Vendas nos supermercados de São Paulo avançam 3,5% em novembro

O faturamento real dos supermercados no Estado de São Paulo (deflacionado pelo IPS/FIPE), no conceito de mesmas lojas - que consideram as unidades em operação no tempo mínimo de 12 meses -, chegou a 1,71% de crescimento no acumulado de janeiro a novembro de 2017, em comparação ao mesmo período de 2016. Depois de um outubro que surpreendeu negativamente, as vendas responderam ao maior otimismo econômico deste final de ano e subiram 3,50% na comparação entre novembro de 2016 e 2017, conforme dados da APAS.

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O faturamento real dos supermercados no Estado de São Paulo (deflacionado pelo IPS/FIPE), no conceito de mesmas lojas – que consideram as unidades em operação no tempo mínimo de 12 meses –, chegou a 1,71% de crescimento no acumulado de janeiro a novembro de 2017, em comparação ao mesmo período de 2016. Depois de um outubro que surpreendeu negativamente, as vendas responderam ao maior otimismo econômico deste final de ano e subiram 3,50% na comparação entre novembro de 2016 e 2017, conforme dados da APAS.

No conceito de todas as lojas – que consideram todas as unidades criadas no período pesquisado –, a alta no acumulado chegou a 4,77% - o melhor resultado desde 2014, que confirma a recuperação do varejo paulista (2016 fechou com queda de -2,08%). Na comparação entre novembro de 2016 e 2017, a alta foi de 6,5%. Com estes resultados, o final de ano do varejo alimentício responde à inflação baixa dos alimentos e à diminuição do desemprego, uma vez que ambos se aceleraram no segundo semestre de 2017.

“A previsão de crescimento em 2017 ficará dentro da previsão da APAS, entre 1,5% e 2% de aumento de vendas real. Há chances de o crescimento alcançar este teto, o que seria um ótimo resultado dado o contexto econômico e, para isto, as previsões otimistas para o Natal precisarão se confirmar”, explicou o economista da APAS, Thiago Berka.

vendas dos supermercados

O impacto da Black Friday

Em relação aos efeitos da Black Friday no varejo alimentício, não é possível creditar a esta data uma parcela do bom resultado de novembro, uma vez que nem todos os supermercados aderiram à Black Friday completamente, como esforços de marketing maiores e preparação específica da loja.

Além disso, os supermercados se viram em dificuldade de criar percepção de valor para os clientes na Black Friday, em virtude do alto número de desconto de preços e promoções praticados ao longo de 2017, especialmente neste final de ano, a fim de segurar o volume de vendas devido ao alto desemprego.

Para completar, o índice de inflação de alimentos APAS/FIPE chegou à -2,56% no acumulado do ano, que colocou pressão ainda maior para a redução de preços. Dessa forma, havia pouco espaço de manobra para os supermercados conseguirem surpreender o consumidor.

Outro fator é que apenas 25% dos consumidores percebem valor em promoções no varejo alimentício e, atualmente, o volume de vendas aumenta apenas 11% nas promoções/ofertas frente aos 20% observados no mundo, conforme dados divulgados recentemente pela consultoria Kantar.

Portanto, a conclusão é que o impacto da Black Friday no setor não é perceptível em termos de faturamento, dado o contexto apresentado e limitado ao volume de forma não significativa. 

As informações são do Supermercado Moderno.
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