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China: consumidores globais, vontades iguais

ESPAÇO ABERTO

EM 22/03/2019

2 MIN DE LEITURA

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Por José Luiz Tejon Megido, mestre em Educação Arte e História da Cultura pelo Mackenzie, doutor em Educação pela UDE/Uruguai e membro do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS).

Todos temos uma ideia aproximada da expansão da China, que cresce, em média, 9,7% ao ano desde 2000. A China tem quase 100 firmas dentre as 500 maiores do mundo, e tem o 2° maior Produto Interno Bruto (PIB) do planeta, em busca de ser o primeiro.

A participação do país na agricultura, que era de cerca de 30% no passado, hoje é de 9%. Mas, mesmo assim tem um gigantesco crescimento do seu agribusiness, com empresas, aquisições e um consumo interno de alimentos e bebidas, na casa de US$ 2 trilhões, quase um PIB do Brasil somente no consumo interno de comida e bebida.

A população da China de um bilhão e trezentos milhões de pessoas era predominantemente rural, e hoje metade está no campo. Significa 600 milhões de pessoas nas cidades chinesas.

A outra metade precisa ser mantida e suportada em micro e pequenas propriedades rurais com baixíssima produtividade, o que então obriga o governo chinês a taxar produtos de outros países, para que possa haver a mínima condição competitiva para micro e pequenos produtores chineses.

Mesmo assim, no setor de hortaliças, frutas, legumes, pescados e especiarias, a China tem conseguido exportar cerca de US$ 95 bilhões, ficando cabeça a cabeça com o total das exportações brasileiras.

Neste mês nos reunimos com especialistas e estudantes chineses do Master Science Food & Agribusiness Management da Audencia Business School, de Nantes, na França.

Eles nos trouxeram um dado curioso e muito provocativo para os negócios e as estratégias de marketing no mercado chinês: 75% dos consumidores chineses não confiam na qualidade e na saudabilidade dos produtos industrializados na China.

Escândalos como o leite com melanina, baby food industry em 2008, a explosão de uma planta química em 2015 e a elevada poluição leva um moderno consumidor, que se transformou em poucos anos, à busca de um padrão de produtos premium, que quer marcas globais e reconhecidas internacionalmente por qualidade e saudabilidade.

Imagine se apenas 20% da população chinesa, num padrão de classe média para classe A, vivesse em busca de produtos premium? Falamos de 260 milhões de pessoas que estariam dispostas a pagar mais pela percepção de melhores produtos.

Dessa forma, quando temos pela frente como país exportador o nosso Brasil, que enfrenta taxas de impostos que elevam o preço dos nossos produtos na China, como frangos e suínos, por exemplo, vemos que precisamos nos preparar para os enfrentamentos das guerras comerciais.

Fica aqui a questão: Sabemos fazer marketing? Sabemos vender os produtos brasileiros para todos os stakeholders envolvidos, e não apenas os compradores importadores?

Claro que não sabemos, ou melhor, tem muita gente que sabe sim. A questão é que os talentos brasileiros de marketing não foram ainda convocados para a linha de frente dessa verdadeira guerra pelas percepções dos consumidores mundiais.

Afinal, desde 1979 a Coca-Cola foi lançada no maior mercado comunista do mundo, a China. Isso diz algo?

75% dos consumidores chineses preferem marcas e produtos importados. A guerra comercial pode ser travada acima de meia dúzia de negociadores. Uma poderosa luta por corações e mentes de pessoas globalizadas e com muitos desejos comuns, muito mais comuns do que Karl Marx ou Mao Tsé-Tung um dia imaginaram.

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