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O Auxílio Brasil pode impulsionar o consumo de lácteos?

POR MATEUS MULLER COBUCCI

E VINÍCIUS NARDY

PANORAMA DE MERCADO

EM 06/12/2021

3 MIN DE LEITURA

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A distribuição de renda é comum em vários países do mundo, como Alemanha, EUA, França e, no Brasil, não seria diferente. O Bolsa Família era o principal programa social de renda na América do Sul, redistribuindo cerca de R$2,8bi por mês para 14,7 milhões de famílias atendidas, dando um ticket médio de R$186,00 por família.

Em novembro de 2021, o Bolsa Família foi substituído pelo Auxílio Brasil, que visa distribuir cerca de R$400,00 por família. Será que esse incremento de R$211,00 terá um grande impacto no consumo de lácteos? E de maneira macro, esse aumento é significativo no PIB?

No gráfico abaixo observamos a representatividade do Auxílio Brasil sobre o PIB projetado* para cada trimestre.

Para esse pagamento mínimo de R$400,00, o governo depende da aprovação da “PEC dos Precatórios”, que, para simplificar, seria a fonte de pagamento do Auxílio Brasil para que o teto de gastos não seja furado. Enquanto a PEC sofre ajustes no texto base na Câmara dos Deputados, o governo pagou aquilo que cabia no orçamento em novembro, distribuindo a 15,6 milhões de famílias o valor médio de R$217,00, representando um aumento de 17,9% em relação ao Bolsa família.

Caso o projeto de lei seja aprovado, o aumento do Bolsa Família para ao Auxílio Brasil será de 111%. Ou seja, quando houver o pagamento de R$400,00 do auxílio Brasil para 16,9mi de famílias, como projeta o governo, a diferença do valor pago entre os programas sociais representará um aumento nos gastos de R$3,6bi aos cofres públicos, 0,52% do PIB projetado* para o 1T.22.


* Projeções de outubro do Itaú BBA e do Banco Santander, em um cenário de grande inflação mundial – como o de agora – podem mudar consideravelmente de um mês para o outro.

Por mais que o aumento seja significante para as famílias que se encontram em estado de pobreza e extrema pobreza, em relação ao PIB esse aumento não é tão alarmante.

A projeção de consumo dos lácteos feita pela equipe do MilkPoint Mercado se baseou nas elasticidades-renda do pesquisador Glauco Carvalho (Embrapa Gado de Leite). A elasticidade-renda nada mais é do que um dado medidor do quanto o aumento de 1% na renda de um grupo impactará no consumo de um bem.

Se considerarmos o aumento de 0,52% do PIB a partir do novo Auxílio Brasil, poderíamos imaginar um aumento no consumo de 1,3 milhões de litros de leite mensais para a produção de UHT, 4,7 milhões de litros de leite para a produção de queijos e uma queda de 200 mil litros de leite para a produção de leite em pó mensais (a queda se dá pelo fato do leite em pó ser uma opção “mais vantajosa” para famílias com rendas menores pela possiblidade de diluição. Com este aumento de renda, parte destas famílias optam, por vezes, pelo produto fluido).

Como se pode ver, o aumento seria pouco significativo se olharmos de maneira genérica para o consumo final brasileiro.

Em contrapartida, se colocarmos uma lupa nas famílias pobres e extremamente pobres (principais classes destinadas ao Auxílio Brasil), o incremento de 111% na renda poderia levar a uma variação de consumo bem maior do que a citada anteriormente.

A inflação em níveis elevados como no ano de 2021 e como se projeta para o ano de 2022, entretanto, pode fazer com que esse aumento do programa social seja quase todo destinado para a retomada da quantidade de consumo anterior, considerando os novos valores praticados.

Na prática, devemos esperar que haja um aumento de consumo a partir do Auxílio Brasil, porém a dúvida é saber o tamanho e por quanto tempo ele se sustentará, visto que o mercado é avesso a economias com alto risco fiscal, situação em que o Brasil se inclui a partir de um possível furo no teto de gastos provocado pelo programa. Esta aversão poderia gerar outros problemas para o Brasil, principalmente ligados a questões como juros e taxa de câmbio.
 

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CARLOS ALBERTO T. ZAMBONI

MOCOCA - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 07/12/2021

A meu ver com o Aux. Brasil, haverá um aumento sim no consumo de lacteos, mas nada exagerado, pelo proprio valor a maior disponibilizado, bem como será somente para os produtos básicos, bblactea, leite fluido e de marcas de preços menores.

abs

ZAMBONI

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