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Boi de corte em vaca leiteira: uma aventura perigosa

ESPAÇO ABERTO

EM 17/06/2003

2 MIN DE LEITURA

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Atualizado em 28/12/2020

Alguns programas de governo que têm recomendado a utilização de touros de corte para cruzamentos de vacas leiteiras estão trazendo grande preocupação para pesquisadores que trabalham com melhoramento genético no Brasil.

Na opinião do chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Duarte Vilela, "ao usar os machos de corte em matrizes de leite, nossos produtores buscam reduzir custos, mas estão colocando em risco um trabalho intenso de 25 anos de pesquisa na busca de aprimoramento genético de nossas raças leiteiras".

No Brasil são ordenhadas atualmente 18 milhões de vacas para uma produção total anual de 21,3 bilhões de litros. Segundo dados da Embrapa, o rebanho leiteiro nacional é composto de 6% de vacas especializadas com produção média de 4.500 kg/lactação e 74% de vacas mestiças holandês x zebu, com produção média de 1.100 kg/lactação. O restante das vacas são animais sem qualquer especialização genética e produzem em média não mais que 600 kg de leite em cada lactação.

Com a atual produção leiteira no Brasil, é fácil concluir que o rebanho especializado é responsável por 4,8 bilhões de litros e o segundo grupo, das vacas mestiças especializadas, responsável por 14,6 bilhões. As vacas sem especialização produzem o restante do nosso leite.

Os melhoristas admitem uma perda média em produção de leite de 50% nas filhas de vacas especializadas, quando cruzadas com touros de corte. No rebanho mestiço essa perda chega a 25%. Nos rebanhos sem aptidão para leite, ao se cruzar os animais com touros de corte espera-se não fazer diferença na produção.

Levando em conta estes dados, os pesquisadores calculam as perdas de produção de leite que chegam a ser assustadoras em função do tamanho do prejuízo que um acasalamento ou inseminação sem critérios pode causar para nosso setor leiteiro.

Observe as simulações feitas pelos pesquisadores da Embrapa Gado de Leite, considerando três hipóteses:

 

 

  1. Todas as vacas dos rebanhos especializados e dos rebanhos mestiços acasaladas com touros de corte por uma geração;
  2. Metade das vacas especializadas e todas as do rebanho mestiço acasaladas com touros de corte.
  3. Metade de todas essas vacas acasaladas com touro de corte.

Na primeira situação, após cinco anos (o prazo para encerramento da lactação das filhas produtos destes cruzamentos), o País terá perdido seis bilhões de litros de leite, ou seja, quase 30% da produção atual. "Um prejuízo de R$ 3 bilhões nestes cinco anos", conforme Duarte Vilela.

Na segunda e terceira hipóteses as perdas seriam, respectivamente, de 5 e 3 bilhões de litros em cinco anos, "um prejuízo médio de R$ 4 bilhões para os produtores e para o País, sem contar a perda do valor de mercado destes animais" segundo o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite. Ele cita ainda que "o maior problema de tudo é que a recuperação do potencial genético original da raça poderia levar mais de vinte anos, considerando uma taxa anual de reposição de 20%". Vilela conclui seu raciocínio com uma preocupação: "será que esta aventura genética vale a pena?"

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GUILHERME ARCANJO

GOVERNADOR VALADARES - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/04/2020

Aqui na roça mexemos com vacas girolando de alta qualidade genética.. quando queremos bezerras de leite inseminamos pra substituir as mães no futuro.. nos demais anos usamos touro de corte pra tirar bezerrada pra abater.. eu acho que não tem perigo nisso: continuamos a genética alta de leite quando precisa e tiramos bezerros de corte pra ter um lucro a mais!! Oque vocês acham ?
ANGELA MAIA

ITAÚNA - MINAS GERAIS - ESTUDANTE

EM 10/05/2021

Oi Guilherme Araujo, tudo bem?
Estou preparando meu TCC em Medicina Veterinária com esse tema, gostaria muito te ter informações sobre o resultado deste cruzamento, posso entrar em contado com você?
MATHEUS PEREIRA

EM 30/05/2023

Ent pode cruzar boi de corte com nelore e angus com vaca leiteira girolanda?
GUILHERME ARCANJO

GOVERNADOR VALADARES - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/04/2020

Bom pelo que eu vejo meu pai fazendo aqui em Minas Gerais é o seguinte: quando ele quer tirar bezerras leiteiras pra utilizar no futuro ele faz inseminação de genética.. nos demais anos usa um touro de corte pra tirar bezerrada pra cria recria e engorda porque não tem espaço na propriedade de todo ano tirar bezerrada de leite!! Tira a quantidade que quer substituir as mães e depois só bezerro e bezerra pra uso de abater! Não vejo perigo nisso, ele segue melhorando a genética leiteira quando precisa e ganha seu lucro nos outros anos com bezerros de corte.. qual opinião de vocês ?
BRENO

VAZANTE - MINAS GERAIS

EM 12/02/2020

Mesmo sendo a matéria um tanto quanto debatida a anos como vemos é dos idos de 2003, ainda é atual, visto que a realidade das pequenas propriedades, pouco mudou pra quem não tem recursos para investir em tecnologias e melhoramento genético, bem, vamos lá, então é um tanto complexo a questão de colocar boi de corte em rebanho leiteiro, mas como diz um amigo e ex-vizinho de propriedade, a matemática é um tanto quanto complicada e diferente da de quem já está equipado e com capital para investir, ou seja, quem ja tem plantel formado de leite, não compensa a aventura de colocar boi de corte em vaca leiteira, mas quem ainda está formando o rebanho pode ser uma alternativa, o que se faz nesse caso??, o produtor visando aumentar a renda com bezerros e bezerras cruzados, que após a desmama são vendidos a um valor que se aproxima do dobro de um cabirú, e com isso aumenta a renda da venda de bezerros e vai substituindo as vacas com aquisição média de 20% do rebanho, ou seja, vende 20% de vacas de descarte incorpora á renda dos bezerros e assim, faz a renovação do rebanho, comprando a vaca ou novilha ja produzindo ou prenhe, isso sempre buscando adquirir de rebanhos reconhecidamente leiteiros, supre tranquilamente a necessidade da fazenda sem prejudicar o rendimento, se tenho 100 vacas, vendo 20 e compro 20, se conseguir 80 bezerros(as) vendo-s e tenho renda, em muitas vezes superior a que eu teria só produzindo bezerros gabiru e bezerras pra substituição de vacas, então quando se tem menos tecnologia faz-se esse sitemama, agora se ja tem potencial para inseminar, criar animais com maior capacidade de alimentação etc, ai é viável a inseminação ja com semem sexado. é complexo mas cada propriedade deve se adequar ao que se tem apra não falir.
MAIKON DOUGLAS FARIA

MIRANTE DA SERRA - RONDÔNIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/08/2019

Será q o cruzamento entre vacas girolando e un boi senepol será que e uma boa ideia
RICARDO STOPPE JUNIOR

EM 26/06/2018

Tenho vacas girolandas e inseminei com Guzerá leiteiro do Humaitá e do Rabi , os machos q nascerem servem para engorda ? E as fêmeas chegam a 18 litros já q as mães produzem mais de 20?
JOSE AMADO NOIVO

UNAÍ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/07/2003

Gostei da matéria publicada pela Embrapa Gado de Leite. Acho que é um retrocesso a utilização de reprodutores de corte no nosso já deficiente rebanho de leite. O produtor de leite tem que, efetivamente, com eficiência, produzir leite.

Convenhamos: pouco leite combinado com corte sem escala resolve o quê?
ELISEU ROBERTO DE ANDRADE ALVES

OUTRO - DISTRITO FEDERAL - PESQUISA/ENSINO

EM 30/06/2003

Gostei muto do artigo da Embrapa Gado de leite. Não sei como possa existir gente que recomende semente, geneticamente, inferior. A semente, no caso do leite, está no touro. É uma conspiração contra os produtores mal informados, geralmente pequenos produtores e pobres. Os avançados não se deixam levar por informações sem boa base científica, e vão comprar as propriedades dos que acreditaram na mensagem a que se refere o artigo da Embrapa, aliás, muito bem feito.
Eliseu Alves
REGINALDO AMARAL

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 30/06/2003

A respeito da polêmica levantada pelo artigo do Dr. Duarte Vilela,Embrapa-Gado de Leite, tenho a dizer que, em Minas Gerais, não existe nenhum programa de Governo, que incentiva a utilização de touros de corte em vacas puras especializadas para leite e, muito menos, é claro, a utilização das possíveis filhas deste cruzamento como vacas produtoras de leite.

Aparentemente a informação chegou errada ao articulista, o que é lamentavel. Minas tem sim um programa suportado em informações, em que a maioria delas são oriundas de pesquisas realizadas e publicadas pela própria Embrapa, com animais mestiços e sobre suas potencialidades para a produção em regíões com limitações.

O Programa não é excludente e nem impositivo a ninguém.
Incentiva a especialização por estratos de produção (apoiando o incremento de raças puras e a busca contínua do seu potencial produtivo, através do melhoramento genético (rebanhos Núcleos) oferta de animais meio-sangue HZ (rebanhos multiplicadores) e, a especialização na produção de leite no estrato comercial (rebanhos comerciais).

A utilização do touro de corte é sugerida apenas nesse estrato comercial e portanto nas matrizes mestiças e, tanto os bezerros como as bezerras, são descartados do sistema de produção à desmama para recria, engorda e abate.

A reposição é feita com aquisição no mercado, nos rebanho multiplicadores. Há efetivamente um incremento de renda no sistema de produção pela venda desses animais pela qualidade que têm.

Como se pode observar, vai atuar exatamente naquele segmento não especializado (74% e 6% do rebanho nacional) citado no artigo. Como as meio-sangue e quem interessar as 3/4 são reconhecidamente boas produtoras de leite (resultados de pesquisa mostram isto), não se espera evidentemente redução na produção de leite, com o crescimento da utilização desses animais melhorados no grande volume representaivo da produção de leite no país, pelo contrário.

Por outro lado, se houver necessidade, o que parece pouco provável, a proposta permite ampla flexibilidade para o retorno
de touro europeu sobre as mestiças, retornando àquela variabilidade de graus de sangue nos sistemas e a produção dos famosos gabirus, de baixo interesse comercial, cujas recria e engorda, são antieconômicas, como algumas pesquisas também demonstraram.

Reginaldo Amaral
Epamig - MG
JOSÉ ALBERTO DA SILVEIRA

MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/06/2003

De fato é um tema intrigante. Não tenho coragem de viver esta experiência. Mas tenho duvida se, para o corajoso, não seria compensada a diminuição do leite pelo aproveitamento do macho. Afinal, ainda não encontramos uma solução prática e comercial para os machos. Carne de vitelo ainda não é um mercado de fato. Produzo 2.000 litros/dia, e não tenho coragem de colocar sêmen gir em minhas holandesas.
MIGUEL BARBAR

FRUTAL - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 27/06/2003

Se eu entendi toda a série de comentários sobre o artigo acho que fica clara a preocupação com a pouca preocupação com o material genético leiteiro. Agora as considerações sobre o porque de seu surgimento é que ficaram bem exemplificadas nas cartas do Paulo, Fernando, Névio e Rui, quando mostraram que economicamente falando, o produtor de pequeno e médio porte, dependente da venda das crias para fechar o seu ciclo produtivo, se viu aliciado de parte da renda que obtinha devido a desvalorização de parte de seu rebanho (pois na pecuária de corte não houve valorização do plantel específico para corte mas sim desvalorização do não específico pelos Frigoríficos).Com isso o produtor de leite vem tentando encontrar maneiras de sobreviver. A idéia de cruzamentos com Touros de corte pode ser uma alternativa temporária. Acho mais conveniente, como já foi citado tentar entrar no "cruzamento industrial lácteo"(zebuíno x europeu leiteiro). A bezerrada não é de se jogar fora não.
PAULO ALVES ARAUJO CARDOSO

OUTRO - MINAS GERAIS - ESTUDANTE

EM 24/06/2003

Bem, realmente é um risco se falando em genética, mas temos que lembrar que o pequeno produtor não tem condições de recriar. Então, usa touros de corte para que os bezerros sejam uma fonte de lucro para ele. Obrigado.
HÉLIO VAZ DE REZENDE FILHO

SÃO JOÃO DA BOA VISTA - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 23/06/2003

Gostaria de parabenizar o Sr. Duarte Vilela pela coragem em admitir que alguns orgãos governamentais preconizam a destruição do Patrimônio Genético que os criadores levam anos para construir.

Devemos levar, através do Melhoramento Genético, nosso rebanho a ocupar espaço entre os maiores produtores do mundo e não gerarmos uma perda de 6 bilhões de litros a cada geração, levando cada vez mais nosso homem do campo a ser um produtor e não um extrativista.
JOSÉ HUMBERTO DE SOUZA

JARAGUÁ DO SUL - SANTA CATARINA - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 23/06/2003

Gostaria somente de trazer mais um alerta no que se refere a este tipo de cruzamento. Trabalho para uma prefeitura municipal e esta prática aqui era bastante comum, pois o serviço de inseminação em parte era prestado por um terceiro o qual não tinha a preocupação com melhoramento.

Este ano, implantamos um programa novo onde pequenos agricultores irão receber inclusive inseminação gratuita, porém a orientação dos acasalamentos será feita por um técnico e os critérios de inseminação são orientados no sentido da pureza racial independente da raça em questão.

Humberto - Med. Veterinário da secretaria de agricultura de Jaraguá do Sul
FERNANDO ENRIQUE MADALENA

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 21/06/2003

Se o artigo se refere à proposta do governo de Minas, está deturpando-a. Que eu saiba, ninguém está propondo tirar leite e filhas de touros de corte, pelo contrário, o que se quer é abatê-las, fazendo a reposição com novilhas F1 de raças européias x zebu leiteiro. Esta proposta está calcada em pesquisas da própria EMBRAPA-Gado de Leite mostrando ser o F1 o cruzamento mais rentável para a grande maioria das fazendas na faixa tropical. Como os produtores já sabem disso, tem muita gente inseminando vacas Holandesas com Gir o Guzerá leiteiro.

Quando morei no Reino Unido tive oportunidade de apreciar como lá os produtores de leite inseminavam as piores vacas com touros de corte, para abate, e as melhores vacas com touros leiteiros, para reposição. O procedimento é antigo e não tem nada de estranho.

Quanto à simulação, quem pode acreditar que os produtores que estão inseminando matrizes leiteiras com bois de corte irão usá-las para tirar leite? E isto feito em todo o rebanho nacional? Não dá para levar a sério.
ANTÔNIO CARLOS DE SOUZA LIMA JR.

GOIÂNIA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 19/06/2003

Caro Dr. Duarte e melhoristas da EMBRAPA,

Muito oportuno esse alerta.

É preciso que essa decisão imediatista daqueles envolvidos com o setor produtivo seja melhor calculada pois parece ser uma prática muito difundida no Brasil e isso irá ter efeitos danosos ao nosso Agronegócio leiteiro. Em Goiás e no Pará esse cruzamento é, sem dúvida, bastante frequente nas fazendas de produção de leite.

Os eventuais ganhos com a venda de um bezerro o qual, aliás, consome muito leite até a desmama, não compensa o "sacrifício econômico" de ordenhar uma vaca sem nenhuma aptidão para leite.

Valeria a pena um artigo mostrando que é uma ganho ilusório ao empresário, já que não tem matrizes leiteiras em quantidade suficiente para se fazer a reposição.

A. Carlos de Souza Lima Júnior
RUI DA SILVA VERNEQUE

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 18/06/2003

A simulação mencionada no artigo apenas examina os impactos no volume de leite produzido supondo-se o uso de touros de corte (touros com valor genético nulo ou até negativos para produção de leite) no rebanho nacional. Naturalmente que não foi intenção do artigo abordar questões de mercado, razões pelas quais levam aos produtores a tomarem a decisão de uso de touros de corte (não leiteiros) para cobrir a vacada, etc. É importante observar que existem alternativas, talvez bem razoáveis, que podem auxiliar aos produtores na produção de animais mestiços de bom valor de mercado, sem, no entanto, radicalizar tanto. Uma alternativa seria usar touros Gir ou Guzerá leiteiros. Esta opção poderia gerar produtos F1 ou próximo ao 1/2 sangue, aproveitando bem a heterose, mantendo bom nível de produção de leite e com produtos, especialmente machos, com bom valor de mercado.

A matéria, ao nosso ver, procura tão somente, mostrar os riscos e/ou perigos para a produção de leite, pela utilização não planejada de touros de corte no gado de leite.

Na realidade, a atividade leiteira precisa ser examinada mais profundamente e as decisões tomadas de forma planejada.

Rui
LUIZ JOSE DA MATTA SOBRINHO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/06/2003

Sinceramente não sabia que esta orientação partia do governo. Se assim for, está prestando um deserviço aos pecuaristas e ao País. Ou se tira leite ou se produz carne. O girolando já é uma média.
JOSÉ MENDES BATISTA

OUTRO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 18/06/2003

Concordo em parte com a opinião/constatação da Embrapa.
Trata-se de algo muito interessante, desde que, naturalmente, sejam observadas outras etapas do processo, como por exemplo:

a) O produtor pode optar por cruzar apenas parte do seu rebanho leiteiro com reprodutor de corte. Dessa forma, pode garantir a reposição natural do seu plantel ou até um eventual incremento, caso isso seja desejado. Nesse caso, basta aumentar a cobertura de vacas com touro leiteiro;

b) A reposição seja feita pelos chamados "matrizeiros", que são produtores especializados na produção de matrizes. Nessa hipótese, os animais desses matrizeiros seriam responsáveis pela reposição dos demais produtores. Os produtores que optarem por adquirir de terceiros as matrizes para repor ou aumentar seu rebanho poderiam utilizar exclusivamente touro de corte e assim, vender o total de suas crias (machos e fêmeas).

c) As crias oriundas desse cruzamento (leite e corte) são mais rústicas, o que reduz bastante a mortalidade.

O cruzamento sequencial leva necessariamente a uma especialização (a não ser que comece o vai e vem com reprodutores de corte e leite, o chamado efeito sanfona).

Necessariamente, também, esse processo requer aumento de tecnologias, investimentos em alimentação melhor, etc. Essas condições, juntamente com o nível de empresariamento requerido, normalmente, não estão ao alcance dos pequenos produtores, ai vem a "derrocada" da atividade.

Desse modo, esse cruzamento pode não ser tão assustador assim.
NEVIO PRIMON DE SIQUEIRA

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 17/06/2003

Combater a prática de cruzamentos de boi de corte em vaca leiteira, é como dar somente anti-térmico a um indivíduo com uma infecção grave. Se combate o sintoma e não a causa.
Essa é uma prática que muitos criadores "encontram" para tentar permanecer no mercado de leite por mais um tempinho. Ele acaba vendendo melhor os bezerros de corte do que os machinhos leiteiros, que nem eram criados, e em algumas regiões, até as femeas de corte têm mercado mais firme que as leiteiras, que acabam sendo vendidas pelo peso, e certamente pesam menos que as concorrentes rechonchudas.

O que fazer??

Talvez uma política para o setor leiteiro seja uma solução, pois ninguem quer investir o capital hoje para amanhã ter um produto sem liquidez e com o mercado atual de leite, pouca gente está preocupada em aumentar seus plantéis.

O investimento mais procurado hoje em rebanhos leiteiros é contratar uma boa leiloeira para liquidar o plantel.

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