ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

A influência da transferência de embriões em bovinos in vivo e o melhoramento genético dos efetivos leiteiros

POR DAVID GAGO DA CÂMARA DIAS PEREIRA

ESPAÇO ABERTO

EM 31/03/2014

3 MIN DE LEITURA

0
0
Este artigo surge como uma breve nota introdutória sobre transferência de embriões (TE), para artigos subsquentes.

A TE assume, na atualidade, um papel preponderante no mercado mundial da genética bovina. As empresas que comercializam genética, não só sob a forma de semen, como de embriões produzidos in vivo ou in vitro, dependem significativamente desta tecnologia reprodutiva. A potencialização genética possível, com esta, permite a evolução constante, das características morfo-funcionais dos bovinos de leite, e o estabelecimento de patamares produtivos e financeiros consideráveis.

A TE in vivo, em bovinos é uma tecnologia acessível há várias décadas, tendo tido o seu começo e massificação comercial a partir do início dos anos oitenta (Thibier, 2005). Atualmente, é uma ferramenta com expressão mundial, não só como meio de melhoramento da genética dos rebanhos (Galli et al, 2003), mas também, como estratégia de negócio tanto de empressas do ramo, como de certas explorações leiteiras, proprietárias de animais com classificações morfo-funcionais reconhecidas e distintas.

A TE proporciona o aumento da descendência de animais geneticamente superiores (Galli et al, 2003), promove a intensidade de seleção e reduz significativamente o intervalo entre gerações (Ax et al, 2005), quando comparada com a inseminação artificial (IA). Sendo ainda de referir que, a maioria dos touros de IA, são gerados por este tipo de tecnologia. A TE, tanto poderá ser uma etapa de uma série de processos que integram e estruturam os programas de ovulação múltipla e transferência de embriões (OMTE), ou ocorrer de forma isolada (Hasler, 2004).

Neste tipo de programas OMTE, são iniciados protocolos hormonais específicos de superestimulação ovárica, em novilhas ou em vacas, com o objetivo da obtenção máxima de embriões transferíveis (Mapletoft, 2006). Após a implementação e no decurso destes protocolos, são então recolhidos os embriões, seis a oito dias após o estro (Seidel Jr, G. E. & Seidel, S. M., 1991), usando meios e métodos variados, consoante a equipe responsável. É assumido na literatura que o número médio de embriões bovinos recolhidos por animal, nestes programas, são aproximadamente cinco. Com a finalização desta etapa, poderá proceder-se à TE ou implantação, em receptoras saudáveis e com boa condição corporal, que previamente foram submetidas à sincronização, também com o recurso de protocolos próprios, do seu ciclo estral, com a idade do embrião da respectiva doadora (Hasler, 2006).

As taxas de prenhês (TP) para embriões frescos aproximam-se dos 60% (Thibier, 2005), contudo, em equipes de diferentes países, sem dados publicados, as mesmas taxas atingem os 70 a 80%.

Em alternativa à TE, a congelação dos mesmos é uma hipótese, para posterior utilização em receptoras da exploração (Moore & Thatcher, 2006), ou para a sua comercialização/ exportação, com regras e mecanismos próprios. Com a utilização de embriões descongelados, as TG rondam 50-60% (The Merck Veterinary Manual Online, 2012).

A maior vantagem da transferência de embriões é mesmo, o transporte para diferentes áreas geográficas dentro de um país ou no mundo, com a maior rapidez e eficiência (Senger, 2003), desde que os embriões sejam devidamente acondicionados em contentores de azoto líquido identificados, selados, e acompanhados da sua documentação específica. Esta vantagem, permite que possam ser introduzidos com precisão e certeza, melhorias genéticas nas explorações, com alterações morfo-funcionais desejáveis nos animais, e consequentemente, o aumento dos índices produtivos que acompanhem as exigências do mercado.

“Life is too short to milk ugly cows”. Em português – “a vida é muito curta, para ordenhar vacas feias”.
Ronald Boerchers


Referências:

Ax, R. L., Armbrust, S., Tappan, R. Gilbert, G. et al. (2005). Superovulation and embryo recovery from peripubertal holstein heifers. Animal Reproduction Science, 85, pp.71-80

Galli, C., Duchi, R., Crotti, G. et al. (2003). Bovine embryo technologies. Theriogenology, 59, pp. 599-616

Hasler, J. F. (2004). Factors influencing the sucess of embryo transfer in cattle. WBC Congress, Québec, Canada

Hasler, J. F. (2006). The Holstein cow in embryo transfer today compared to 20 years ago. Theriogenology, 65, pp. 4-16

Mapletoft, R. J. (2006). Bovine embryo transfer. IVIS Reviews in Veterinary Medicine

Moore, K. & Thatcher, W. W. (2006). Major advances associated with reproduction in dairy cattle. Journal of Dairy Science, 89, pp. 1254-1266

Seidel jr. G. E. & Seidel, S. M. (1991). Training manual for embryo transfer in cattle. Rome: FAO

Senger, P. L. (2003). Pathways to pregnancy and parturition. Washington: Current Conceptions

The Merck Veterinary Manual Online. (2012). New york: Merck Sharp & Dohme Corporation.

Thibier, M. (2005). The zootechnical applications of biotechnology in animal reproduction: current methods and prospectives. Reproduction Nutrition Development, 45, pp. 235-242


Agradecimentos:

Ao Doutor João Nestor das Chagas e Silva pela revisão do artigo.

Este artigo é da Equipe MilkPoint Portugal.
 

DAVID GAGO DA CÂMARA DIAS PEREIRA

0

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures