Dados inválidos!
Verifique suas credenciais e tente novamente: atente-se aos caracteres em
maiúsculo e minúsculo.
Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.
ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
O estreitamento das margens de lucro na produção de leite: tem saída? |
MARIA LUCIA GARCIA
4 |
DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS |
5000 caracteres restantes
INSERIR VÍDEO
Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado. SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe. |
PAULO ROBERTO VIANA FRANCOJUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 25/03/2005
O artigo nos leva a muitos caminhos sobre a produção de leite:
Definir a assistência técnica. Montar um sistema de produção compatível com minha realidade, com animais adaptados às minhas condições e da oferta natural de volumoso (a região de Entre Rios tem problemas de qualidade de solo). Eficiência + escala + qualidade + custo viável = lucro. Esta equação deve ser discutida todos os dias. O lucro da atividade leiteira está ligada a realização completa da equação. Lembramos que preço é ditado pelo comportamento do mercado. <b>Resposta da Autora:</b> Prezado Paulo Roberto: concordo com sua primeira proposição de que não se toca mais nem se monta um sistema de produção de leite sem assistência técnica, seja ela governamental e ou de especialistas profissionais. Sua segunda proposição de montar um sistema de produção de leite de acordo com minha realidade, com animais adaptados às minhas condições de oferta natural de volumoso, com a observação de que Entre Rios de Minas tem problemas de qualidade de terra, etc. - leva qualquer um a concluir que capital, tecnologia, desenvolvimento de recursos humanos, melhoramento genético e recuperação de solo são dispensáveis para montar um sistema de produção de leite. Um negócio hoje cada vez mais complexo, porque todos esses problemas têm que ser resolvidos para que dê lucro. O fato de sobrar dinheiro no fim do mês, não significa que se está tendo lucro - este pode estar escoando pelo ralo da degradação da terra, da baixa produtividade do gado, perda da capacidade de investir para melhorar algumas coisas e consertar outras, cujos efeitos são imperceptíveis no dia a dia mas visíveis ao longo dos anos. Os mais velhos já viram esse filme. A equação que propõe me pareceu simplista como está expressa na combinação de três termos que precisariam ser melhor especificados: a) minha realidade (definida em quais termos? meus, ou do negócio que toco ou pretendo tocar, capital, tecnologia, terra, rebanho, recursos humanos, mercados?) ; b) animais adaptados (a que? a dar mais leite, não pegar carrapato, não adoecer, só comer volumoso em condições de pasto?); c) com oferta natural de volumoso (apenas pasto nativo? ou também o que é plantado, pasto, capineira, cana, milho, sorgo, soja e outros? Complementações estão fora da oferta natural ou ela inclui mistura de farelos protéicos e energéticos, sal e minerais?) A equação de um negócio tem que ser definida em seus próprios termos, não nos meus. Se for nos meus, a decisão é simples: tenho condições de tocar ou montar um sistema de produção de leite para ganhar dinheiro? Posso partir inicialmente do que tenho (capital, terra, gado, etc.), mas apenas partir e não me adaptar. Se fosse me adaptar à terra problemática de Entre Rios, provavelmente não estaria mais produzindo leite, como não estão os que não cuidaram dela, não melhoraram seus rebanhos, não usaram da tecnologia para aumentar sua produtividade. Se o problema de produzir leite dependesse de qualidade da terra, os holandeses não estariam produzindo tão bem nos campos do Paraná, hoje totalmente fertilizados e produtivos. Vale a pena conhecer Arapoti, Carambei, Castro. Não discuto sua terceira proposição, de que o preço é determinado pelo mercado. Discuto que o mercado não é um jogo "natural de forças", como se repete por aí. O mercado é controlado pelos grandes conglomerados industriais e comerciais, ao passo que o produtor de leite in natura , pelas suas características de produção individualizada, em pequena escala e dispersa geograficamente, tem que ser equilibrado e fortalecido por uma regulamentação e uma organização de produção cooperativa que previna a extorsão de sua renda e lucro pela grande indústria e supermercados. Cabe ao MAPA criar através de regulamentação competente, condições para que isso aconteça. No mais, meu abraço. Maria Lúcia. |
HELTON PERILLO FERREIRA LEITELORENA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 22/03/2005
Parabéns Maria Lúcia, excelente seu artigo e boas suas idéias para o futuro.
Também sou produtor de leite, em Lorena (SP), entendo que nossa margem de lucro esteja caindo principalmente pela alta dos preços dos insumos e queda do preço do leite. Já usamos resíduos dos resíduos na alimentação do gado (resíduo de cerveja, resíduo de laranja, o farelo de trigo é resíduo, etc.), aqui quase não usamos milho (terra fraca), fazemos silo de capim napier (comida de segunda). Quanto à união dos produtores: as cooperativas de leite hoje se competem, não cooperam entre si. No Brasil o sistema cooperativo capta cerca de 20 % do leite, no resto do mundo (USA, Nova Zelândia, ...) é o contrário, as cooperativas captam 80 a 95 % do leite. Quanto à divulgação da realidade econômica do setor, é comum que os vários órgãos relacionados com o leite afirmem que o negócio vai de vento em popa, em céu de brigadeiro, tudo bem. Em meados de 2004 a Embrapa - Centro de Pesquisa de Gado de Leite afirmava que o produtor estava ganhando dinheiro no leite, para isto baseava-se em uma sequência de preços de insumos e do leite de cerca de 12 meses. A perda de renda vem de muito mais tempo. O próprio Milkpoint sempre divulga artigos positivos, onde o leite é bom negócio. Quanto aos bancos, não creio ser culpa deles, eles estão com altos lucros, é verdade, mas a soma dos lucros dos 10 maiores bancos do país não alcança o lucro de uma única empresa, a Petrobrás. Note que podemos não usar bancos, mas na produção de leite não podemos não usar combustíveis da Petrobrás. De qualquer modo parabéns pelo artigo Helton <b>Resposta da Autora:</b> Prezado Helton: obrigada pelas palavras de apoio. Seu depoimento confirma a experiência que todos nós produtores termos de ver nossa margem de lucro minguar a ponto de não podermos investir e melhorar o próprio negócio. A não ser via empréstimo bancário que, mesmo a juros mais baixos, representam um ônus a mais para nós, para não falar da exorbitância tributária do governo. Não tenho dúvida de que o cooperativismo tem que se reorganizar urgentemente nos moldes de outros países, exemplos de modernização do setor leiteiro. As alternativas nos paises em que os produtores levam uma vida decente, são claras: subsídio ou organização cooperativa que o permita como produtor acionista, receber mais pelo leite. Pois o caminho é a modernização e a profissionalização do setor, o que implica em vários passos, analisados e demonstrados à exaustão. Por que não são dados, são protelados? Pela mesma razão severina, conluio e complacência com a esperteza e a fraude, que desobrigam nossas lideranças de levar a sério o interesse coletivo. Minha sugestão no artigo foi a de que também pensemos em ações de alcance pontual que complementem nossa renda e tornem sustentável nosso negócio. Concordo com você que há uma distância de vivência e experiência dos produtores e dos que, até com interesse genuíno no sucesso do negócio do leite, pesquisadores, vendedores, empresas, etc., vejam com cores mais róseas a situação real da produção leiteira no Brasil. Uma coisa que me chateia por exemplo, é a transferência absurda de custos para o produtor, baeada na sua fragilidade estrutural que os faz "tomador de preços" e não vendedor de leite in natura, como colocou o Prof. Martins. Ou seja, sua insustentabilidade ou descapitalização, do ponto de vista do agregado tem pouca importância, já que será substituído por outro produtor e assim por diante, até que todos sejam substituídos por mega-produtores industriais (?)... É isso que queremos? O que me aterroriza é a insensibilidade política embutida nesse modo "naturalista" de ver o produtor, quando sabe-se que a esfera dos negócios humanos e o mercado, não tem nada de natural, ocorre no contexto da cultura, ou seja requer decisão e ação das lideranças e dos grupos interessados em mudar a situação. O diagnóstico e as receitas para o setor leiteiro são conhecidos - mas quando virá o "mãos a obra"? |
CLEBER MEDEIROS BARRETOSOBRAL - CEARÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 16/03/2005
Simplesmente esplêndidas e muito lúcidas as colocações feitas pela Sra Maria Lúcia. Para nós entusiastas do negócio é como um grito de ordem, são como postulados que devem ser perseguidos e alcançados.
Realmente existe sim uma verdadeira guerra travada na tal "economia de mercado", onde não os produtos e sim os setores buscam sobrevida através das diversas operações do mercado financeiro. Não precisando muito esforço para entender que num país como o nosso, onde ainda predomina em alto grau o desgoverno generalizado, ou seja, campo fértil para os mercenários do século XXI. Então, é com alegria que vemos o testemunho de uma produtora experiente, preocupada não só com a atividade em foco, mas com o setor primário como um todo, nos dando assim, mais combustível (compreensão) do que é o NEGÓCIO DO LEITE. Finalizando reforço aqui a importância de artigos dessa natureza que contribuem de forma decisiva para a eminente e irreversível profissionalização do setor de lácteos do nosso imenso e grandioso Brasil. <b>Resposta da Autora:</b> Cleber: agradeço suas palavras de compreensão e entusiasmo quanto às idéias que meu texto procurou passar aos produtores de leite. Como produtora e articulista, confio na força da propagação das idéias e do conhecimento para transformar o setor leiteiro num campo de negócios que atraia competência e a realização profissional de mais pessoas. Um abraço, Maria Lúcia. |
PAULO FERNANDO ANDRADE CORREA DA SILVAVALENÇA - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 12/03/2005
Excelente artigo. Concordo em quase tudo com a autora. Apenas em um ponto discordo: verticalizando deixamos a atividade de produzir leite e perdemos o foco. Não podemos compensar um mal negócio (produzir leite) com outro negócio melhor (industrializar o leite produzido).
Parabéns pelo artigo. Paulo Fernando. <b>Comentário da autora:</b> Paulo Fernando: quando sugeri a alternativa de agregação de valor via indústria, tinha em mente casos bem sucedidos que conheço. Intra-porteira: produção artesanal (iogurte, coalhada e leite pasteurizado). Extra-porteira, associação com laticínio pequeno ou de médio porte (fazendas com escala maior de produção de leite). Minha experiência ocorrida há mais de 15 anos, de associação numa pequena indústria, na condição de sócio minoritário, foi negativa, porque ela abandonou seu projeto original que era de agregar valor ao leite dos sócios-produtores. Estes, acharam melhor deixar de produzir e comprar o leite dos outros, impondo ao sócio minoritário as leis do "mercado" da compra de seu leite pelo menor preço. Hoje essa indústria mingua, na mão do sócio não-produtor admitido posteriormente e hoje único dono. Já não consegue fazer face à concorrência. Um desvirtuamento e oportunismo comuns nos negócios de então, menos protegidos pela legislação. Um abraço, Maria Lúcia. <b>Comentário final:</b> Maria Lucia, Nós aqui em Santa Isabel do Rio Preto, RJ, criamos uma Associação, a APLISI, <a href=https://www.APLISI.com.br>www.APLISI.com.br</a>, cujo objetivo principal é viabilizar a produção de leite pelos associados por si só. Em outras palavras, ganhar dinheiro e prosperar produzindo leite, sem ter que se envolver em outras atividades para compensar a falta de rentabilidade da produção de leite. Estamos trabalhando neste sentido e já temos conseguido algum resultado, como contrato anual para a venda do leite com indexadores e compra de cevada com condições pré-estabelecidas. Mais uma vez reitero: apreciei muito o seu artigo. A diferença de opinião aí é só um pequeno detalhe. Um abraço, Paulo Fernando |
Assine nossa newsletter
E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail
|
|
Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.
Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.
MILKPOINT É UM PRODUTO DA REDE MILKPOINT VENTURES
Copyright © 2024 MilkPoint Ventures - Todos os direitos reservados
MilkPoint Ventures Serviços de Inteligência de Mercado LTDA. - CNPJ 08.885.666/0001-86
R. Tiradentes, 848 - 12º andar | Centro
design salvego.com - MilkPoint Ventures + desenvolvimento d-nex