ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

EUA: Como a indústria de leite fluido "azedou" e o que outros negócios podem aprender com isso

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 30/01/2013

5 MIN DE LEITURA

22
0
O artigo abaixo é de Hank Cardello, pesquisador sênior do Hudson Institute e autor de “Stuffed: An Insider’s Look at Who’s (Really) Making America Fat”, publicado na Forbes.

O acordo chamado de “fiscal cliff" (leia a matéria relacionada: EUA: Congresso aprova lei para evitar aumento nos preços dos lácteos) feito pelo Congresso dos Estados Unidos incluiu uma extensão de nove meses à lei agrícola que tinha expirado, evitando que os preços do leite no varejo dobrassem para US$ 7 por galão (US$ 1,85 por litro, aproximadamente) ou mais em 2013. Isso é um grande alívio aos produtores de leite, mas esse adiamento feito no último minuto não deve impedir o fato de que eles caiam em seu próprio precipício.

A demanda por leite tem estado em queda livre há décadas. O consumo de leite fluido nos Estados Unidos caiu em 36% desde os anos setenta (leia matéria relacionada: Consumo de leite nos EUA cai 30% em três décadas). A indústria de lácteos serve de advertência para outras indústrias cujo o produto principal caiu em desuso ou está sob ataque de ativistas. Isso ilustra os perigos de focar em somente um produto altamente commoditizado, ignorando as tendências de mercado, e tentando valentemente vender o que você faz ao invés de fazer o que as pessoas querem.

Nenhum bigode de leite na história da publicidade pode encobrir o fato de que o leite fluido não é mais a bebida de escolha – não para adolescentes e pessoas de 20 e poucos anos, ou pessoas com vidas agitadas ou para os baby boomers que estão envelhecendo ou para os idosos. Com o consumo per capita de leite nos Estados Unidos caindo em 36% entre 1970 e 2011, um porta-voz de um grupo comercial da indústria recentemente admitiu algo que todo mundo já sabia: o setor leiteiro está em apuros.

Ainda, a indústria não tem ninguém para culpar a não ser ela mesma. Está em apuros porque focou nas vacas ao invés dos consumidores. Por décadas, sua estratégia tem sido tornar a produção de leite mais eficiente. E teve sucesso: de 1970 para 2006, o número de vacas declinou em 25%, enquanto a produção de leite por vaca mais que dobrou. Porém, enquanto as companhias de lácteos focaram em tirar mais leite de menos vacas, ignoraram o fato de que a demanda estava pressionada também. No começo dos anos oitenta, o consumo per capita de refrigerantes ofuscava o consumo de leite. As crianças que bebiam caixinhas de leite em seu lanche escolar se tornaram a Geração Pepsi, que preferia mais refrigerantes refrescantes; as gerações seguintes descobriram a água vitaminada e as bebidas esportivas. O aumento nos preços do leite, os defensores da saúde que questionaram as calorias do leite e seu valor nutricional e os ativistas preocupados com hormônios bovinos levaram a mais queda nas vendas.

Ao mesmo tempo, durante os últimos 40 anos, novas bebidas lácteas ou produtos lácteos, como iogurte, leite de soja, fórmulas para reparo muscular e substitutos de refeições se tornaram amplamente populares. Os membros originais da Geração Pepsi de 1963 agora pessoas com 60 e poucos anos com ossos frágeis, que precisam de cálcio e vitamina D, mas não querem leite. As pessoas de 20 e poucos anos que cresceram tomando Gatorade e água engarrafada bebem Muscle Milk depois da prática de exercício físico e tomam um iogurte grego como lanche. Seus frágeis avôs octogenários bebem Ensure (suplemento nutricional para adultos).

Em sua busca por vender mais leite fluido, as companhias de lácteos ignoraram largamente esses mercados altamente lucrativos, embora tenham o controle do ingrediente básico de muitos deles. Ao invés disso, companhias como a General Mills (que é dona da Yoplait) estão obtendo lucros no mercado de US$ 1,5 bilhão por ano com o iogurte grego, produto que se tornou mania. O mercado de US$ 2 bilhões para “substitutos de refeição” – misturas em pó para bebidas, shakes líquidos, barras comestíveis que substituem refeições e produtos semelhantes – pertencem quase que totalmente a Abbott e Mead-Johnson, ambas indústrias farmacêuticas e médicas. A CytoSport faz o Muscle Milk, comercializado para os praticantes de exercícios físicos para ajudar a reparar os músculos e se recuperar de exercícios.

Os produtores de leite também falharam com as embalagens. Demorou-se décadas para que re-projetassem a embalagem e abandonassem as tradicionais caixas. As garrafas com porção individual que os consumidores podem facilmente pegar em uma loja de conveniência e beber na hora são uma oferta relativamente nova.

Em resposta aos competidores que estão drenando seus negócios, os produtores de leite se agarraram teimosamente à campanha “Got Milk?”, uma tentativa fracassada de fazer aumentar o consumo de leite.

O que eles deveriam ter feito todos esses anos? Primeiro, eles deveriam ter redefinido eles mesmos como um fornecedor de nutrição baseado em leite ao invés de um negócio de leite. Um exemplo foram as empresas a United Parcel Services (UPS) e a IBM, que voltaram atrás e redefiniram seus negócios, criando serviços com valor agregado que são baseados em seus produtos principais. A UPS não é somente um expedidor de embalagem; é um gerente de logística. A IBM não vende somente computadores e software; ajuda as companhias a tornar seus negócios mais competitivos com serviços de consultoria e tecnologia de informação.

Se fossem um fornecedor de nutrição ao invés de um produtor de leite, a indústria de lácteos poderia ter mudado seu foco da produção ao marketing. As companhias de lácteos teriam sido mais rápidas em reconhecer a oportunidade para criar bebidas à base de leite que suprem a crescente demanda dos consumidores por bebidas mais refrescantes. Eles poderiam ter adicionado produtos populares, de alta margem, como iogurte e shakes nutricionais a seus portfólios, para se proteger das mudanças na demanda por leite, ao invés de deixar companhias como a General Mills avançar.

Os produtores de leite também deveriam adotar embalagens convenientes, do tipo “pegue e beba”, para levar o leite além da mesa do café da manhã. Eles deveriam ter formado parcerias estratégicas com outras companhias, como a Campbell’s Soup fez quando se uniu com a Coca-Cola Company, para distribuir o V8, e como a Pepsi fez com a CytoSport para distribuir o Muscle Milk.

A indústria pode começar uma nova página? Em um período quando muitos estão ponderando resoluções para o novo ano, o setor leiteiro precisa fazer sérios exames de consciência. Talvez suas resoluções serão ouvir mais; focar nos outros ao invés de em si mesmos; encontrar novas formas de seus produtos poderem ajudar as pessoas a melhorar sua nutrição e a viver melhor. Porém, enquanto continuar seu foco nas vacas e na produção, sua perspectiva continuará “azeda”.

A matéria é da Forbes, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
 

22

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

MICHEL KAZANOWSKI

QUEDAS DO IGUAÇU - PARANÁ - OVINOS/CAPRINOS

EM 14/03/2013

Parece que os americanos, mesmo levando trinta anos, perceberam que algo precisa ser feito, e urgente, para salvar o consumo de leite liquido.

Muito tem-se citado que uma das causas da queda de consumo seja a substituição do leite por outras bebidas. Isso não é verdade. Simplesmente o leite passou a ser menos consumido pela população. Isso se deve a uma série de fatores. Entre eles pode-se destacar a mudança de habitos da população. Em 1970 16% da população alimentava-se fora de casa, hoje são 48%. As embalagens que você encontra nos mecados americanos são de 1 galão ou meio (não via nenhum problema nisso, pois tomava mais de um galão por dia quando vivia lá). Esse tipo de embalagem é destinada ao consumo em residencias. Alem disso a diversidade de alimentos com diferentes sabores e texturas não foi acompanhado pela industria lactea e o leite passou a perder a atratividade dos consumidores. Outra questão é a volatilidade dos preços deste produto. Diferente de outros produtos nos EUA o leite liquido sofre grande volatilidade de preços. Comparando os preços de janeiro de 2012, U$4,01 por galão, aos atuais veremos uma variação de mais de 10%. Isso faz com que os consumidores reduzam o consumo deste produto. Quando os preços caem o consumo não volta ao mesmo patamar. Os consumidores aprendem nesses periodos que podem viver sem leite.

No entanto há razão para otimismo. Pesquisas realizadas com consumidores afirmar que investimentos feitos para corigir as razoes que levaram a esta situação podem reverter este quadro a curto e médio prazo.

Pensando nisso a DMI - Dairy Management Inc. esta trabalhando em conjunto a industria para estimular o consumo fluido de leite. Recentemente foi aprovado a aplicação de 9 milhões para açoes de curto prazo. Mais 80 milhões estão previstos para ações de médio e longo prazo.

O que podemos aprender com isso é que a industria precisa estar atenta a mudança de hábitos dos consumidores, gerando produtos que satisfaçam suas necessidades. Mas se isso não foi feito é preciso agir rápido, sem chorar pelo leite deramado, para reverter a situação antes que seja tarde.



Abraço



Michel Kazanowski
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

PIRACICABA - SÃO PAULO

EM 05/02/2013

É interessante observar que a DMI, entidade mantida por produtores e que é responsável por boa parte da verba de marketing, já se dedica há algum tempo ao desenvolvimento de novos produtos e aplicações, como escrevi nesse artigo de alguns anos atrás: https://www.milkpoint.com.br/cadeia-do-leite/editorial/novo-estagio-para-o-marketing-de-lacteos-nos-estados-unidos-75775n.aspx



Já a entidade Milk-PEP, da indústria (a maior parte cooperativas de leite fluido), tem focado suas ações na publicidade.
SERGIO CHAVEZ

INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 02/02/2013

Decia un viejo conocido de la industria lactea Argentina, hay que saber leer el mercado, es decir interpretar sus señales y traducirla en acciones de produccion y comercializacion.

Y aparentemente este es el problema del industrial lacteo norteamericano, que tiene toda la tecnologia y las organizaciones para hacer los estudios necesario y poder prevenir cualquier situacion indeseada. Pero hemos visto que lo mas probable es que la facilidad de ubicar cantidades de litros de leche fluida, haya  nublado y haber hecho obviar las señales y advertencias de los consumidores y las ong de la lecheria norteamericana.

La lecheria que su ubica al sur del continente (paises del mercosur, etc) deberan tomar debida nota para anticiparce a estos problemas, hacer las inversiones necesarias para industrializar  nuevos productos, e investigar en el mercado interno y externo (exportaciones), cuales son las expectativas del consumidor, que quiere, que busca, que espera de un alimento lacteo. Esto nos debe dejar un aprendizaje a quienes tienen que transformar la leche del productor a las necesidades del consumidor.
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/02/2013

Ainda que o Brasil tenha apenas a metade do consumo per capita dos norte americanos, o artigo é muito bom porque estimula o setor a se repensar buscando soluções e tecnologias mais modernas também para a industria e varejo, acompanhando as mudanças de comportamento do consumidor.

Ao relê-lo, porém, percebo um viésque não se encaixa direito, quando diz que a "cadeia se preocupou apenas com a eficencia das vacas". Penso que melhorar o segmento pós porteira não exclui a importancia do ganho de competitividade dentro da porteira.

Não há porque criticar o produtor apenas porque ele fez bem a lição de casa nos ultimos 30 anos, sugerindo que "esqueceu" do mercado consumidor.

Parece que por lá falta exatamente o que não temos aqui; um pensamento convergente dentro do setor, buscando ganhos de eficencia sistemica em todos os elos.

Ainda bem que eles tem o bigode de leite e eficiencia no setor primario. O que seria deles se além da falta de criatividade comercial levantada no artigo, ainda fossem ineficientes na produção e não colocassem recursos em marketing?





   
LAÉRCIO BARBOSA

PATROCÍNIO PAULISTA - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 01/02/2013

Para aqueles que argumentam que o preço do leite no Brasil é muito baixo, esta notícia mostra que nos EUA o leite está ainda mais barato que aqui, ou seja US$ 0,92, (ou R$ 1,85) o litro pelo cambio atual.

É verdade também que esse preço somente é conseguido devido ao pesado subsídio dado pelo governo americano, que, ainda segundo a notícia, caso fosse retirado, dobraria o preço do produto no país.

Mesmo com um preço baixo e com uma propaganda consistente ("bigode do leite") feita há anos pela associação de classe, o consumo nos EUA tem diminuído.
FERNANDO MELGAÇO

GOIÂNIA - GOIÁS - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 01/02/2013

Acredito que a ingestão de produtos lácteos tenha aumentado ou se estabilizado neste período. Não tenho informações precisas sobre isto. Por isso, gostaria de saber se existem dados disponíveis que concordam ou discordam desta minha ideia.

Atenciosamente,

Fernando Melgaço.
DEMERVAL COSTA

RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO

EM 01/02/2013

Sempre copiamos os Americanos.Não muito lá atrás, o que era bom para eles era para nós. Será que vamos aguardar as soluções de lá para aplica-las aqui? Abra os olhos senhores pecuaristas. Buscar inovações sim, copiá-las jamais.......
ESTÊVÃO DOMINGOS DE OLIVEIRA

QUIRINÓPOLIS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 01/02/2013

Não podemos jamais ignorar o mercado e tentar ir contra ele...



Temos que nos adaptar para sobreviver, é a Lei do mais apto, que vale na natureza e no sistema de livre mercado.



Essas mudanças já estão aqui em nosso país, só não enxerga quem não quer ou é teimoso demais para perceber que se não mudarmos nossa forma de agir ficaremos sem mercado.
CARLOS ALBERTO DOS SANTOS

BORDA DA MATA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 31/01/2013

Num mundo com mudanças frequentes é passada a hora de repensar toda a cadeia do leite. Nos produtores de leite fazemos nossa liçao dentro da fazenda. Deixamos que açoes de consumo seja de total responsabilidade das empresas compradoras. Nao participamos de nenhuma açao de marketing. Muitos produtores de leite nem sabem o que é isto. Precisamos modernizar.
NIVALDO GONÇALVES DE OLIVEIRA

RIO VERDE - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 31/01/2013

Parabêns para os (NORTE)americanos, estão muito esbeltos!!!!! não precisão mais de planos de saúde!!!!!!!! estão mais saudáveis que antes.E as (COLAS)  da vida são muito nutritivas. COPIEM brasileiros pois é moda copiar norte americanos.
WELLINGTON MARCOS DE PAIVA SILVA

CARRANCAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 31/01/2013

Faço minhas as palavras do Paulo Luis Heinzmann. Penso que a solução verdadeira é mostrar o quanto os produtos industrializados com suas infinidades de conservantes, corantes, saborizantes ............ não podem ser concorrentes de alimentos naturais como o leite e muito menos comparados a ele. Se tivéssemos pesquisa médica/nutricional séria no mundo certamente nenhuma geração teria usado ou estaria usando tanto veneno que mata em doses homeopáticas em nome do lucro!!!!

Saudações aos companheiros de atividade!

Wellington Paiva
DEMERVAL COSTA

RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO

EM 31/01/2013

Bom  aritgo, que deveria ser levado amplamente, aos nossos produtores de leite, principalmente os pequenos ou alías, todos, que não sabem o que fazer com seu leitinho, ou faz queijinhos a preço de banana, ou vende leitinho a preço menor que garrafinha de água, que muitas das vezes não é tão natural.

Parabéns Sr. Celso. Ao terminar estas linhas li sua preocupação que também é minha, embora não seja da área, mas tenho umas vaquitas.    
GUSTAVO RIBEIRO DA SILVA

NOVA OLÍMPIA - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 31/01/2013

O segmento não está sendo analisado como um processo. O produtor (setor primário) não tem o reconhecimento do seu trabalho, muito menos tem sua parte dos lucros na cadeia. Antes de discutir o produto final, creio que estamos precisando fazer a lição de casa e ter um setor sólido.
PAULO R. F. MÜHLBACH

PORTO ALEGRE - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 31/01/2013

Uma questão básica:  o mercado consumidor dos EUA é o nosso paradigma? Não se pode criar, desenvolver outros hábitos alimentares, sem, necessariamente, incorrer no modelo americano?  Franceses, finlandeses, italianos,  europeus, de modo geral, seguem a mesma tendência?
WALFREDO GENEHR

IBAITI - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 31/01/2013

O tema "o leite azedou" é bem interessante, pois faz uma análise do comportamento econômico norte americano com relação ao produto " lucro por unidade" e com relação ao social "a classe de maior renda", basta olhar o preço do litro de leite ao consumidor final que é de US$ 1,85 por litro. Para atender este conceito, o melhoramento genético animal foi direcionado para o famigerado modelo "baldes de leite por vaca" e esqueceram que o custo energético deste sistema extrapolava os custos de produção, pois a vaca para produzir este volume de leite necessita da alimentação com concentrado e este fornecido no coxo. Para entendermos melhor esta questão temos que avaliar que o concentrado é produzido basicamente de grãos e que estes precisam de uma unidade de área maior por unidade de produto, ser colhidos e processados, além de que as plantas produtoras de grãos têm por unidade de área uma menor eficiência fotossintética, produção e aproveitamento de matéria seca por planta.

Para mudarmos o consumo temos que redirecionar o foco social, para a classe de baixa renda, que é menos susceptível ao modismo e mais dependente do "alimento". Para que isto ocorra o litro do leite deve baixar de custo junto ao consumidor, a níveis para que este possa comprá-lo. Desta forma, para que isto ocorra temos que aumentar a eficiência energética do sistema de produção na cadeia produtiva do leite, que começa pela mudança do paradigma do modelo "baldes de leite por vaca" para o do modelo "leite por unidade de área".
WANDER FONSECA DA SILVA

POUSO ALEGRE - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 31/01/2013

O artigo é excelente e como a indústria láctea no Brasil tem uma grande importância, com certeza todos os players devem estar atentos.
PABLO JONAS CAMILO

SALTO DO LONTRA - PARANÁ - ESTUDANTE

EM 31/01/2013

Eu acredito que a queda no consumo de leite nos EUA se deve ao fato de que as indústrias de laticinios estão sob uma situaçao de livre concorrência (lógica do livre mercado) e que o baixo consumo se explica não porque as indústrias lacteas não fazem bebidas que o consumidor quer (não se pode querer ou sentir falta de algo que ainda não se conhece ou experimentou), o que explica a queda no consumo de leite é que os consumidores estão tendo outras opçoes de bebidas para o consumo que facilmente oferecem alguma vantagem atrativa (funcionais, vitaminados entre outros) o que está faltando pra a industria láctea é inovação, preços competitivos, apresentar aos consumidores algo que atinja os vários nichos de mercado.  Não vejo grandes problemas com a redução de consumo interno de alguma mercadoria quando se é um grande exportador (protegido por barreiras fiscas e cotas) detentor de grandes monopólios sob a lógica imperialista.

Quanto a manter o foco na produção este é fundamental, produzir melhor e mais barato significa oferecer derivados lácteos com menor preço e com maior qualidade. Supondo que o foco fosse todo voltado para o consumidor e em pouco tempo o consumo se elevasse por conta disso. nesse exato momento o setor produtivo estaria preparado para atender a nova demanda ou estaria deficiente? Atenda bem as necessidades do consumidor mas nao esqueça que existem milhares de produtores de leite que sobrevivem desta atividade.
CELSO RIBEIRO ANGELO DE MENEZES

UBERABA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 31/01/2013

Com certeza, um artigo que nos leva a uma profunda reflexão. Um alerta para os produtores e para as indústrias nacionais.Também precisamos ser eficientes e inovadores fora da porteira.

As indústrias nacionais que seguirem o exemplo da General Mills, inovando o que os consumidores realmente querem, se darão bem.
ELDER MARCELO DUARTE

SÃO CARLOS - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 31/01/2013

Excelente artigo !!!

Dentro de no máximo 15 anos, teremos a mesma situação no Brasil.
LUIZ FERNANDO VILELA DE ANDRADE

JOAQUIM TÁVORA - PARANÁ - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 31/01/2013

Concordo plenamente, sempre se falou em eficiência produtiva, mais leite menos vacas, mas esqueceu-se do principal,  o homem, o homem o ator principal tem o seu negocio, produzir leite com vacas de qualidade, e com lucro, a partir do momento em que o lucro ficou menor nada acontece, perde-se as vacas, perde-se a qualidade e ai como diriam nossos pais e avós, a vaca foi para o brejo, é triste mas teremos que repensar toda a cadeia do leite, talvez inovando como citou o autor do artigo, leite em copos, igual a água mineral, bebidas lácteas enfim repensar a cadeia, e valorizar o homem e não a vaca

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures