Uruguai: Conaprole estuda sustentação de preços do leite

A Cooperativa Nacional de Produtores de Leite do Uruguai (Conaprole) está avaliando o preço que pagará para o leite captado a partir de agosto, em um marco de crescente expectativa e com ajustes para baixo nos preços internacionais. Para explicar qual é a situação da cooperativa e o que se pode esperar para o futuro, a diretoria da Conaprole convocou os produtores de diferentes localidades do país para uma reunião.

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A Cooperativa Nacional de Produtores de Leite do Uruguai (Conaprole) está avaliando o preço que pagará para o leite captado a partir de agosto, em um marco de crescente expectativa e com ajustes para baixo nos preços internacionais. Para explicar qual é a situação da cooperativa e o que se pode esperar para o futuro, a diretoria da Conaprole convocou os produtores de diferentes localidades do país para uma reunião.

Consultado sobre o estado de ânimo dos produtores, o presidente da Associação de Produtores de Leite (ANPL), Eduardo Viera, disse que "embora estejam na expectativa, estão tranquilos", já que a cooperativa garantiu o preço até 31 de julho. A partir dessa data, não se adiantou sobre o quanto ficaria o preço, já que atualmente, estão monitorado a situação para ver o que ocorrerá a nível internacional.

A Conaprole comunicou que não haverá reliquidação em junho e tampouco se estenderá a bonificação de interno além desse mês. Uma possibilidade que está sendo estudada é utilizar um fundo anticíclico para amortizar a queda de preços e ajudar assim a sustentar os preços ao produtor. O valor desse fundo seria algo mais de US$ 11 milhões, segundo disse Viera.

A decisão da Conaprole é largamente esperada, já que, enquanto outras empresas vêm ajustando seus preços para baixo, a cooperativa os manteve e se especula com a impossibilidade de que possa seguir fazendo isso, sobretudo considerando os altos volumes que se esperam para a primavera.

Já são várias as empresas que vêm reduzindo os preços ao produtor no Uruguai, às quais também se somou a Ecolat. Essa empresa pagará um preço em torno de 6,80 a 7,0 pesos (US$ 0,30 a US$ 0,31) por litro em julho e irá analisando mês a mês o pagamento. Espera-se que a evolução dos valores para a primavera seja de preços para baixo, de acordo com os preços internacionais e com os meses de pico de produção na Nova Zelândia. Embora não haja problemas de colocação dos produtos, os negócios se fazem a menores preços e, em alguns casos de contratos que tinham sido feitos a preços anteriores às últimas quedas, houve a necessidade de renegociar os valores. De qualquer forma, existe otimismo sobre os preços, que poderão subir, segundo diferentes analistas e consultoras internacionais, uma vez que se liquidem os altos estoques pela safra muito boa de 2011/2012 nos países exportadores.

A reportagem é do Conexión Agropecuária, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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