ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

No pós-pandemia

ESPAÇO ABERTO

EM 30/03/2020

2 MIN DE LEITURA

1
1

Por Coriolano Xavier, membro do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) e Professor da ESPM.

A pandemia do novo Coronavírus terá profundas consequências para o mundo globalizado com impactos econômicos, sociais e geopolíticos para todos os lados e para todos. Isso já está meio que unânime em todo o mundo e grande parte desse alarde é porque o primeiro epicentro da epidemia foi a China, que representa 17% da economia mundial, além de maior importador e exportador do planeta. O segundo epicentro foi o coração da União Europeia, que no seu conjunto soma 22% do PIB mundial. E agora o vírus tomou de assalto os Estados Unidos, maior economia do mundo, 25% da riqueza produzida no planeta. Na soma dos três epicentros, temos 64% da PIB mundial. Impossível não assustar e disseminar incerteza pelos mercados.

As projeções internacionais – ainda incertas, porque foram feitas no meio do furacão Covid-19 – reportam queda na economia norte-americana ao redor de 4% em 2020 e crescimento chinês de 3,5% – o que para eles é “pibinho”, já que previam crescer perto do dobro e, nesta década, conviveram com um avanço médio de 7,6% ao ano no PIB. Quedas acentuadas assim no ritmo desses dois países, somadas a desarranjo na economia europeia, podem significar recessão mundial logo adiante. O efeito da pandemia na saúde econômica global entrou no horizonte. E aí já se coloca uma questão estratégica para um Brasil que está entre as dez maiores economias do mundo, país emergente, mas a bordo de uma economia em reforma e que não deslancha.

Na era pós-Coronavírus pode ser que a Ásia melhore a sua posição no tabuleiro geopolítico e econômico internacional. Ótimo para quem tem na China o seu melhor parceiro comercial (como o Brasil). Mas talvez um momento para também fazer exercícios estratégicos: que caminhos construir para reduzir gradualmente a dependência do mercado chinês? Em que outros mercados entrar ou aumentar penetração? E aos acordos comerciais? Tem mais: com a pandemia, já se fala na hipótese de derrota do presidente Trump para um candidato do centro moderado do Partido Democrata. E, se mudar a orientação de Washington em relação ao mundo, os efeitos políticos serão relevantes e, talvez, picantes em alguns quadrantes do planeta.

Como fica o agro nisso tudo? Continuará com seu protagonismo na economia brasileira, mais forte e evidente até, pois o setor de serviços, que representa mais de 65% do PIB, está sendo um dos mais afetados pela pandemia. Contudo, poderá enfrentar as repercussões de uma economia com crescimento praticamente zerado, senão negativo. Choque de oferta e choque de demanda ao mesmo tempo, desenhando um mercado interno sem energia, com fendas sociais e risco de impactos no consumo de alimentos. De outro lado, o agro poderá ser demandado a coliderar a retomada econômica e social pós-pandemia – com espaço para se projetar, perante a sociedade, como elo de modernidade e confiança para a reconstrução do país. Teria que abandonar alguns paradigmas, talvez, mas que bom se não perdesse a oportunidade.

As informações são do CCAS.

1

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

LÍLIAN DAYANE FERREIRA MONTEIRO

SÃO PAULO - SÃO PAULO - ESTUDANTE

EM 06/04/2020

Sim, de fato o setor agro tem capacidade suficiente para demandar a retomada pós-pandemia mesmo porque é um setor que tem investido muito em tecnologia.E intensas pesquisas quebra de barreiras e exportações, no entanto é preciso deixar a timidez de lado e liderar .

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures