ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Barbárie inveterada

POR MAURÍCIO PALMA NOGUEIRA

ESPAÇO ABERTO

EM 21/02/2005

6 MIN DE LEITURA

18
0
Há uma luta desleal sendo implantada no Brasil. Uma luta covarde, parcial, endossada por representantes do Governo; uma luta que, aos moldes das cruzadas medievais, é abençoada por alguns poucos religiosos, que fazem parte de uma minoria do clero que é desatualizada, preconceituosa, irresponsável, alucinada e radical. Que moral temos para falar dos atos radicais que assistimos em outros cantos do mundo?

Tomam partido, nesta luta, intelectuais de bibliotecas, cujos ouvidos estão fechados para outros pontos de vistas. "Estudiosos" que nasceram com opiniões formadas, construídas a partir do raciocínio de pensadores que viveram no século XIX, ou mais tardar no início do século XX. Uma alucinação diplomada, com mestrado e "pós doctor"!

Os verdadeiros trabalhadores do campo, que constroem uma nação, não querem luta. Querem apenas trabalhar, seguir em frente e ter condições de fazer o que sabem. Na melhor das hipóteses, querem ser reconhecidos. Se bem, que mesmo que não o sejam, continuarão batalhando, pois foi assim até hoje.

Este debate volta à tona depois dos lamentáveis acontecimentos dos últimos dias.

O bárbaro assassinato da freira missionária Dorothy Stang, no Pará, exige uma reflexão da sociedade. Não há justificativas, não deve haver perdão, não há motivos para amenizar a punição dos responsáveis. Crime é crime. Deve ser julgado e, severamente, punido conforme as leis brasileiras.

No entanto, é preciso refletir e buscar meios para se evitar que outras atrocidades sejam cometidas, que outras vítimas tombem e evitar que o Brasil realmente caminhe para a brutalidade. Além dos culpados pelos crimes, pois não foi um ato isolado, é preciso enquadrar os responsáveis, anular as suas ações e, assim, evitar que fatos como este se tornem constantes.

Maurício Petrosino, leitor do jornal "O Estado de São Paulo", levantou uma questão interessante na edição de 15 de fevereiro de 2005. Ao somar o assassinato da freira com o cárcere, tortura e morte dos policiais militares de Pernambuco, uma semana antes, Petrosino pergunta se tais vítimas não seriam reflexos da tal luta de classes, conclamada há anos por diversas entidades do país. E quais são estas entidades?- O MST e todas as outras que o apóiam.

O leitor, em sua exposição consciente e fundamentada, lembra que numa luta há vítimas. O que será que os irresponsáveis, que vivem conclamando levantes, esperariam como resultados de uma "luta"? Paz e amor?

O caso de Dorothy gerou repercussão muito mais ampla que o assassinato do PM pernambucano, torturado e morto por membros do MST. Se a repercussão tivesse sido a mesma, assim como a prometida urgência de ações das autoridades, será que o assassinato de Dorothy poderia ter sido evitado? Nunca saberemos.

Membros do alto escalão do Governo disseram que o assassinato de Dorothy é um desafio às autoridades e que não ficará impune. Ora, todo assassinato, ou qualquer outro tipo crime, é um desafio às autoridades.

No entanto, o maior desafio às autoridades é quando o criminoso avisa antecipadamente sobre os seus crimes, zomba das autoridades, conclama a violência e levantes populares. Atropela os poderes, especialmente o judiciário, quando julga, condena e aplica a sentença. Essa é a rotina do MST.

Veja a notícia da fundação da escola do MST, veiculada pelos jornais em meados de janeiro de 2005. Na inauguração, segundo a agência Reuters, João Pedro Stédile defendeu a ocupação de terras produtivas, dizendo se tratar de "um direito legítimo pela sobrevivência", mesmo que isso cause problemas "políticos".

Seu discurso seguiu inflamado, gerando aplausos o tempo todo, a cada delírio proferido pelo líder insano: "Essa escola é para tomar o poder para os trabalhadores. Para que os companheiros transformem o conhecimento científico em instrumento de libertação e não de exploração, como eles fazem".

"Os nossos inimigos são os latifundiários, o imperialismo, as multinacionais, os banqueiros, a exploração capitalista e a ignorância", disse ele. "Contra esses nós lutamos."

O que pasma é que todas estas declarações foram feitas sob a silenciosa aprovação do ministro Miguel Rossetto, representante legítimo do Governo, que aprova uma escola perturbadora da paz em solo brasileiro.

Uma escola que cita, idolatra e segue os ensinamentos de ditadores que fizeram de seus Governos verdadeiros banhos de sangue, perseguição e atrocidades contra os habitantes de seus países.

Hugo Chávez, presidente da Venezuela, um dos citados por Stédile, veio ao Brasil, conclamou levantes por ser belicista, revolução, ódio aos norte-americanos e todo tipo de barbaridade que possa ser proferida por um governante irresponsável. Foi muito aplaudido ao discursar num acampamento dos Sem Terra, aproveitando a sua visita ao Fórum Social Mundial, realizado em Porto Alegre.

Menos de quinze dias depois, o presidente brasileiro, em encontro com o colega venezuelano, fazia eco às críticas contra o Governo norte-americano.

De fato, a história de violência que toma conta do campo é contada pelas vítimas, pelos assassinos e pelos instigadores. Os assassinos são os que praticam o ato, os instigadores são os que contribuem para esta situação.

Dom Tomás Balduíno, o clérigo do preconceito, com sua miopia histórica, insiste em culpar o agronegócio pela violência. "Onde floresce o agronegócio aumenta a violência" (Folha de São Paulo, 14/02/2005).

Com sua ignorância absoluta, esquece-se que as roupas que veste, a hóstia e o vinho de suas preces e quase tudo que o circunda é fruto do esforço de quem está no agronegócio, labutando no campo. Desconhece também que não fosse o ganho de produtividade do agronegócio nos últimos 40 anos, o mundo precisaria desmatar mais de 1 bilhão de hectares para produzir o alimento que é produzido atualmente.

O padre do preconceito também não aceita a realidade de que o agronegócio é responsável por 35% do PIB (Produto Interno Bruto). Ao contrário do que pregam estas ideologias "modernas" de quase 200 anos atrás, estima-se que o agronegócio seja responsável por 40% a 50% da geração de empregos no país, segundo estimativa baseada em estudo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Mas, é evidente que existem responsáveis por este caos que pode tomar conta do campo. Os responsáveis são os ignorantes, despóticos, baderneiros e falsos intelectuais que passaram a vida incentivando a "luta" contra o "sistema" e agora, em cargos que exigem responsabilidade, continuam sectários e dando suporte a atos de banditismo.

Sim, banditismo já denunciado diversas vezes pela mídia. Há meses que o engenheiro agrônomo, ex-presidente do Incra, Xico Graziano vem denunciando que os acampamentos do MST viraram refúgios para foragidos, gatunos e maus elementos que se apóiam na ausência de leis que tomam conta destes acampamentos. São verdadeiros feudos independentes da legislação brasileira.

Onde tem bandido é de se esperar que haja violência, assassinatos, crueldades e outros abusos.

Os policiais de Pernambuco, a missionária Dorothy Stang, diversos desempregados, agricultores funcionários e empresários que se vêem envolvidos em conflitos são as grandes vítimas desta situação.

São abatidos pela intolerância, pela violência incitada por líderes distantes, pelo medo e pelo oportunismo de bandidos que buscam a impunidade em movimentos intocáveis pela justiça e defendidos por parte das autoridades.

Os responsáveis por esta situação são aqueles que incentivam a violência, que divulgam números mentirosos sobre fatos, que ludibriam a sociedade fazendo-a acreditar numa utopia impraticável.

O atual Governo foi eleito para governar num regime democrático, buscando o bem para a população do país. O povo brasileiro não elegeu um Monarca, mas sim um presidente para defender os interesses do país.

Não interessa à sociedade as demagogias internacionais, acordos politicamente corretos, demonstrações de anti-americanismos e outros desvios de foco quando representantes da nação brasileira se encontram em situações de negociação.

Interessa que os interesses brasileiros estejam em primeiro plano, que o Governo crie condições para o desenvolvimento, bem estar social, geração de empregos. Está na hora de Governar com seriedade.

A incitação de violência deve ser severamente punida, para se evitar a concretização da violência. Não cabe, em pleno século XXI, espaço para delinqüentes convocarem levantes nos meios públicos. Um pouco de ordem faria bem ao Brasil, já tão combalido.

MAURÍCIO PALMA NOGUEIRA

18

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

MAURÍCIO PALMA NOGUEIRA

CASA BRANCA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 03/03/2005

Agradeço a todos os leitores que se expressaram elogiando ou enriquecendo o artigo que escrevi sobre os conflitos no campo.

A Scot Consultoria contribui com a Agripoint (Milkpoint e Beefpoint) desde sua fundação em 2000.

Escrever sobre tal este tema é fácil, pois é impossível desagradar o público alvo que acompanha o site.

Mas, como foi muito bem colocado por diversos leitores, este raciocínio e estas informações deveriam chegar ao grande público, à sociedade. Esse esforço, no entanto, é obrigação de todos nós e não apenas de um ou outro articulista, como o Xico Graziano vem fazendo.

Melhorar a imagem do empresariado rural é fundamental para todo o agronegócio e faz parte do marketing. Todos os problemas que enfrentamos advém da má imagem que a sociedade tem da figura do fazendeiro. Uma sina que precisa ser reescrita.

Andando de norte a sul no país, nos deparamos com diversos proprietários de terra mal intencionados ou criminosos, mas são uma minoria no meio rural. Se a maioria não fosse composta de trabalhadores honestos e empreendedores, o agronegócio não estaria onde está; não produziria os resultados que produz.

Existem padres pedófilos, médicos que dopam mulheres e crianças para se aproveitar delas, advogados que tomam todo o patrimônio de pessoas menos esclarecidas com apenas uma pernada, estudantes que metralham espectadores em um cinema, juízes que matam vigias de supermercados pelas costas, enfermeiros que assassinam pacientes no hospital para "vender" o corpo a funerárias e diversos outros crimes feitos por profissionais diplomados. Nem por isso generalizamos a integridade dos demais profissionais pelos atos isolados de uns poucos criminosos.

É justo uma classe inteira de trabalhadores pagar pelos atos de alguns criminosos de sua profissão? Pois é isso mesmo que acontece com o empresariado rural. Por quê no campo é diferente?

Está na hora da sociedade apoiar o progresso e a ordem. Fazê-la enxergar a verdade é função nossa.

Um forte abraço e obrigado a todos que participaram.

Maurício
AMAURY CORREA DA SILVA JUNIOR

CERQUEIRA CÉSAR - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 02/03/2005

Seria imperioso que o Governo Federal apurasse com a mesma presteza e estardalhaço internacional o assassinato dos policiais militares de Pernambuco, perpetrado pelo MST.

O Ministro da Justiça, filho do grande fazendeiro e político Diogo Bastos, deveria ser imparcial e não só ameaçar os verdadeiros fazendeiros. Aliás, é bom definir: fazendeiro é quem trabalha, dá emprego, paga impostos, e principalmente paga seus empréstimos bancários, caso contrário é que retiram dinheiro, não aplicam na terra e não pagam, fecham as agências bancárias até a dívida ser perdoada pelo Governo Federal.
GODOFREDO JOSE RANGEL NADLER

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 02/03/2005

Prezado Amigo,

Concordo com a posição de que a Igreja vem tomando partido em questões que não lhe dizem respeito, e muitas vezes, sem olhar o outro lado das coisas.

Mas a pergunta que faço é uma: é justo termos em algumas regiões fazendeiros que também pensam como no tempo do coronelismo, no mesmo século XIX?

Também tenho uma pequena propriedade e tenho muito medo de certos radicalismos do MST. Não concordo com o movimento pois a maioria do pessoal é ' bucha de canhão' e só alguns é que terminam se dando bem.

Mas, tomar terra dos outros a força é crime e não tem desculpa de ser grande produtor e produzir.

Infelizmente, uma minoria de coronéis disfarçados suja a imagem do produtor e para estes, acho que os rigores da lei deveriam ser aplicados.

Lembro apenas que a condição social e educacional do país está chegando em ponto insustentável e como se mostra a história das nações, é nessa hora que o povo se revolta e aí, não há rico, pobre, arma, canhão, armadura e nem igreja que resolva.

Está na hora de deixarmos de cada um olhar apenas asua porteira e começar a pensar no mundo lá fora...


<b>Resposta do autor:</b>Prezado Godofredo,

Saudações! Obrigado pela pergunta, pois é um prazer responder a algo que eu sentia até bem pouco tempo atrás.

Venho de família de proprietários rurais e fiz engenharia agronômica na "Luiz de Queiroz", em Piracicaba.

Pelos diversos debates que temos em universidades, muitas vezes saímos confusos, acreditando que na média os produtores rurais ainda sejam oligarcas. O que me confundia ainda mais, era que eu vivia uma realidade que não correspondia à imagem desenhada por diversos especialistas das universidades. Todos os produtores que eu conhecia eram muito trabalhadores, acordavam antes do Sol sair e relaxavam depois do Sol se pôr. Nas horas de folga, falavam de suas fazendas, de sua vida. Eram pessoas de valor.

Percebi então que a imagem tão deturpada do empresariado rural vinha de acadêmicos de disciplinas urbanas. Mesmo quando ensinavam nas escolas agrárias, eram pessoas sem conhecimento nenhum do meio rural. É irônico, mas intelectuais acabam tirando conclusões preconceituosas do empresariado rural olhando para o período da escravidão. E, hipocritamente, os mesmos intelectuais defendem uma posição de que todos tem que ter a mente aberta, perceber e entender o novo, as mudanças, evoluir, enfim...

Essa má imagem é mantida pelos programas de televisão e por um paradigma passado de geração a geração de professores de ciências humanas do nível secundário. É má informação, é realmente uma imagem deturpada.

Existem sim proprietários de terra que ainda agem como coronéis, mas graças a nós, brasileiros, hoje são uma verdadeira minoria.

Muitos têm pensamentos radicais, mas desde que estes pensamentos não virem ações, que mal tem? Estamos num país democrático. Pensar é direito; respeitar é dever.

Hoje tenho convicção para defender, irrestritamente, a classe do empresariado rural brasileiro, pela experiência que acumulei visitando e analisando mais de 250 empresas rurais ao longo dos últimos 8 anos. Fora a experiência dos demais de minha empresa.

Além de tudo, a Scot Consultoria ministra cerca de 80 palestras anuais, participando de debates em diversas regiões do país. Até hoje, conhecemos apenas dois "fazendeiros" que se enquadravam na má imagem divulgada do empresariado rural. E olha que trabalhamos com a pecuária de corte, atividade que teoricamente agregaria os oligarcas, coronéis.

Portanto, ainda existem alguns coronéis. Em algumas regiões são mais comuns, regiões que não apontarei para não prejudicar a imagem dos bons (que mesmo assim são a maioria) que trabalham de maneira exemplar nestas regiões.

Em todas as profissões existem pessoas de má índole, pessoas ruins, pessoas de mau caráter. O empresariado rural não foge dessa regra. Portanto, respondendo à sua pergunta: Realmente não é justo que a classe responda por uma minoria.

Mas o que é menos justo ainda é que essa minoria seja muito menor do que pensamos. Mais injusto ainda é saber que mão de obra informal - tão comum nos grandes centros - é considerada escravidão no campo. Por quê a diferença?

Vou transcrever uma parte de meu agradecimento aos que comentaram meu artigo no MilkPoint.

"Existem padres pedófilos, médicos que dopam mulheres e crianças para se aproveitar delas, advogados que tomam todo o patrimônio de pessoas menos esclarecidas com apenas uma pernada, estudantes que metralham espectadores em um cinema, juízes que matam vigias de supermercados pelas costas, enfermeiros que assassinam pacientes no hospital para "vender" o corpo a funerárias e diversos outros crimes feitos por profissionais diplomados. Nem por isso generalizamos a integridade dos demais profissionais pelos atos isolados de uns poucos criminosos.

É justo uma classe inteira de trabalhadores pagar pelos atos de alguns criminosos de sua profissão? Pois é isso mesmo que acontece com o empresariado rural. Por quê no campo é diferente?"

Sendo assim, acredito ser de grande urgência que o empresariado rural trabalhe para mudar estas imagens, este preconceito. Os proprietários de terra, assim como qualquer outro profissional do país, que cometem delitos ou crimes devem ser julgados e punidos, quando culpados, de acordo com as leis brasileiras.

Não cabe ao MST, não cabe ao ministro do desenvolvimento agrário e não cabe à Igreja (e olha que fui coroinha). Temos que fazer a justiça brasileira valer, senão entramos num caos.

Concordo com suas posições finais. Realmente precisamos ser mais cívicos. Porém essa é uma obrigação de toda a sociedade e não apenas dos profissionais do campo.

Um grande abraço e, novamente, obrigado pela participação.

Maurício

TURÍBIO MENDES BARBOSA

SÃO PAULO - SÃO PAULO

EM 01/03/2005

Este é o mundo real em que vivemos. Quando paramos para analisar, concluimos que estamos vivendo um pesadelo, embora a ideologia de vida seja outra. Assim como em outros campos, podemos comparar essas atrocidades como "virus sociais" cujo objetivo é destruir.

Quanto aos nossos governantes e responsáveis por tudo, alguns envolvidos com a ilegalidade, outros fingindo de mortos, etc, não tomam as providências necessárias para colocar ordem na casa, ou porque não querem, ou não tem capacidade, ou não rendem votos para a próxima eleição. Enquanto isso, o produtor que tem sua terra e vive dela está se defendendo de invasores, juros altos, clima, etc. Este é o verdadeiro herói desta história.

Do outro lado estão o MST & Cia, sistema financeiro, banditismo, etc, agindo como predador da própria espécie. Podemos dizer que é a eterna luta do Bem contra o Mal.

Infelizmente temos que nos defender, utilizando as armas que temos. Que Deus nos ajude.
MANOEL MOREIRA DA SILVA

OUTRO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 28/02/2005

Muito bom o artigo, é a pura realidade. O autor apenas esqueceu de mencionar viagens inúteis, e consequentemente gastos inúteis do dinheiro público, para visitar ditadores insanos como Fidel Castro e Kadafi, que nada tem a contribuir com o desenvolvimento e melhoria das condiçães de vida de nosso país.

<b>Resposta do autor:</b>

Prezado Senhor Manoel,

Obrigado pelas palavras e pela participação.

Na verdade, não foi esquecimento. Se eu fosse listar tudo de inútil que está sendo feito, provavelmente acabaria o artigo apenas na próxima década.

Brincadeiras a parte, a situação é terrível e preocupante. Um dia após escrever o artigo, abro o jornal "Folha de São Paulo" e deparo com a notícia de que o MST mantinha, e ainda manteria, "preso" um motorista que passou correndo pela estrada, e quase atropelou os "companheiros". Não sei o que é mais ridículo. Acharem que a estrada é lugar de "companheiros", definirem limites de velocidade (se o motorista passasse correndo, como eles o prenderiam?), prender um cidadão ou isso sair no jornal, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

Aliás, sobre as visitas a ditadores, isso ainda terá peso negativo para a economia do país. É só esperar para ver, com calculadoras em mãos.

É fogo, quase que literalmente!

Bom, na Scot Consultoria, para não perdermos nosso foco, precisamos evitar emitir muitas opiniões, pois temos que nos ater aos fatos de mercado, administração e economia. De vez em quando, é impossível manter silêncio. Sobre este assunto, daria para escrever um artigo por dia.

Um forte abraço

Maurício

BENEDITO CARLOS CALEGARI MALUTA

CASA BRANCA - SÃO PAULO

EM 28/02/2005

Parabenizamos o autor que, mais uma vez, põe o dedo em uma ferida aberta, com muita lucidez e oportunidade.

Benedito Maluta
HENRIQUE ALMEIDA MIRANDA

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 28/02/2005

Sinto-me necessariamente apoiado em minhas convicções, já que é lastimável o Governo apoiar um "insano" que proclama a violência para impedir a viabilidade de bens de produção, acusar o agronegócio, a geração de empregos e o superávit na balança comercial.
OCTÁVIO FERREIRA DA ROSA FILHO

GOIÂNIA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 27/02/2005

Concreta e verdadeira a reflexão feita neste artigo. É uma pena que artigos como este não tenham circulação nos meios de massas, apenas em meios com este, onde conhecemos a realidade das coisas e vemos nossa imagem de produtor ser distorcida a cada dia mais na mídia.
LUIZ RENATO GARCIA

OUTRO - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/02/2005

Achei bastante esclarecedor seus comentários. Também bastante oportuno para o momento que atravessamos. Parabéns.
JOSE MANUEL C. MENDONÇA

CASCAVEL - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 25/02/2005

Parabens pelo artigo, de brilhante lucidez. No ano passado se realizou em Foz do Iguaçú um congresso dos fiscais do trabalho. João Pedro Stedille foi palestrante convidado com honras. Estranho, não?
FERNANDO FERREIRA PINHEIRO

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL

EM 24/02/2005

Reforma Agrária, será que todos que a defendem sabem o que ela significa?

Que a reforma é necessária não se tem dúvida, que o crime contra a freira americana no Pará deve ser esclarecido e os culpados punidos também todos concordamos, mas quantas pessoas morreram e morrem no Pará por conflitos de terra, e o caso dos PMs o que vai virar e os "líderes do MST" que são procurados por crimes cometidos?

A reforma agrária é necessária sim, mas com verdadeiros trabalhadores rurais e não "sem terra", pessoas envolvidas com interesses políticos e nada mais que manipulam uma massa que em sua maioria não sabe o que realmente é ser um trabalhador rural.
ANTONIO DA SILVA

RIBEIRÃO PRETO - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 24/02/2005

Até quando prevalecerá o comportamento de líderes de movimentos reacionários, inconseqüentes, fomentadores de ações que culminaram com a morte de policiais, que além de mortos foram torturados, e a execução de uma idosa que dedicava a vida aos menos favorecidos pela sorte, como conviver com um movimento que até pode ser justo, mas aceita em seu meio, pistoleiros, procurados pela justiça etc.

Espero que a reação das áreas governamentais não seja somente para se contrapor com o noticiado pela imprensa, e sim, um posicionamento para fazer justiça através de uma punição que sirva de "Desmotivação" para que fatos como estes não se repitam.

Mauricio Palma Nogueira, parabéns pela consistência do seu artigo.

Antonio da Silva
CARLOS CESAR MASSAMBANI

UMUARAMA - PARANÁ - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 22/02/2005

Caro Maurício,

Muito lúcido o seu artigo, parabéns pela excelente abordagem sobre o assunto que envolve o MST.

Por onde tenho andado (Sul do Brasil) vi vários projetos de assentamento que deram certo. Alguns hoje possuem até cooperativas, isso é bonito. Acontece que esses projetos foram realizados há cerca de 15 anos atrás, quando ainda havia trabalhadores rurais em busca de terras para cultivo.

Hoje os fatos são outros. Baseado neste "sucesso" os representantes do MST utilizam como exemplo tais projetos para distorcer a realidade.

É fácil hoje montar um grupo de acampados, é só ir numa favela onde o povo está arruinado e oferecer comida para ficar acampado, os caras inclusive se revezam entre pai, filhos, esposa, compadre, etc. Então o comentário é o seguinte "se ganharmos alguma terra, voce não precisa ir trabalhar, é só passar os direitos para outro por algum valor qualquer e ir para outro acampamento fazer o mesmo". Isto, portanto, se torna um meio de vida sob os olhos do governo.

A sociedade civil deve ser preocupar mais com o MST, pois ele está deixando de ser um problema dos fazendeiros, está se tornando um problema para toda a sociedade.
MAURO ROCHA DA CRUZ

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/02/2005

Caro Maurício,

Brilhante a sua crônica. Impressiona muito pela forma como voce traduziu o espírito de como nos sentimos nós, legítimos produtores rurais, quanto a essa "BARBÁRIE INVETERADA" que esta sendo acometida no país.

Hoje mesmo vemos que dois fazendeiros do Pará, bem próximo a região onde aconteceu o assassinato da Irmã Dorothy, foram assassinados. Será que o aparato policial que já está lá instalado moverá mundos e fundos para descobrir os responsáveis? É mais um exemplo do que está acontecendo no campo. Aos coitadinhos do MST tudo. A nós, produtores rurais, resta a sina de sermos eternos vilões nessa história.

E aqui quem escreve é um produtor rural dono de um pequeno minifúndio no interior de MG, mas que não aguenta mais os desmandos que estão ocorrendo. Excessos de um lado com certeza gerarão excessos do outro.

Até quando? E quantos mais deverão morrer? Como convivermos com essa eterna crise de confiança do Governo para com o homem do campo? Cadê o Ministro Rodrigues para nesse momento exigir a apuração imediata dos assassinos dos fazendeiros e das eternas invasões de terras?

Mauro Rocha da Cruz
Faz. Vale da Pedra
Muriaé - MG
ANTONIO PEROZIN

VALINHOS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/02/2005

Parabens Mauricio, suas palavras são as minhas e de muitos produtores.

Se continuarmos calados, em pouco tempo nossas propriedades, embora pequenas e produtivas, serão objetos de invasão desse bando de vagabundos.
GUILHERME AZEVEDO SODRÉ

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 19/02/2005

Parabéns Mauricio,

O que você escreveu está certo. O que o Xico Graziano tem escrito no Estadão também.

O que nós produtores agrícolas podemos fazer? Apoiar atitudes como a sua multiplicar enviando para amigos e esperar que nossas entidades de classe se posicionem para esclarecer formadores de opinião como o Boris Casoy e outros que já defenderam muito o MST.

A nossa indignação e a verdade dos fatos devem ser repetidas muitas vezes para todos saibam o que realmente está acontecendo aqui e no exterior.

O Brasil e por conseqüência, todos nós brasileiros, estamos perdendo com esta insana loucura. A nau dos insensatos. Quem semeia ventos colhe tempestades.
JOSÉ ROBERTO PUOLI

CAMPO GRANDE - MATO GROSSO DO SUL - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 18/02/2005

Caro Maurício,

Que belo artigo.

Será que vc não consegue publicá-lo num lugar onde atinja uma maior parte da sociedade? Normalmente, os leitores deste site são do nosso ramo e precisamos que os outros ramos da sociedade fiquem mais bem informados.

Vou tentar alguns lugares e se tiver sucesso te aviso.

Parabéns.

Limão
HELIO CABRAL JUNIOR

GOVERNADOR VALADARES - MINAS GERAIS

EM 17/02/2005

A sociedade brasileira está sob ataque! E para nosso espanto não é algo velado ou dissimulado, nem mesmo procura se travestir de "cordeiro" para de forma insidiosa levar a cabo seu intento! Não, o MST e seu séqüito ultra-radical incitam a violência, a desordem e a quebra dos valores institucionais de forma aberta e clara, e o mais ultrajante é que encontram eco em setores ou indivíduos de nossa sociedade que supostamente deveriam tomar a frente no repúdio destas ações e em defesa da sociedade; clérigos, intelectuais e políticos deveriam velar por nossa sociedade e não contra ela!

Por que se espantar com a universidade dos sem terra se ela é somente o pináculo máximo da deturpada doutrinação ideológica instituída na formação dos jovens assentados e acampados pelos "madraçáis do MST"?

Uma matéria veiculada na edição da Revista VEJA do dia 08 de setembro de 2004, sob a assinatura da repórter Monica Weinberg, intitulada "Madraçáis do MST", chocou e deixou perplexos todos que dela tomaram conhecimento!

A matéria mostra como as crianças do MST, entre assentamentos e acampamentos, recebem nas escolas do movimento uma doutrinação que incute o ódio, a revolução e a subversão da sociedade brasileira!

Para aqueles que acham que a revista VEJA pode ter uma "orientação anti MST" e um tratamento "tendencioso" deste movimento, destaca-se aqui trechos extraídos do documento relativo à educação, da página oficial do MST na Internet - https://www.mst.org.br/setores/educacao/educacao.html -:

"A educação para a transformação da sociedade - na qual a influência política é aplicada como forma para se estabelecer a justiça entre os indivíduos - é um dos princípios filosóficos do MST. Por meio dele, o Movimento pretende formar militantes para organizações de trabalhadores que, segundo o MST, devem desenvolver consciências de classe e revolucionária ligadas às lutas e aos objetivos do Movimento. "Queremos preparar sujeitos capazes de intervenção e transformação prática da realidade"

"...objetivo educacional do Movimento, que se aplica em meio à tentativa de inserção dos trabalhadores em valores diferentes daqueles da sociedade atual ..."

"A escola não pode negar sua relação com a política. Deve, portanto, alimentar a indignação diante de situações de injustiça e impunidade que estão sendo, atualmente, difundidas pelos meios de comunicação e pela sociedade... E para que os alunos pensem dessa forma, enfatiza-se o estudo da história e o da economia política e, também, a participação dos trabalhadores sem terra em lutas sociais de outras categorias."

Como se pode ver, o MST está doutrinando uma parcela desprovida e carente da sociedade brasileira, ensinando-lhes o ódio, o rancor e a encarar essa mesma sociedade brasileira que em verdade somos todos nós - os comerciantes, médicos, manicures, donas de casa, pedreiros, professores, estudantes, bancários, engenheiros, comerciários, funcionários públicos, etc - como inimigos!

A perversidade deste processo é tão chocante e aumenta ainda mais nossa indignação, quando constatamos que esta mesma sociedade que eles tanto condenam e querem subverter e destruir, é que lhes fornece educação, saúde, remédios, alimentação, etc! Isso porque os líderes do MST não dizem à essas crianças que quem paga os professores de suas escolas é o governo, via impostos arrecadados da sociedade brasileira! Que os médicos que os atendem pelo sistema único de saúde são pagos com estes mesmos impostos! Que as cestas básicas que lhes são distribuídas também são oriundas dos impostos ! E que como os "sem terra" são cadastrados nos programas sociais do governo (bolsa escola, bolsa família, etc), aposentadoria rural aos mais idosos, até seus benefícios de amparo social são custeados pela sociedade brasileira!

Nossa sociedade tem falhas? Sim! Mas podem ser corrigidas; porém o MST e aqueles que o apóiam, defendem o modelo ideológico-politico-social que implodiu a antiga união soviética, que foi abandonado pela China, Vietnam e outros países comunistas e que sobrevive hoje apenas em duas ditaduras que são a da Coréia do Norte e a mais longa ditadura ainda existente no mundo, a de Fidel Castro em Cuba; o que estes dois países têm em comum é a socialização da miséria!

Para impor seu modelo de sociedade ao Brasil, o MST como ficou bem claro na reportagem da revista VEJA, não exitará em transformar nosso país em algo semelhante ao que ocorre na região de Israel e Palestina, onde um vizinho teme ao outro, pois este por questão ideológica pode atentar contra sua vida.

Nossos governantes estão inertes e indiferentes à tudo isso... de certo modo até apóiam, já que como vimos, as políticas institucionais dão amparo e suporte à este "monstro cujo único ideal é nos devorar"!

Este é o futuro que queremos para nós e para nossos filhos? O caos social? Brasileiro contra brasileiro? Um futuro de medo e incerteza?

A sociedade brasileira deve se posicionar, ou enfrentar este futuro sombrio, com suas trágicas conseqüências para todos nós!

Hélio Cabral Jr
Dentista e produtor rural filiado ao Sindicato dos Produtores Rurais de Governador Valadares - MG

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures