

Apesar de tudo que está acontecendo, o governo não cumpre o seu papel. As rodovias, ferrovias, portos e armazéns estão sucateados e o Estado não tem iniciativa nem capacidade para investir, apesar de o governo ter divulgado intempestivamente a liberação de recursos.

O presidente Lula destacou em seu recente discurso o extraordinário resultado da balança comercial, a criação de mais de três milhões de novos empregos com carteira assinada e projetos programados para investimentos superiores a 20 bilhões de dólares. Quem exporta é o governo? Quem dá emprego com carteira assinada é o governo? Quem investe em fábricas é o governo?

Isto me faz lembrar uma antiga fabula. Um dia uma formiguinha, em busca de seu destino, caminhava cansada a beira de uma estrada quando avistou um elefante. Deu com a mão pedindo carona e foi prontamente atendida. Subindo no dorso do elefante, após alguns quilômetros olhou para traz e comentou com o seu benfeitor: veja o "poeirão" que estamos fazendo. O governo age com a formiguinha. Chama para si os resultados positivos conseguidos pela iniciativa privada.

Saí um pouco da minha área que é o leite, que procuro defender com unhas e dentes, mas procurei expressar meus sentimentos não só como dirigente de entidade de classe, mas também como cidadão brasileiro.

Eu sei da importância dos políticos num sistema democrático. Mas na situação em que estamos vivendo (a economia andando sozinha), dá vontade de perguntar: "Para que servem os políticos?".

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EDSON CARLOS POPPI

OUTRO - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 20/09/2005

Sou produtor de leite em Maringá-PR. Me adequei às exigências do Ministério da Agricultura, e hoje estou produzindo com qualidade, mas, nos últimos meses, uma grande rede de supermercado da região inundou o Paraná com leite vindo do Paraguai.



A duvida é a seguinte: quem fiscaliza na origem os produtores paraguaios? É justo os produtores brasileiros de quem é cobrado qualidade concorrer com um produto de manipulação duvidosa?



Com a palavra os políticos que foram eleitos para nos defender em situações semelhantes.
JOSÉ ALMEIDA DE OLIVEIRA

MAJOR ISIDORO - ALAGOAS - EMPRESÁRIO

EM 07/09/2005

Para patrocinar mensalão!
IRACEMA C.P.FOZ

OUTRO - SÃO PAULO - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 06/09/2005

Seu artigo "Para que servem os políticos" coloca um ponto importante que tem passado batido de um modo geral, muito bem ilustrado com a velha fábula da forminha.



Com tudo o que está acontecendo em nosso País, somado ao que já aconteceu historicamente em termos de perdas e danos com muita corrupção, sempre sob a regência de políticos, agora atingindo niveis apoteóticos, nós brasileiros vivemos um tempo absurdo. Causa mesmo mal estar ouvir o presidente da República proclamar resultados positivos como se fossem obras do seu governo, quando são resultados positivos apesar do seu governo.



Agora, diante de tudo isso e do muito que não está sendo feito, precisamos começar a fazer os cálculos do que estamos deixando de ganhar, dos empregos que não estão acontecendo, dos caminhos que não estão sendo abertos para deixar a eficiência e criatividade do setor privado passar... Esta conta pode ser imensa e a sociedade é quem paga e terá de pagar lá na frente, caso esta alienação de chapa branca perdure por tempo demais.



Penso que as lideranças do agronegócio precisam falar, defender a verdade daqueles que produzem empregos e riquezas para o nosso País, manifestar sua justa indignação. Como pudemos sentir nesta sua triste indagação. Afinal, "para que servem os políticos?"



SERGIO CAETANO DE RESENDE

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 29/08/2005

Acho adequado o pensamento de indignação relativo ao papel do Estado, diante da improbidade administrativa e legislativa que vivemos no Brasil. Entretanto, é incabível sequer analisar a possibilidade de vivermos sem os serviços dos políticos. O Estado tem funções públicas próprias que o setor privado não teria condições de executar de forma parcial, como garantir a segurança pública e oferecer os serviços de educação, saúde e habitação aos carentes.



Para mim, o maior problema que estamos vivendo é a transferência de uma imensa riqueza do setor primário (dentro da porteira) para os setores secundário e terciário (indústria, comércio e prestação de serviços), sem causa justa. Assim, em resumo, se explica o aumento de postos de trabalho formais, propagado pelo presidente da República, em detrimento do setor agropecuário.
JOSÉ SOARES DE MELO

MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/08/2005

Prezado Dr. Jorge Rubez,



Tenho acompanhado, há muitos anos, a sua luta em favor dos produtores de leite do nosso país. Uma das grandes dificuldades enfrentadas pelos produtores é lidar com o enorme potencial de crescimento da produção quando estimulado pelo mercado, via preços remuneradores, como aconteceu no primeiro semestre desse ano. A produção cresceu muito e o consumo não conseguiu absorver o excedente.



Por que não criar estratégias de consumo para absorver mais leite, sabendo que nós podemos produzir muito mais leite a um custo imbatível em relação a outros países? Entre essas estratégias, eu citaria duas:



Da mesma forma que na Nova Zelândia, todo sorvete produzido no Brasil deveria conter 10% de nata de leite (creme) e não gordura vegetal hidrogenada como está acontecendo hoje. Além de consumir muito mais leite, teríamos uma expressiva melhoria na qualidade nutritiva para os consumidores de sorvete (principalmente, as crianças). Não nos esqueçamos que o Brasil é um dos maiores consumidores de sorvete do mundo.



Outra sugestão: Por que não fazemos como no Canadá, onde a margarina só pode ser consumida na sua cor original e não mascarada de manteiga de leite com corantes, aromatizantes, conservantes, etc.



Já imaginaram o reflexo de duas medidas desse tipo, no consumo de produtos lácteos no Brasil e na melhoria da qualidade nutricional da população?



Parabéns pela sua luta de muitos anos em prol da pecuária leiteira do nosso país.



José Soares de Melo.

Presidente da COOPERLAT

Piumhi / Minas Gerais.

ROSANGELA ZOCCAL

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 24/08/2005

Sou Fã nº 1 do Dr. Jorge e concordo com ele.



Fico me perguntando, quando é que vamos tomar uma atitude para mudar isso?



O quê fazer para que o povo brasileiro saiba escolher bem seus representantes e não apenas eleger "as formiguinhas"?

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