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"Deixemos de hipocrisia, para sermos competitivos, ainda há um longo caminho"

ESPAÇO ABERTO

EM 30/07/2019

9 MIN DE LEITURA

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*Por Luis Einar Suñé, médico veterinário

O setor lácteo ainda carece de muita organização para que atinja sua maioridade, neste ponto, atenho-me a comentar apenas as primeiras páginas ou artigos da IN 77. Muito poucos produtores leram esta instrução e sua profundidade na busca de qualificar a produção de leite brasileira. Tal normativa, reúne e involucra o laticínio e seus fornecedores, comprometendo-os de uma forma muito estreita.

É certamente um caminho sem volta para que um dia possamos exportar. Nesta última semana de julho o Mapa anunciou que obteve o sim do governo chinês para que exportemos leite e ou derivados lácteos. Algumas plantas de laticínios já se qualificaram, 24 até o momento, mas pouquíssimas fazendas terão condições para fornecer leite a estas indústrias.

A profundidade das medidas desta instrução, ainda não foi entendida por muitos produtores que imaginam que pelo fato de conseguirem entregar sua produção com CCP (Contagem Padrão em Placas) abaixo de 300 mil e CCS (Contagem de Células Somáticas) abaixo de 500 mil, serão parceiros nas exportações e, talvez obtenham um adicional no valor do leite produzido.

Diante desta situação um tanto recente (mas antiga desde a IN 51 e as muitas protelações da IN62, substituídas pela IN 76 que trata dos laticínios e da IN 77 que abarca produtores e laticínios), tentaremos contribuir, aprofundando de forma simples, o entendimento de alguns artigos. Vejamos:

CAPÍTULO I
DAS DEFINIÇÕES

Art. 2º Para os fins desta Instrução Normativa, são adotados os seguintes conceitos:

I – boas práticas agropecuárias: conjunto de atividades, procedimentos e ações adotadas na propriedade rural com a finalidade de obter leite de qualidade e seguro ao consumidor e que englobam desde a organização da propriedade, suas instalações e equipamentos, bem como formação e capacitação dos responsáveis pelas tarefas cotidianas realizadas;

  • BPA ou Boas Práticas Agropecuárias, seguem manuais publicados, fruto de muitas reuniões e congressos realizados pelo MAPA. Há muita bibliografia disponível no site do mesmo.

ps > vacas que chegam aos currais, por exemplo, ofegantes após longa caminhada até a ordenha e não são resfriadas e descansadas antes de entrarem no fosso, não estão em seu momento ótimo do dia para tanto, isto é correto? Estresse calórico e ou respiratório, não é uma condição fisiológica normal ou é?

  • Leite de qualidade - pode ser avaliado por CPP ou CCS, mas não é só isto, fazendas que possuem instalações que permitem por exemplo, cães, gatos ou aves nos arredores ou até mesmo com acesso ao fosso, comedouros ou demais instalações, não estão inseridas neste contexto. Quantas fazendas cumprem estas regras?

ps > higiene e limpeza da ordenha - o adequado uso e vigilância constante de resíduos que se depositam nos instrumentos de ordenha, deverão estar sob restrita e constante aprovação do técnico do laticínio, pois eles será o primeiro a exigir que a fazenda adapte-se as normas.

ps > a elevação da atual nomenclatura CCP (Contagem Padrão em Placas) ou a antiga CBT, está intimamente vinculada desde a saída do leite da teta, até chegada ao tanque de recepção do laticínio.

ps > ser extremamente rigorosos na higiene e check list dos pontos contaminantes desde as teteiras até a boca de saída do tanque de resfriamentos é uma prática diária que realizamos? Tomaremos as medidas corretivas quando notificados?

  • Vacas que vivem em ambientes com lama, atenderiam as normas para produção de leite em condições adequadas. O filtro de leite da ordenha, pode dar um bom parâmetro para esta conclusão.

Observe que é apenas um filtro e não uma barreira segura para impedir definitivamente que passem muitas sujidades ao tanque. E nas ordenhas com balde ao pé, onde é coado muitas vezes com um pano?

  • Funcionários treinados e capacitados – este item talvez seja o mais nevrálgico das fazendas.

Quantos estabelecimentos promovem um treinamento aos novos funcionários que ingressam? A grande maioria contrata apenas perguntando se ordenha e insemina. Em algumas nem precisa ser inseminador pois usam touros, até de corte, para obter uns gabirus de renda extra. Há um protocolo de controle de doenças reprodutivas na fazenda? Principalmente nas que utilizam monta natural (inúmeras no nosso país).

É comum funcionários sem equipamentos básicos como luvas na ordenha. É comum o uso de ocitocina nos rebanhos (este tema fica para outra oportunidade), devido ao alto grau de sangue zebuíno, onde adrenalina supera ocitocina. É comum funcionários de chinelos de dedo, arriscando machucar-se num ambiente que possui contato com fezes.

Recebemos funcionários novos, com vícios de outras fazendas e os mesmos caem na ordenha, proporcionando não raras vezes, um estrago no rebanho em diversos níveis.

  • Anotações diárias e zootécnicas – este é um item de extremo valor e por mais simples que seja realizado (por meio de uma caderneta), mais possibilitará rastrear algum problema que ocorra na fazenda ou algo grave como uma vaca ordenhada em período de tratamento de mastite.

Sem histórico, como o laticínio poderá afirmar que possui rastreabilidade do seu produto, já que o sistema na base é falho?

Diante das situações acima e muitas outras que poderíamos citar, qual a possibilidade de um laticínio enquadrar-se como habilitado a exportar, se milhares de fornecedores ainda não entenderam que leite não é apenas o que sai da teta de uma fêmea? Vejam que propositadamente não enumeramos nenhuma medida que envolva investimento alto, são controles operacionais obrigatórios de ora em diante. A situação é enquadrar-se ou sair do setor. O consumidor exige cada vez mais, saber como e onde é produzido o alimento que está disposto a adquirir.

O produtor de leite, está disposto a entrar neste caminho de excelência?

Os laticínios precisam desenvolver este senso de parceria através de seus departamentos técnicos e de qualidade. Para estes há um custo e a responsabilidade com a IN 77. O Mapa delegou este cargo aos laticínios, a obrigatoriedade de conhecer profundamente seu fornecedor. O início da cadeia se viu muito mais comprometida. Será inevitável o estreitamento das relações do produtor com o laticínio e muito mais a cumplicidade em favor da qualidade. Dito isto, vamos a outro tema, que como profissional médico veterinário, me preocupa sumamente:

CAPÍTULO II
DO ESTADO SANITÁRIO DO REBANHO

Art. 3º A sanidade do rebanho leiteiro deve ser acompanhada por médico veterinário, conforme estabelecido em normas específicas e constar nos programas de autocontrole dos estabelecimentos.

Art. 4º As atribuições do médico veterinário responsável pela propriedade rural incluem:

I – o controle sistemático de parasitoses;
II – o controle sistemático de mastites;
III – o controle de brucelose (Brucella abortus) e tuberculose (Mycobacterium bovis), respeitando normas e procedimentos estabelecidos no Regulamento Técnico do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal.

  • Vejam que o Mapa coloca no colo dos profissionais veterinários particulares ou dos laticínios, a responsabilidade deste atestado negativo. No momento, o próprio Mapa não possui dados seguros de incidência ou prevalência de ambas as enfermidades, pois há 16 anos não temos um relatório. Como devemos agir diante deste tema?

Sabemos que não há nenhuma menção ou atitude para minimizar o prejuízo de uma fazenda que se encontre sanitariamente em dificuldades. Não há verba indenizatória para produtores que desejem realmente contribuir com o novo Brasil exportador. Como profissionais, ao detectar e comunicar ao produtor que ele possui animais enfermos com uma ou outra zoonose, temos contra nós, dificuldades extremas:

- Primeiramente, ser o porta-voz de uma péssima notícia pois muitas vezes o produtor não teve culpa de haver abrigado tais doenças na fazenda;

- Estigmatizamos a propriedade e produtor, pois a notícia corre como raio, além do fato que sempre permanecerá a desconfiança sobre os animais e a fazenda como supostos possuidores ou transmissores de doenças, fato terrível para qualquer empresa;

- Como são doenças de responsabilidade pública, em virtude de haver um Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose – PNCEBT, através de IN 77, coloca-se novamente nos braços dos técnicos e laticínios esta carga pesada.

Não entendo como justa, muito menos correta a transferência pura, simples e abrupta deste ônus, sem um plano de ressarcimento aos envolvidos. É um tema sério, que já abordamos em reuniões onde estavam representantes do Mapa, Agrodefesa e demais órgãos envolvidos na cadeia pecuária, sem contudo obtermos resposta satisfatória.

Art. 5º É proibido o envio a qualquer estabelecimento industrial o leite de fêmeas que, independentemente da espécie:

I – pertençam à propriedade que esteja sob interdição;
II – não se apresentem clinicamente sãs e em bom estado de nutrição;
III – estejam no último mês de gestação ou na fase colostral;
IV – apresentem diagnóstico clínico ou resultado de provas diagnósticas que indiquem a presença de doenças infectocontagiosas que possam ser transmitidas ao ser humano pelo leite;
V – estejam sendo submetidas a tratamento com produtos de uso veterinário durante o período de carência recomendado pelo fabricante; ou
VI – recebam alimentos ou produtos de uso veterinário que possam prejudicar a qualidade do leite.

  • Por princípio e de acordo a IN, 100% dos animais das fazendas deveriam possuir atestado negativo para ambas enfermidades ou os laticínios não deveriam receber a sua produção. Entendi mal o Art. 5º?

Vamos aos fatos corretos e verdadeiros: encararemos as dificuldades a nossa frente ou seguiremos no limbo da escuridão, tateando meias verdades? Quem vai pagar algumas contas como estas que podem nos levar ao nível de um Brasil exportador?

Art. 6º O estabelecimento deve manter, como parte de seu programa de autocontrole, o plano de qualificação de fornecedores de leite, o qual deve contemplar a assistência técnica e gerencial, bem como a capacitação de todos os seus fornecedores, com foco em gestão da propriedade e implementação das boas práticas agropecuárias.

  • Mesmo que os laticínios implementem seus departamentos técnicos e de relacionamento com seus fornecedores de leite, quantos estarão dispostos a seguir regras internacionais de BPAs e corrigirem os rumos dos processos internos das fazendas ou melhor quantos conseguem conceber a profundidade que tais medidas trarão ao país? Há cultura e entendimento sólidos para a consolidação do plano liberal e exportador destes novos tempos?

Art. 7º Para obtenção da matéria-prima em condições higiênico-sanitárias adequadas, devem ser adotadas boas práticas agropecuárias, conforme descrito pelo estabelecimento em seu plano de qualificação de fornecedores de leite, o qual deve estar incluído no programa de autocontrole da matéria-prima.

  • Novamente temos neste artigo as BPAs.

Deixo aqui alguns pontos para reflexões e nossa preocupação com o adiantado das negociações e as dificuldades em consolidar programas que são base para que estejamos em tão curto prazo colocando os 1,2 ou 1,4 milhão de produtores de leite na competição internacional.

Ainda não temos um sistema sólido de produção, a produtividade animal é pífia como média, existem desinformações propositais no mercado, o espírito associativista ou cooperativista deixa muito a desejar, por fim ainda persistimos com um jugo pesadíssimo de impostos de toda sorte sobre nosso produto final.

Cremos piamente que o atual poder executivo nacional nos tornará competitivos, ao aliviar esta carga pesada do estado.

A divulgação massiva de informações sobre pontos ainda não elucidados, a preparação do produtor de leite para tornar-se um empresário, a quebra de paradigmas culturais que engessam o crescimento, serão necessárias para que os ventos novos possam encher as velas desta nau e nos levar a ser bons de fato na arte de mungir, uma das razões para sermos felizes e buscar eficiência.

Quem vai atirar a primeira pedra?

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ADEILSON CARDOSO FERREIRA

JI-PARANÁ - RONDÔNIA - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 22/09/2019

Enxergo tudo isso com mais otimismo, talvez por sempre trabalhar na ponta (assessoria) e em uma região do país onde a atividade leiteira está no seu divisor de águas. Filho de produtor e hoje produtor, vejo que a responsabilidade de produzir com qualidade é sim de produtores lógico que acompanhado por informações técnicas. Mas e as informações de onde partem? E daí que surge as mais variadas teorias e até mesmo o jogo de empurra empurra. Enquanto você, que está inserido no setor que ocupa hoje, não deixar de lado essas teorias de responsabilidades e fizer sua parte, mesmo que mínima, não vamos chegar a lugar algum.
Perdoem minha opinião é peço que olhem tudo isso com empatia. As recentes IN's serão o divisor se águas e também o ponta pé inicial pra transformamos a atividade, caso contrário talvez a tão falada importação virá como opção. Em diversas palestras escuto as mais variadas desculpas sem ao menos terem iniciado alguma atividade para transformar a realidade dos produtores, sem no mínimo escutar as necessidades e projetos dos mesmos. Já me surpreendi várias vezes com produtores sedentos por informações e totalmente dispostos a transformar sua propriedade por entenderem que o problema não é preço pago é sim produtividade.
ANDRÉ GONÇALVES ANDRADE

ROLIM DE MOURA - RONDÔNIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/08/2019

Quem vai atirar a primeira pedra?

Vou atirar e esconder a mão!
Aposto muito mais em nos tornarmos novamente grandes importadores de leite. Aliás, importadores nunca deixamos de ser. A China ou qualquer outro país tem ofertas de leite mais barato e com "qualidade" para comprar. Não temos competitividade nem pra atender ao nosso próprio mercado. Alguns nichos, talvez. Mas essas andorinhas "nichos" não fazem verão. Será que os produtores profissionais conseguirão oferecer leite às indústrias a um preço em torno de U$ 0,25 a U$ 0,30 cents? Lembrando, que todo lado técnico e da qualidade são fundamentais. Mas muito mais que isso, é necessário ser economicamente competitivo. Isso não é nem uma pedrada, é uma tijolada para o setor!
LUIS EINAR SUÑE DA SILVA

ANÁPOLIS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 09/08/2019

André. Vc tem razão. Precisamos tirar o peso do estado dos ombros do produtor e este por sua vez buscar junto com a indústria o caminho do leite de qualidade e por preços competitivos internacionalmente.
LUIZ ROBERTO SCARANTE STOCCO

PIRAQUARA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/08/2019

Muito bom o texto acho que é muito importante a produção por qualidade mais vejo muita resistência por parte de alguns produtores pois até hoje só se ve cobrança e não se tem preço acho que o caminho para melhorar a atividade é esse mais ainda se tem algumas barreiras para enfrentar
LUIS EINAR SUÑE DA SILVA

ANÁPOLIS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 09/08/2019

Boa Tarde Luiz Roberto. Os produtores que não encararem gestão para ter preço de produção adequado e relegar a qualidade do que produz ao segundo plano, estará fora do mercado antes que perceba.
NELSON JESUS SABOIA RIBAS

GUARACI - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/08/2019

Quem vai fiscalizar??
LUIS EINAR SUÑE DA SILVA

ANÁPOLIS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 09/08/2019

Boa Tarde Nelson. Fiscalizar é função do estado - MAPA. Entretanto cada um deve fazer sua parte e produzir conscientemente. Somos responsáveis por entregar alimentos seguros ao consumidor. Quem não pensa assim não faz parte deste elo da cadeia.
MARI A HELENA KODEL

GUARATINGUETÁ - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/08/2019

Artigo bárbaro
LUIS EINAR SUÑE DA SILVA

ANÁPOLIS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 09/08/2019

Obrigado Mari. Nosso setor está correndo para a pecuária 4.0. O mundo exige que sejamos rápidos.
JOSÉ FERNANDES

BARBACENA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/08/2019

Produtor de qualquer área econômica só investe se tiver dinheiro em caixa. Caso contrário, nem mesmo multas ou pressões de qualquer natureza o fará se mexer. E mais fácil para um empreendedor o abando do seu negócio do que o investimento a duras penas. Sem valorização no momento da venda não há razão para produzir. É fato. Então falar em treinamento de funcionário, contratação de técnicos e consultores, pråtica de inseminação artificial, construção de instalações exclusivas para gado bovino, gastos com análises cllnicas e com exames labiratoriais periódicos e outras tratativas que exigem aplicação de recurso monetårio só e vålido e perfeitamente compreensível quando se tem retorno de dinheiro. No mais é chover no molhado. Ademais, no Brasil, produtor que realmente faz a diferença é aquele de pequeno porte e quando muito de medio porte. E aquele jå comprometido em produzir com eficiência dentro de suas possibilidades e dentro daquilo que o mercado lhe oportuniza. Exigir e não dar suporte para que a exigência seja alcançável é o mesmo que não exigir.
LUIS EINAR SUÑE DA SILVA

ANÁPOLIS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 09/08/2019

Caro José. Concordo em partes com suas ponderações. Nossa fazenda é uma indústria de alimentos e sem capacitação, tecnologia, eficiência e gestão, nunca o produtor perceberá onde está seu gargalo pois vive no "achômetro". Se não medir não consegue timar atitudes acertivas. Antes de reclamar, temos que tentar fazer o ótimo dentro da porteira. Existem sim, muitas ações que não demanda investimentos e que promovem uma visão muito mais adequada do nosso negócio leite. Lhe cito apenas um exemplo: - Quantos produtores vc conhece que anotam e classificam as despesas ou gastos diáriamente para uma análise mensal. Existem planilhase programas free para colaborar na gestão. Se pudesse dar um conselho este seria o primeiro. Notar tudo, disciplinadamente. Quer outro: - Busque um bom técnico para a gestão e lhe proponha um contrato de ganha:ganha, reparta ganhos com ele, se o sujeito for bom, aceitará. Lhe asseguro.
GABRIEL CARDOZO DE ALMEIDA LARA

SÃO GONÇALO DO RIO ABAIXO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 01/08/2019

Luis, excelente artigo!
LUIS EINAR SUÑE DA SILVA

ANÁPOLIS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 09/08/2019

Valeu Gabriel. Vamos para onde o leite nos dará muito orgulho. É caminho sem retorno.
ORLANDO NOVAIS

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 31/07/2019

Penso que, se conseguirmos atender a tudo isso poderemos vender o leite in natura, sem pasteurização diretamente ao consumidor como acontece em vários estados do USA
LUIS EINAR SUÑE DA SILVA

ANÁPOLIS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 09/08/2019

Excelente sugestão.
ROSANA DE OLIVEIRA PITHAN E SILVA

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 31/07/2019

Ótimo artigo. Temos que enfrentar a realidade do país e não tapar o sol com a peneira.
LUIS EINAR SUÑE DA SILVA

ANÁPOLIS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 31/07/2019

Boa tarde Rosana. Temos que andar em frente e buscar o melhor para o nosso setor. Este status sanitário, ainda é uma incógnita, principalmente no que tange a brucelose e tuberculose. O MAPA precisa agir e encontrar uma forma de contribuir, sem prejudicar ou quiçá retirar da atividade alguma fazenda que não tem culpa de possuir estas enfermidades. Temos fazendas que há anos não adquirem animais e apresentam alguns positivos para ambas doenças. Eles não se dão apenas pela entrada de contaminados por compras, os vetores são inúmeros e é isto que devemos discutir através do MAPA. Eliminar animais, muitas vezes pode eliminar uma fazenda do mercado, financeiramente ou moralmente, pois a estigmatiza verdadeiramente. Esperemos soluções eficientes. Abs
LUIS EINAR SUÑE DA SILVA

ANÁPOLIS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 09/08/2019

Rosana. Vejo que agora é pensar positivo e entender que fazendas de leite devem ser levadas na ponta do lápis. Chega de vitimismo e buscar abrigo em ajudas e ações que não sejam efetivas. Gestão é a palavra de ordem. Ter a fazenda como uma indústria e não onde se explora vacas. Quem não entender assim e não buscar escala, ou vai para dentro do fosso numa economia familiar de subsistência ou salta para cima do ponto de corte e se torna um empresário do leite.
CLEBER PITTER WEBER SCHORR

ROQUE GONZALES - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 31/07/2019

Perfeito na sua abordagem Luis..
Estamos a muito tempo "tapando o sol com a peneira", e agora que a conta chegou, ninguém quer pagar ela, ou melhor, tivemos muito tempo para nos adequar as novas normas e não o fizemos, agora "corremos atras do tempo perdido", e não alcançaremos mais "o cavalo encilhado que passou", só resta olhar para o vizinho que a muito tempo se preparou, se qualificou, se adequou, se profissionalizou, e agora vai "colher os frutos" (parabéns para ele), não adianta "chorar o leite derramado", ou melhor, pelo leite ruim, não vais conseguir comercializar ele, você "ficou no tempo"..
LUIS EINAR SUÑE DA SILVA

ANÁPOLIS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 31/07/2019

Meu amigo. Vivemos novos tempos neste país, chega de dizer meias verdades. Sim, temos as doenças no nosso rebanho leiteiro e precisamos fazer com que o PNCEBT, seja proativo rapidamente. Os laticínios receberam a missão de atestar o relacionamento com os fornecedores. Qual técnico tem o poder de obrigar uma fazenda a realizar os exames? O MAPA deveria tornar estes exames obrigatórios á todos os produtores, ficalizar as leituras e checar aleatóriamente e sem aviso os exames e relatórios dos credenciados. Solicitar que todo e qualquer abatedouro com fiscalização, forneça diáriamente um relatório de animais abatidos e possuidores de lesões tipicas de TB. Após realizar exames nestas fazendas que tiveram indivíduos positivados. Se esta fazenda possuía resultados totalmente negativos, avalia a situação e se for o caso, descredencia o técnico. Há meios, vejo que estão evitando que possa vazar m.... no ventilador.
RODRIGO THOMÉ

CARANGOLA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 31/07/2019

Muito bom,parabéns pelo texto,muito se quer do produtor,mas não dão suporte pra isso acontecer,e ainda tem os tais "paradigmas culturais".
LUIS EINAR SUÑE DA SILVA

ANÁPOLIS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 31/07/2019

Rodrigo. Precisamos ser céleres nos avanços, mas neste sentido o MAPA, não está dando o respaldo para os técnicos cadastrados no PNCEBT e muito menos aos produtores que desejem sanear seus rebanhos, O tamanho do susto ao receber os laudos de Brucelose ou a leitura da Tuberculina, ninguém tem a menor idéia.
Precisamos definir uma política para estas zoonoses, o produtor não pode arcar com mais este ônus.
Os animais contraem tais enfermidades por inúmeras formas e vetores.
Erradicá-las é competência do estado, ou pelos menos ajudar para minímizar o prejuízo que pode ser enorme.
Fala-se entre 20 e 30% de animais contaminados. Não sabemos pois há muitos anos, não há dados ou monitoramento divulgados pelo MAPA. Sabemos o que ocorre ao nosso redor e as notícias veladas que nos chegam. Algumas alarmantes.
BRUNO VICENTINI

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 31/07/2019

Muito bom o artigo! Menciona pontos/hábitos negativos que são comuns em várias regiões.
Penso: "quando estes problemas serão encarados de frente e, quando o foco será a busca de soluções e não de desculpas"?
Não há dúvida de que o produtor de leite é um "guerreiro". Mas, se essa "batalha diária" fosse realizada de forma mais técnica (Veterinária/Agronomia/Zootecnia) e com mais gestão (Administração), ela seria menos cruel e mais fácil de ser vencida.
Sem dúvida, que um espírito cooperativista, de divisão de custos e potencialização de lucros, nesse momento de mudanças, seria benéfico. Mas como incentivá-lo? Como alterar o foco de visão de problemas para um foco de busca por soluções?
LUIS EINAR SUÑE DA SILVA

ANÁPOLIS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 31/07/2019

Bruno. Vc tratou de pontos que compartilho, incluindo vírgulas.
Precisamos profissionalismo na fazenda, temos tarefas fáceis de resolver, mas outras que demandam investimentos e ou connhecimentos técnicos.
Nem todos os produtores conseguem alavancamento próprio ou bancário, mas muitos procedimentos intra-porteiras podem e devem ser feitos. O que já melhoraria muito.
Permita-me citar só alguns: - Nutrição, Conforto, Bem Estar, Anotações Diárias e lançamentos numa planilha ou programas de gestão ( necessita disciplina para isto, poucos possuem ), Gentética especializada ( uso de raças para leite provadas genomicamente ou por progênie - detalhe o Brasil não tem touros provados nacionais. A grande maioria ou foi o dono que disse que ele é provado ou a central de venda de sêmem que colocou a tarja de Provad, para vender - já vi touros com 100 filhas em 4 rebanhos com o símbolo de provado, é um assinte a nossa inteligência ). Outro detalhe, vc não prova touros cruzados, ele é hererozigoto e as leis da genética definidas por Mendel, há mais de século já mostraram. Deixemos de hipocrisia e acreditar em Papai Noel ou Saci Pererê. Quem não estiver alinhado com as ordens mundiais, pode estar na estatística daqueles que a cada 7 minutos deixam a atividade. Leite é para quem se profissionalizou e saltou para cima da linda de corte.
Vamos exportar, sim, mas questões como as que abordamos no artigo, precisam que técnicos, produtores e neste caso o MAPA, estejamos alinhados.
Abs
EM RESPOSTA A LUIS EINAR SUÑE DA SILVA
BRUNO VICENTINI

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 31/07/2019

Obrigado pelo retorno Luis! De fato, muitos produtores irão abandonar a atividade e, isso é lamentável! Uma frustração minha é ver isso acontecer e, saber que em muitos desses casos, uma mudança de visão do produtor, bem como a adoção de procedimentos intra porteiras fariam com que o mesmo permanecesse na atividade e lograsse êxito.
No entanto, é preciso querer e, aí que a frustração cede espaço à esperança. Os produtores que encararem a atividade de uma forma profissional, daqui para frente, encarando os desafios e buscando soluções, que em alguns casos serão "doídas" e necessárias, tem grande chance de prosperar e evoluir juntamente com a atividade!
Mais uma vez, obrigado e sucesso!

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