A entidade divulgou ontem alta de 6% nas vendas dos comerciantes de shoppings em dezembro. No mesmo mês em 2015 e 2016, houve queda de 2% e 3%, respectivamente. Ainda ontem, o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) informaram elevação de 4,7 2% nas consultas para vendas a prazo no país entre 18 e 24 de dezembro. Pelos números da Serasa Experian, a alta foi de 5,6% - maior patamar desde 2010, quando a expansão nesse intervalo foi de 15,5%.
O desempenho é atribuído à melhora no ambiente econômico, com a queda dos juros, da inflação e a interrupção no movimento de alta no desemprego. As bases de comparação baixas dos anos anteriores também ajudam a explicar a alta dos indicadores. Os números positivos do setor impulsionaram as ações das varejistas na bolsa ontem. Os papéis do Grupo Pão de Açúcar valorizaram-se 3,37 % e da Via Varejo (dona das redes Casas Bahia e Ponto Frio), 0,38%. Magazine Luiza e B2Wsubiram 3,61% e 2,97 %, respectivamente, e Lojas Renner, 2,73%.
Os produtos eletrônicos - principalmente celulares e TVs - e os móveis puxaram o avanço nas vendas de dezembro, superando as expectativas, segundo fontes próximas a grandes redes. Até setembro, a produção de TVs aumentou 34% neste ano. Fabricantes localizados na Zona Franca de Manaus não projetam estender férias coletivas, como ocorreu em janeiro de 2016.
As redes identificaram ainda aumento nas vendas por crediário. "Com o maior uso do cartão de credito em compras diárias, como supermercados, o crediário teve expansão maior nas vendas de eletrônicos em dezembro em comparação ao ano passado", disse Carlos Luciano Ribeiro, presidente da Novo Mundo, maior varejistas de eletrônicos do Centro-Oeste, com 140 lojas em dez Estados. Segundo ele, as vendas pelo site do grupo cresceram 25% e, nas lojas físicas, 17%.
Em alimentos, o desempenho ficou em linha com o previsto entre as cadeias ouvidas - as lojas de atacado foram o destaque no Carrefour e no Grupo Pão de Açúcar (GPA), superando com folga o desempenho dos supermercados e hipermercados. Foi o Natal dos alimentos no atacarejo, disse uma fonte.
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que a efetivação de trabalhadores temporários contratados pelo comércio para o Natal de 2017 deverá dobrar na comparação com 2015/2016. Devem ser efetivados aproximadamente 30% dos profissionais chamados para a época de festas. Em 2016, essa taxa foi de apenas 15,2% e em 2015, de 14,4%. Foram abertas 7 4,1 mil vagas temporárias no país. No fim de 2016, foram 67,4 mil.
As informações são do jornal Valor Econômico, resumidas pela Equipe MilkPoint.