A Conaprole, que é a maior companhia de lácteos uruguaia, não emitiu o comunicado ainda sobre o pagamento para o leite de setembro, mas a expectativa é de que manterá o mesmo nível de agosto, em torno de 7,15 pesos (US$ 0,33) "livres", para o qual a empresa deverá usar o chamado "fundo de estabilização" evitando, assim, uma baixa maior. O preço de agosto foi de 106,24 pesos (US$ 4,94) por quilo de sólidos, com 3,33% de gordura e 3,71% de proteína.
Com a entrada da primavera, o volume de produção de leite aumenta e isso tem um custo financeiro para as empresas, já que precisam contar com maior capital de giro, disse o presidente da Intergremial de Produtores de Leite e fornecedor da Indulacsa, Martín Lindholm.
O preço médio ao produtor no Uruguai caiu em 10% em agosto, para 7,36 pesos (US$ 0,34), de acordo com dados do Instituto Nacional de Leite (Inale), o valor mais baixo desde janeiro de 2011. Em dólares, a baixa é de 7,7%.
As exportações, embora estejam crescendo - 21% no acumulado anual, em US$ -, caíram quanto aos preços por tonelada. No caso do leite em pó integral, o preço caiu em setembro - segundo dados do dia 30 -, para US$ 3.517/tonelada, uma baixa de 4% com relação aos valores de agosto. O leite em pó desnatado deve ter uma redução maior, de 10%, para uma média de US$ 3.054/tonelada.
No caso do leite em pó integral, o preço segue acima da última referência de licitação do leilão da plataforma gDT- US$ 3.167/tonelada. Não ocorre o mesmo no caso do leite em pó desnatado, que está em 8,5% abaixo da média do gDT, que foi de US$ 3.309/tonelada.

A reportagem é do www.blasina.com.uy, publicado no Lechería Latina.
