
Segundo Makoto, tudo começou em 2007, quando os altos preços dos fertilizantes pesaram na estrutura de custos da atividade agrícola e os sócios da empresa viram como alternativa o aproveitamento do esterco de animais para fertilizar o solo e reduzir os custos com fertilizantes. Ainda, a decisão de plantar braquiária para fazer rotação com o plantio de cenoura e alho, a otimização do maquinário ocioso e a impossibilidade de aquisição de mais terras na região, fez da pecuária leiteira uma ótima opção. "Nossos estudos indicavam que o leite ofereceria a maior rentabilidade por área e permitiria o melhor aproveitamento dos dejetos do sistema de confinamento para gado", disse Makoto. "Por estarmos numa região de clima favorável, com temperaturas amenas o ano todo, consideramos mais uma vantagem competitiva devido ao menor estresse dos animais."

Assim, o grupo viajou bastante para conhecer outras fazendas e se cercou de consultores para as áreas de gestão, sanidade, reprodução e pastagem.
Todo o esforço foi muito bem aproveitado e resultaram hoje em 672 animais em lactação, responsáveis pela produção de 21.000 litros/dia. O gado é mantido em sistema de confinamento free-stall e tem como base a raça Holandesa.
"Assim como em outras atividades, o grupo trabalha com profissionalismo e não seria diferente com o leite", disse Makoto. O projeto ainda está se pagando e a perspectiva é que até o final do ano, começaremos a aproveitar os lucros de tamanho investimento. Que aliás, não pararão por aí! O Grupo almeja alcançar a marca de 52.500 litros/dia em dezembro de 2016, com 1.500 animais em lactação. E não será difícil atingir essa marca, uma vez que a atividade vem crescendo a uma média de 35% ao ano.

A integração faz parte da estratégia da atividade leiteira. Toda a alimentação, por exemplo, é produzida na fazenda, inclusive os alimentos concentrados, o que representa uma grande vantagem em momentos como esse, em que os custos de alimentação estão em patamares elevados.

Integração Lavoura-Pecuária
Outro ponto que demonstra a eficiência no uso dos insumos na propriedade vem do aproveitamento do esterco e na produção de biogás. A grande quantidade de esterco produzida, o que a princípio é um grande problema, mas que pode, através da implantação de biodigestores, tornar-se fonte de economia e renda.
As fezes dos animais são recolhidas pelo sistema de raspagem tratorizada e "scraper". Os resíduos líquidos dos dejetos bovinos são em parte encaminhados para o biodigestor, sendo outra parte usada diretamente nas lavouras adjacentes, pelo processo de fertirrigação, via pivô central.
A fazenda já utilizou o gás derivado da fermentação como fonte de energia. Entretanto, hoje está apenas sendo queimado devido ao subdimensionamento dos biodigestores, o que não permite a retenção dos dejetos líquidos pelo período adequado, prejudicando a qualidade do gás produzido. "Assim que forem construídos mais biodigestores, a intenção é retornar a utilizar o gás para gerar energia", disse Ana Paula, filha de Makoto e uma das responsáveis pelo departamento do leite.
A parte sólida dos dejetos bovinos e o descarte de cenoura são encaminhados para o centro de compostagem, resultando num composto orgânico de excelente qualidade, que aplicado ao solo, substitui parte dos fertilizantes químicos, fechando o ciclo de integração Lavoura-Pecuária.
O alto grau de gestão, organização e planejamento das atividades da Sekita Agronegócios promove a excelência dos seus negócios. Makoto será palestrante no Interleite Brasil 2012 e falará sobre "A visão integrada de um sistema de produção de leite". Vale a pena conferir!
O Interleite Brasil 2012 será de 11 e 13 de setembro, em Uberlândia, MG. Não perca tempo e garanta já a sua vaga! Clique aqui para fazer sua inscrição.
A matéria é de Bia Ortolani, da Equipe MilkPoint.
